Astronomia e as Relações Internacionais
Por: Giuseppe Lwyzi • 2/3/2017 • Relatório de pesquisa • 8.330 Palavras (34 Páginas) • 527 Visualizações
Universidade Federal de Sergipe
Centro de Ciências Sociais Aplicadas
Departamento de Relações Internacionais
Curso de Relações Internacionais
Astronomia e as relações internacionais
São Cristóvão, novembro 2016
Universidade Federal de Sergipe
Centro de Ciências Sociais Aplicadas
Departamento de Relações Internacionais
Curso de Relações Internacionais
Astronomia e as relações internacionais
Sheylla Karollynne
Mariana Madeiros
Guiseppe Luís
Cláudio de Albuquerque
Juliana Maria
Nathalia Sampaio
São Cristóvão, novembro 2016
Sumário
Introdução_____________________________________________4
Desenvolvimento_______________________________________4
História e desenvolvimento da Astronomia e sua influência na integração dos povos_____________________________________________________4
Antiguidade ______________________________________________5
Idade Média _____________________________________________5
Renascimento ___________________________________________5
Era Moderna / Atualidade __________________________________6
A Influência da astronomia nas crenças dos povos ______________6
Mesopotâmia ____________________________________________7
Egito __________________________________________________7
Grécia ________________________________________________8
China ________________________________________________8
Ingresso do Brasil no espaço ______________________________10
Missão _______________________________________________10
Bases de Lançamento ___________________________________10
A Astronomia na tentativa de estabelecimento de uma hegemonia: Guerra Fria e a Corrida Espacial ___________________________11
Estações Espaciais Internacionais e a cooperação entre nações __21
Participação do Brasil ___________________________________22
Tratado do Espaço Exterior ______________________________23
Cooperação Internacional _______________________________24
Nação Espacial _______________________________________24
Direito dos céus ______________________________________25
CONCLUSÃO _______________________________________________26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ______________________________ 27
- INTRODUÇÃO
Ao abordar a astronomia nas relações internacionais, este trabalho dará uma vasta gama de base acadêmica sobre a fomentação da inclinação dos povos a estudar os céus e como isso os afetou singularmente e como um todo ao longo do tempo. Desde a antiguidade até a era moderna em que vivemos, o grupo de pesquisas que trabalhou neste relatório levará o leitor a fazer uma introspeção através das eras mais marcantes no quesito astronômico no mundo. Essa viagem levará o leitor aos locais de picos civilizatórios como Grécia, Egito, China e Mesopotâmia, e como a astronomia influenciou essas grandes civilizações. Tendo em vista que a pesquisa foi feita no Brasil por estudiosos de mesma nação, esse Estado não poderia deixar de ter a devida atenção com relação ao seu histórico no âmbito espacial também e como esse envolvimento está interligado na comunidade internacional. Adentrando com um toque de seriedade, o texto terá também como objetivo mostrar um dos maiores picos da corrida tecnológica astronômica, no período que houve a famigerada tentativa hegemônica mundial conhecida como “Guerra Fria”. Passado esse período turbulento, a pesquisa aqui apresentada abordará como o desenvolvimento da astronomia através do mundo se tornou uma ferramenta de cooperação na comunidade internacional, mais uma vez com a aparição singela do Brasil. Uma final introspecção do leitor será proposta através de questões como o conceito de nação espacial “direito dos céus”, pois mesmo diante de um óbvio interesse de cooperação mútua entre os estados, sempre há interesses individuais que podem, por ventura se tornar empecilhos na estabilidade das relações internacionais.
- DESENVOLVIMENTO
- História e desenvolvimento da Astronomia e sua influência na integração dos povos
Ao longo do desenvolvimento da humanidade, muitos povos manifestaram um comportamento similar: olhar para o céu. Esse hábito por muitas vezes foi uma forma de integração e construção de um saber comum entre esses povos, a astronomia. Dessa forma, pode-se traçar uma análise, similar à que Adam Watson faz no livro “Evolução da Sociedade Internacional”, do desenvolvimento do saber astronômico a partir da construção desse saber pela junção dos conhecimentos de cada povo.
- Antiguidade
Os primeiros povos a manifestar um interesse pelos céus foram os mesopotâmios e os egípcios. Dessa forma, a astronomia nasce no contexto da necessidade de sobrevivência desses povos, nos quais fenômenos celestes ligados às atividades agrícolas e às estações do ano são observados. Muitas vezes, os astros foram identificados como deuses ou como sendo símbolo de deuses, a religiosidade para os sumérios detinha um valor importante sendo que a guerra significava o conflito de deuses, também deve-se ressaltar que os sumérios tiveram uma grande influência na sofisticação da astronomia dos babilônios. Um pensamento similar a esse pode ser percebido na civilização maia, na qual Vênus era o patrono da guerra, e acredita-se que muitas batalhas que foram registradas tenham sido registradas com os movimentos desse planeta. Assim, muitas invenções, que foram consequência da astronomia, mesopotâmicas, como os dias da semana, se propagaram muito pelos povos da Antiguidade, integrando eles. Já os gregos, herdaram certos conhecimentos dos mesopotâmios e egípcios sobre matemática e astronomia, mostrando que o conhecimento sobre as estrelas sempre foi um fator de integração entre os povos. Também é válido ressaltar que muitos conceitos importantes para a astronomia tiveram sua base na Grécia Antiga, contudo, o estudo da astronomia pelos gregos antigos não era limitado somente à Grécia, mas foi posteriormente desenvolvido nos séculos II e III a.C, nos estados helenísticos e em particular na Alexandria, como a base para o conceito do Heliocentrismo (o sol como centro do universo), que será postulado posteriormente Copérnico, surge no século III a.C. com Aristarco de Samos, astrônomo e matemático grego de Alexandria.
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