FICHAMENTO DE H.R.I2 - FASCISMO
Por: mariliaeunice89 • 12/9/2018 • Resenha • 960 Palavras (4 Páginas) • 263 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
DISCIPLINA: História das Relações Internacionais 2
PROFESSOR: Márcio Aprígio
ALUNA: Marília Eunice Ferreira
Teixeira da Silva, Francisco C., “Fascismos”, in Daniel Aarão Reis Filho, Jorge Ferreira e Celeste Zenha, O século XX. O tempo das crises, Vol. 2, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000: 109-164.
“[...] não podemos tratar o fascismo como um movimento morto,[...]”
“A denominação genérica fascismo decorre da primazia cronológica do regime italiano, estabelecido no poder em 1922, constituído em movimento político de identidade própria pouco antes, e do fato de ter servido de modelo, como veremos mais tarde, à maioria dos demais regimes.” (p.110)
A palavra fascismo vem da antiga expressão latina, fascio, que denominava o feixe de varas carregado pelos litores, se aplicava a justiça por meio dessas varas. Em 1917 esse termo assumiu o sentido de um movimento de extrema direita, dado pelo poeta Filippo Marinetti, com um claro sentido nacionalista e autoritário, antes o mesmo havia sido utilizado na Revolução Francesa, mas com outro significado, uma ação política que valorizava a justiça e igualdade.
Após a divulgação de arquivos por países como Estados Unidos, Inglaterra e a Federação Russa, na década de 1980 houve uma grande retomada do fascismo, trazendo nova abordagem e novas teorias, além desse novo fato também houve a reunificação Alemã, a partir disso criou-se o Centro de Documentação de Berlim e por ultimo, mas não menos importante aconteceu uma nova onda de fascismo em movimentos de massa em grandes países como França, Itália, Federação Russa e até a própria Alemanha, obrigando os historiadores a rever analises que vinculavam o fascismo ao pós-Primeira-Guerra.
“Uma das abordagens mais conhecidas e mediatas ao pós-guerra, muito popularizada na mídia, sobre o fascismo, defende uma abordagem única e exclusivista do fenômeno, centrando toda a atenção na Alemanha e utilizando exclusivamente a expressão nazismo.” (p.114)
“[...] o fascismo, para muitos, ficou circunscrito ao nazismo (a variante alemã) e associado (o que é correto) exclusivamente (o que não é correto) à história da Alemanha.” (p.117)
“[...] em meados doa anos 20, autores como T. Turati e Carlos Treves, na Itália, viam a possibilidade do fascismo estar presente, com possibilidade ou não de êxito, em todos os países capitalistas.” (p.117)
“[...] Por fim, devemos marcar bem o furacão que varre a historiografia sobre o fascismo a partir de 1991 [...] deveríamos nos remeter ao processo de reunificação alemã e à onda de nacionalismo xenófobo que acompanhou o fenômeno. Entretanto processo idêntico, com suas próprias especifidades, deu-se na França, com a ascensão de Le Pen, e na Federação Russa [...] Ou seja, havia, de fato, uma nítida ressurgência do fascismo. Os episódios de violência de Waco e os atentados de Oklahoma e das Olimpíadas, nos Estados Unidos, mostravam, por sua vez, a face extremista e racista das milícias brancas americanas.” (p.120-121)
Durante muito tempo, muitos autores associaram, de maneira errada, o fascismo somente a história da Alemanha, como os autores T. Turati e Carlos Treves observaram, o fascismo estava presente em diversos países. O fascismo deixou de ser um fenômeno histórico único, datado e explicável, ocorrendo em vários países e em diferentes épocas, além de atingir diferentes grupos da sociedade, e não só ligado a um único evento como a grande parte da historiografia previa.
Nos anos 90, o cenário político europeu viu-se ameaçado por uma grande onda de partidos neofacistas, sendo assim a explicação do fascismo deixa de ser baseada em eventos passados. Deixa de ser ligado a determinados países.
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