Breve Resumo dos Impactos do COVID-19 na Política Internacional

Impactos do COVID-19 na Política Internacional

 O novo agente do Coronavírus (SARS-CoV-2), uma família de vírus que causam infecções respiratórias, é conhecido como COVID-19. Tratado atualmente como um problema de escala global, para a maior compreensão do impacto do COVID-19 no mundo, em específico na política internacional, devem-se ser levados em conta cinco critérios cruciais:

1. Atores
2. Localidade
3. Interação
4. Globalidade
5. Estrangeiro  

Originado na cidade de Wuhan (China), com cerca de 11 milhões de habitantes, o primeiro caso foi registrado em 8 de Dezembro de 2019 e devido ao seu alto índice de proliferação passou a ser considerada uma Pandemia pela OMS (Organização Mundial de Saúde) na medida em que se confirmavam casos ao redor do mundo.  

Nota-se que os atores envolvidos no caso do COVID-19 podem ser qualificados em diferentes esferas. No âmbito Não-estatal, trata-se do indivíduo “paciente zero”, Subestatais, quando o vírus atinge uma parte considerável da população de Wuhan e outras cidades chinesas e externas ao país, e Supraestatais quando se dá o envolvimento da OMS para a tentativa de resolução da problemática.

Acompanhando a escala de atuação, também há a de localidade. Assim como o epicentro do vírus era Wuhan, graças ao grande fluxo migratório resultante das relações entre indivíduos, Estados, e indivíduos e Estados, a área deixa de ser uma cidade para abranger mais de 115 países em apenas 2 meses após cerca de 500 casos serem confirmados em seu foco inicial.

Tendo essas informações em vista, é possível identificar formas de interação entre os atores das mais distintas naturezas e, posteriormente, as suas consequências. Com a pandemia em ação, muitos países fecharam suas fronteiras, afetando relações comerciais que incidem diretamente em suas economias nas mais diversas áreas, a incluir importação, exportação e até mesmo o turismo.  Medidas internas foram necessárias para manter o fluxo de capital estável, mesmo com o congelamento da mão de obra em vários seguimentos do mercado graças à adoção da quarentena, mais ou menos rigorosa de acordo com a gravidade do problema em cada território. Um bom exemplo disso são as ações tomadas nos Países Nórdicos, como o reajuste de taxas estatais para companhias e a extensão para o prazo de pagamento de impostos para negócios menores visando mitigar os danos sofridos nos setores privados.  

Até mesmo o cenário diplomático é afetado pelo COVID-19. O governo chinês, questionado em seu procedimento tardio para reconhecer a severidade da situação, pode enfrentar descredibilidade  não somente por parte de sua população como também em suas relações internacionais. A legitimidade da capacidade administrativa dos líderes políticos em seus respectivos países é afetada diretamente, tal qual as relações das nações entre si.  Países já debilitados por crises políticas e humanitárias, como a Líbia e a Síria, que possuem um sistema de saúde ineficaz para lidar com a pandemia devido aos conflitos civis podem, em última instância, ter que lidar com grandes catástrofes político-sociais impulsionadas pela fragilidade que se situa.  

Todas essas interações e seus possíveis desdobramentos apontam não só para a rede de relação global entre as nações, mas também suas peculiaridades. Ainda que exista a anarquia na doma internacional, os efeitos do COVID-19 em cada país mostram a necessidade de agência soberana em tópicos específicos, como a OMS no setor da saúde, que, como é no caso tratado, fogem do campo de atuação de um poder superior limitado às fronteiras. O rápido acesso e integração de informações científicas a respeito do vírus só é possível graças à natureza da globalidade, assim como a busca generalizada para contê-lo.