MERCOSUL E AMÉRICA: RELAÇÕES DE INFLUENCIA E PODER
Por: Victória Lopes • 7/5/2018 • Artigo • 2.584 Palavras (11 Páginas) • 151 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA – UFSM
CENTRO DE CIENCIAS SOCIAIS E HUMANAS – CCSH
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
CULTURA E PODER NO MERCOSUL
Évelyn Sonnenstrahl Guarda
Victória Lopes Kurtz Galery
MERCOSUL E AMÉRICA: RELAÇÕES DE INLFUENCIA E PODER
SANTA MARIA
14 DE JUNHO DE 2017
MERCOSUL E AMÉRICA: RELAÇÕES DE INLFUÊNCIA E PODER[1]
Évelyn Sonnenstrahl Guarda
Victória Lopes Kurtz Galery
RESUMO: Este trabalho propõe analisar as relações de influência do MERCOSUL no Sistema Internacional, e o quanto esta interfere na dinâmica entre os outros blocos econômicos da América. Assim, primeiramente, busca-se explanar informações básicas sobre os principais blocos econômicos da América, sendo eles: Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA), Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) e o North American Free Trade Agreement (NAFTA), o qual será apresentamos, na segunda seção, sua relação do MERCOSUL. Por fim, descrevemos algumas dinâmicas de poder internas ao bloco do MERCOSUL. O trabalho consiste em uma pesquisa descritiva, realizada através de revisões bibliográficas.
INTRODUÇÃO
A finalidade central desde trabalho será apresentar as relações de poder no MERCOSUL, ressaltando- a com outros blocos econômicos, principalmente dentro da América Latina, e suas influências na atuação doméstica e internacional dos Estados-membros de cada bloco. No continente sul americano, encontramos dois principais acordos ativos e um que não entrou em vigor. Além destes, citaremos o North American Free Trade Agreement (NAFTA).
Em uma primeira parte, vamos tratar de apresentar a formação dos blocos econômicos, desenvolvendo até as suas necessidades. Também trataremos de defini-los especificamente, visando suas demandas e entendendo a diferença de cada bloco.
Na segunda parte abordada, vamos relatar sobre a incorporação do MERCOSUL no Sistema Internacional (SI) e como se dá uma possível relação com o North American Free Trade Agreement (NAFTA). Ao final, dissertaremos especificamente de questões internas do MERCOSUL, como se visa as relações de poder, se elas existem e como interferem na dinâmica do bloco econômico.
AMÉRICA LATINA E SEUS BLOCOS ECONÔMICOS: NECESSIDADES E FINALIDADES
Compreendemos como América latina, uma zona formada pela América do Sul e central, territórios estes que são em maioria colonizados pela Espanha e Portugal, no caso do Brasil, assim tornando-se claro os idiomas dominantes locais serem espanhol e português, mesmo sendo possível encontrar países com outras formações culturais, como o caso da Guiana Francesa, na América do Sul. A América latina possui uma localidade muito extensa, sendo ela capaz de atingir sozinha maior dimensão do que Canadá, Estados Unidos da América (EUA) e o restante solo norte-americano junto.
Assim como em outros encontros de Estados no globo, o conjunto de países formadores da América Latina também possuem alguns blocos econômicos a fim de se integrarem econômica e socialmente. Estes blocos são instituições supranacionais (que estão acima do que se é considerado nacional) formadas pelos países latino-americanos com um objetivo principal de organizar acordos comercias, para isso, elaborar uma redução gradual das tarifas alfandegárias com a finalidade de potencializar o fluxo de mercadorias entre os países-membros e estimular a concorrência em determinados setores de suas economias.
Os blocos econômicos se tornaram convenientes para gerenciar os fluxos comerciais e determinar algumas normas novas e reinventar as já existentes, já que em uma economia de mercado, os governos não têm poder para controlar as decisões tomadas por essas empresas, o que na visão de muitos teóricos poderia ser algo positivo, mas anualizando a precariedade do mercado latino-americano é fácil identificar demandar mais importantes. Na América Latina, encontramos diferentes níveis de subdesenvolvimento, devido à diversidade de práticas políticas internas e externas, isso influencia num reflexo nos blocos econômicos que existem na região que são capazes de expor a fragilidade de suas economias e as dificuldades em promover uma integração econômica e política globalizante.
BLOCOS ECONÔMICOS LATINO-AMERICANOS: DEFINIÇÕES, ATUAÇÕES, PROJETOS E RELAÇÕES COM O MERCOSUL
Os mais importantes blocos econômicos encontrados na América latina são a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – ou, Aliança Bolivariana para as Américas – (ALBA), Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) e Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). Vamos agora analisar e detalhar cada um destes blocos e entender suas funções dentro e fora das demandas latino-americanas.
Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA): criada em 14 de dezembro de 2004, em Havana, capital cubana, este acordo assinado por Hugo Chávez e Fidel Castro se trataria inicialmente de uma simples troca entre os Estados venezuelano e cubano, onde Cuba enviaria médicos para ajudar o território venezuelano e em troca a Venezuela ajudaria a abastecer Cuba com seu petróleo. Após quase dois anos desta conciliação, a Bolívia, de Evo Morales, somou-se ao grupo, em 26 de abril de 2006, a partir do Tratado de Comércio dos Povos, termo que foi acrescentado ao nome oficial do bloco, que resultou na sigla ALBA-TCP. Nos anos seguintes 2007, 2008 e 2009, somaram-se também a esta aliança Equador, Nicarágua, Dominica, Antígua e Barbuda (e Honduras que se retirou em 2010 alegando um tratamento desrespeitoso em relação ao país, devido à reação contrária dos principais membros do grupo ao golpe militar que destituiu o presidente hondurenho Manuel Zelaya no ano de 2009).
Não há uma integração significativa do MERCOSUL com a ALBA, embora ambas se contraponham à Aliança do Pacífico.
Área de Livre Comércio das Américas (ALCA): a ALCA na realidade, nunca chegou a entrar em vigor. Foi uma iniciativa estadunidense sob comando de Bill Clinton, em 1994, com a finalidade de formar de uma área de livre comércio em todo o continente americano, com exceção a Cuba, devido seu regime comunista, onde a mesma se negaria a entrar em uma economia de mercado.
A ALCA deveria ter entrado em vigor no ano de 2005, porém logo após os atentados de 11 de setembro de 2001 houve mudanças no foco da política externa dos Estados Unidos adotada pelo então presidente George W. Bush, que priorizou a ofensiva contra os países que representassem ameaça à segurança interna do país.
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