O Fichamento de Comte
Por: loorisgg • 2/12/2018 • Resenha • 1.744 Palavras (7 Páginas) • 278 Visualizações
COMTE
Termo “positivo” – explicitamente polêmica e pretendia ser uma arma ideológica capaz de combater tôo o legado filosófico do iluminismo e da Revolução. Deviam odiar e repudiar a filosofia negativa para ser substituída pelos princípios da filosofia positiva. Sua objeção mais importante é que Hegel nega as coisas como elas são, que contempladas a luz do dia da razão se tornam negativas, limitadas e transitórias. A dialética hegeniana era considerada como o protótipo de todas as negações destrutivas, pois nela toda forma dada de maneira imediata passa a ser sua oposta e só o fazer realiza o seu verdadeiro conteúdo (empirismo eu acho) esse tipo de filosofia nega todo o significado do que é real; contem o principio da revolução.
Comte via um deplorável “estado de anarquia” e que sua “física social” contribuiria para dar ordem ao caos das “necessidades e doenças principais da sociedade”. A anarquia social e moral eram resultado da anarquia intelectual que resultara pelo fato da metafísica e a filosofia teologia tinha decaído e que a filosofia positiva não tinha alcançado o ponto que poderia brincar uma base intelectual para uma nova organização, assim liberando a sociedade de um perigo de aniquilarismo.
Para Comte a grande desgraça de sua época dava-se pelo fato que os princípios eram contraditórios e estava representado por partidos políticos opostos, o partido retrogrado estava pela ordem, enquanto o partido anárquico estava pelo progresso. O partido da ordem derivada da sociedade feudal enquanto o partido do progresso tinha origens da Revolução e do Iluminismo. Comte acreditada que a tendência era que as classes sociais se polarizariam e apoiariam um aos outros, e o resultado seria o conflito de classes a desordem e a anarquia. Em cada crise os retrógrados culpavam a falta que a falta de ordem foi gerada pela revolução, por isso exigiam o retorno da ordem anterior; em contrapartida os anarquistas argumentavam que isso era pelo fato da revolução não ter sido completa e que a revolução tinha que continuar. Comte, assim como Saint Simon não rejeitava totalmente a ordem anterior e que isso contribuía para o desenvolvimento da sociedade moderna, porém acreditava que não era mais possível que a ordem teológica fosse a base da ordem social e que era necessário de alguma maneira uma síntese das idéias opostas (ordem e progresso) pois só perante a união e a harmonia pode restaurar a unidade social.
O espírito da ciência e da indústria impede que a ordem feudal-teológica ressurge, inclusive até mesmo os porta vozes da escola teológica não estão de acordo entre si. Mesmo que a velha ordem fosse restaurada a crise retornaria ainda mais grave e com mais violência.
Os “metafísicos” – Iluministas para Comte – eram essencialmente críticos e revolucionários. Contribuíram para o progresso, porem só no sentido negativo. A etapa metafísica foi necessária por quebro o antigo sistema e preparou um caminho para a seguinte, a positiva, que colocaria um fim no período revolucionário mediante a formação de uma ordem social capaz de unir a ordem e o progresso. Porem a etapa metafísica era provisório até que uma organização política colocasse um fim a sua agitação, ele foi decisório para derrubar a velha ordem.
A liberdade de consciência é um dogma que teve valor como arma contra o dogmatismo teológico, porém não é mais útil, porque nunca pode ser um principio orgânico positivo, isso é, a base para reorganização da sociedade. As diversas exigências de liberdade são princípios negativos. Assim como químicos e físicos não aceitam pitacos de leigos em seus estudos, a sociologia também não deve aceitar leigos. A reorganização social exige a reorganização intelectual e isso não será possível quanto leigos dêem opiniões sobre assuntos acima de suas faculdades.
A liberdade não pode ser absoluta, pois é um principio anárquico e hostil a ordem, o dogma da “soberania do povo” que condena os superiores a dependência das massas e se opõe sobre a reorganização base de princípios diferentes.
Comte rejeitava as concepções de Rousseau sobre a adequação dos sistemas sociais e da natureza dos indivíduos, para ele era “a forma metafísica do dogma teológico da degradação da raça humana pelo pecado original” e que os discípulos da escola metafísica são incoerentes e hipócritas, pois aos chegarem ao poder mudam a conduta e introduzem princípios retrógrados: a guerra, a religião, a centralização, etc.
A crise social irá se prevalecerá enquanto existir doutrinas antagônicas – teologia e metafísica. A ordem só virá com o positivismo que será mais orgânico que a teologia e mais progressista que metafísica. Esse processo não deve ser acelerado, pois cada etapa é muito importante.
Comte desprezava a monarquia intelectual e acreditava que esse era o motivo da desunião moral, tinha desdém pelos leigos que opinavam sobre os problemas da política.
Para Comte a verdadeira ordem moral “é incompatível com a ‘errática’ de liberdade existente nas mentes individuais, se esta licença chega a durar; pois as grandes normas sociais que deveriam converter-se em hábitos não podem ficar abandonadas a decisão cega e arbitraria de um publico incompetente, sem perder toda a sua eficácia”.
Todos os debates positivistas brindavam a base para a unidade intelectual: na ausência dessa unidade a sociedade também carece de uma autoridade moral e degenera em um estado de terror, anarquia e corrupção.
- não se deve achar a fonte dos problemas sociais nas instituições políticas básicas, mas sim nas idéias e nos costumes “quando se atribuem todo o mau político às instituições não as idéias e costumes sociais que são a base dos verdadeiros males sociais, se buscam o remédio em mudanças, nas instituições e nos poderes existentes. O remédio se deve surgir de opiniões, hábitos e costumes e as instituições políticas não terão eficácia total. Não é interferir nas instituições existentes ou mudá-las, mas fazer uma reorganização moral. Não haverá ordem nem progresso enquanto os homens não reconhecerem seu sofrimento de “natureza moral”, não física. O QUE SERIA NATUREZA MORAL.
O ADVINHAMENTO DA FILOSOSIA POSITIVA
A filosofia positivista é superior as suas antecessoras, pois a metafísica condena todos os períodos anteriores a Revolução, a retrograda denegriu a modernidade, mas a positiva acredita que todas foram necessárias para o desenvolvimento humano. É também superior a revolucionaria que segundo o progresso consiste na continua expansão da liberdade – “a filosofia positiva é superior, pois a verdadeira liberdade não é mais que a submissão racional a preponderância das leis da natureza”.
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