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Por:   •  22/5/2014  •  1.162 Palavras (5 Páginas)  •  333 Visualizações

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O tema desta aula preocupa muitos pensadores desde o final do século XVIII.

Adam Smith, David Ricardo, Thomas Malthus, John Stuart Mill, Karl Marx, entre

outros, preocupavam-se com a explicação das causas do desenvolvimento e da

riqueza das nações. Nessa época desenvolvimento econômico ainda era confundido

com crescimento econômico e riqueza (ouro, prata, dinheiro, indústria forte). Os

indicadores de crescimento eram o Produto Interno Bruto (PIB) e a renda per capta.

Mesmo após dois séculos de alto crescimento econômico no mundo, existem

profundas desigualdades sociais e de renda entre os países e não há perspectivas

de acabar com elas no curto prazo, embora existam iniciativas para isto, como os

programas governamentais de distribuição de renda, dos quais o programa brasileiro

Bolsa Família e o Fome Zero, iniciados no governo Lula, tornaram-se referências

internacionais. Outro programa importante foi o Minha Casa Minha Vida lançado por

Dilma Roussef em 2009.

Em 2011 a Food and Agriculture (FAO), órgão da Organização das Nações

Unidas, discutiu um programa de combate à fome, inspirado na iniciativa brasileira e

denominado “América Latina sem Fome”.

Um dos principais fatos da história econômica mundial foi a Revolução

Industrial que gerou um rápido crescimento econômico em alguns países, como

Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, Rússia, Itália e Japão, entre outros.

Estas nações acumularam riquezas com a produção e comércio de bens industriais

e cresceram rápido.

Mas, alguns países permaneceram com uma economia baseada na

agricultura e na exploração de recursos naturais, como os países da América Latina

e da África. Acentuou-se a diferença entre os ricos (industrializados) e os pobres

(fornecedores de produtos agrícolas e recursos naturais). Isto pode ser visto a partir

das Figuras 1 e 2 abaixo, que mostram a evolução do Produto interno Bruto (PIB) e

da renda per capta de países selecionados e do Brasil desde 1870 até 2002,

deixando claro o crescimento contínuo do PIB e da renda per capta neste período.

Percebe-se também o aumento da diferença entre os paises selecionados. Os

industrializados cresceram mais do que o Brasil.

© DIREITOS RESERVADOS

Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, da Anhanguera Educacional.

Os pesquisadores do tema desenvolvimento econômico tratam das seguintes

questões: Por que algumas nações são tão ricas e outras tão pobres? Por que as

pobres permanecem pobres, como se pode ver nas Figuras 1 e 2?

Alguns autores, como Rostow, Singer e Rosenstein Rodan (Damasceno et al,

2010), escreveram suas obras no Século XX, após a industrialização dos primeiros

países. Com base nas mudanças ocorridas nestas nações, eles pensaram o

desenvolvimento como um processo evolutivo uniforme em que as sociedades

passariam por cinco estágios: 1 - sociedade tradicional; 2 - pré-requisitos para o

arranco; 3 – arranco; 4 - crescimento autossustentável e; 5 - idade do consumo de

massa.

Figura 1

Evolução do Produto Interno Bruto de paises Selecionados – Milhões de dólares

© DIREITOS RESERVADOS

Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, da Anhanguera Educacional.

Figura 2

Evolução da Renda Per Capta de Países Selecionados – Em Mil Dólares

Fonte: Idem à figura 1.

Na sociedade tradicional o país tem uma economia baseada na agricultura e

no comércio e tem baixa capacidade de crescimento. Em cada um dos demais

estágios ocorre um processo de industrialização e surgem os setores de serviços e o

financeiro. Na era do consumo de massa, a economia possui todos os setores

industriais, das siderúrgicas às fábricas de carros, computadores e alimentos e

também os setores de serviços e finanças. Neste estágio, a economia tem alta

capacidade de crescimento econômico e a população tem alto nível de bem-estar

material. É uma economia dita desenvolvida.

Durante várias décadas esta visão evolutiva foi predominante e muitos

governos implementaram políticas de industrialização e tentaram trilhar os estágios

descritos acima. Só que os resultados alcançados foram diferentes, muitos não

atingiram a fase de consumo de massa e alguns permaneceram na fase de arranco.

Assim, foram considerados subdesenvolvidos.

O Brasil e alguns de seus vizinhos latino-americanos, como a Argentina,

foram exemplos deste processo de industrialização e que continuaram sendo

subdesenvolvidos. Esses países estão em estágios de desenvolvimento diferentes

e,

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