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O KARDECISMO ESPIRITA

Por:   •  20/9/2015  •  Resenha  •  1.688 Palavras (7 Páginas)  •  288 Visualizações

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Espiritismo Kardecista

ESTUDO de valores e condutas éticas nas religiões? 20 minutos por grupo.
Roteiro: Visita e entrevista ao espaço religioso/ Breve contexto 
histórico do grupo visitado / Texto ou hino fundamental / Centro da 
pesquisa é este: quais os conceitos éticos fundamentais e a crítica 
ética que a religião vive e proclama? / Qual o pecado capital que esta 
religião mais condena? Como vivem os fieis? Há restrições alimentares? 
/ Fontes detalhadas de sua pesquisa: livros, sites, pessoas, museus, 
arquivos, lugares, fotos, depoimentos etc. Apresentação de modo visual 
e criativo.

ALLAN KARDEC

Hippolyte Léon Denizard Rivail foi um influente educador e autor francês. Sob o pseudônimo de Allan Kardec, conhecido como o codificador do Espiritismo/Doutrina Espírita.

Em 1854 Rivail ouviu falar pela primeira vez das mesas gigantes, que era  um tipo de sessão espírita popular no século XIX. Integrou em seus estudos os conhecimentos da Ciência, da Filosofia e da Ética, passando a ser instruído pelo espírito denominado “Z” e adota o nome de Allan Kardec, a partir de seu primeiro contato, foram quatorze anos organizando a Doutrina. No início utilizou a cesta-pião, que consistia em um lápis no centro de uma cesta, nas bordas da cesta, os médiuns colocavam as mãos e através de movimentos involuntários as respostas às perguntas feitas eram escritas. Com o tempo, a cesta-pião foi abolida e o lápis passou para as mãos dos médiuns, tendo esse fenômeno recebido o nome de Psicografia.

As perguntas feitas por Allan Kardec aos Espíritos eram alvo de suas revisões, viajou por vinte cidades para fazer suas pesquisas. Tudo isso para que as respostas dadas pelos Espíritos obtivessem a credibilidade merecida. Esta sistematização e controle das informações que recebia, ficou conhecido como “Controle Universal dos Espíritos”.

Com todo um esquema coerentemente montado, Allan Kardec preparou o lançamento das cinco Obras Básicas da Doutrina Espírita, a Codificação, tendo início em 1857 com o lançamento de O Livro dos Espíritos. Estes livros contêm toda a teoria e prática da doutrina, os princípios básicos e as orientações dos Espíritos sobre o mundo espiritual e sua constante influenciam sobre o mundo material.

DOUTRINA ESPIRITA

Espiritismo Kardecista é uma religião mediúnica ou moderno espiritualista. Foi criada por Allan Kardec. Ele definiu o espiritismo como "a doutrina fundada sobre a existência, as manifestações e o ensino dos espíritos”.  Segundo Kardec, o espiritismo aliaria ciênciafilosofia e religião, buscando uma melhor compreensão não apenas do universo tangível (científico), mas também do universo a esse transcendente (religião).

  É o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec que constituem a Codificação Espírita formada em cinco livros conhecidos como: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. 

 (Embora o termo Kardecismo tenha se popularizado, dando a falsa impressão de que o Espiritismo é de autoria de Allan Kardec, é perfeitamente claro que não existe a necessidade de se chamar Espiritismo Kardecista, pois só existe um Espiritismo com base na Doutrina dos Espíritos).

SEGUNDO SLIDE:

O Espiritismo se caracteriza pelo ideal de compreensão da realidade mediante a integração entre as três formas clássicas de conhecimento, que seriam a ciência, a filosofia e a moral. Segundo Kardec, cada uma delas, tomada isoladamente, tende a conduzir a excessos de ceticismo, negação ou fanatismo. A doutrina espírita se propõe, assim, a estabelecer um diálogo entre as três, visando à obtenção de uma forma original que, a um só tempo, fosse mais abrangente e mais profunda, para desta forma melhor compreender a realidade. Kardec sintetiza o conceito com a célebre frase: “Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente à razão em todas as épocas da humanidade’’”.

É importante ressaltar ainda que, quem quer que acredite haver em si alguma coisa mais do que matéria e radiação, acreditando assim em quaisquer entidades transcendentes ao universo tangível é, por definição, espiritualista, independente de sua religião, sendo, portanto, o espiritualismo enquanto oposição ao materialismo (todas as coisas são compostas por matérias), o pilar fundamental da maioria das doutrinas religiosas. A principal diferença entre esta doutrina e a maioria das demais religiões é sua crença na possibilidade de comunicação entre o mundo corporal e o mundo espiritual.

Em Obras Póstumas, encontramos a proposta de que o Espiritismo seja uma doutrina natural, passível de ser interpretada ou não como religião capaz de colocar o homem ou o espírito em relação direta com Deus.

PRINCIPIOS DO ESPIRITISMO

Os Princípios do Espiritismo constituem os pilares sobre os quais a Doutrina foi fundada. São os norteadores, ou seja, os seus objetos de estudo, na qual está fundamentada. Embora não haja uma definição específica, os princípios se constituem de cinco pontos, embora muitos digam que são sete outros dez e já há os que dizem ser quinze. Mas os estudos de Espiritismo definem apenas cinco: Existência de Deus, A Existência e a Sobrevivência do Espírito, A Reencarnação, A pluralidade dos mundos habitados, A comunicabilidade dos Espíritos.

  • EXISTÊNCIA DE DEUS: O capítulo I de O Livro dos Espíritos é todo dedicado ao estudo de Deus. Isto significa que o Espiritismo tem em sua base a ideia de um Ser Supremo, e que tem na sua existência o seu princípio basilar.
  • A EXISTÊNCIA E A SOBREVIVÊNCIA DO ESPÍRITO: O Espiritismo nos mostra que os Espíritos são os seres inteligentes da criação e que povoam o Universo fora do mundo físico. No Espiritismo, portanto, a palavra Espírito designa precisamente nós, seres humanos, após o falecimento do corpo físico, quando nos tornamos seres extracorpóreos. Sendo os Espíritos os “seres inteligentes da criação”, que povoam o Universo, fora do mundo material, enquanto no mundo material, encarnados, são designados por alma e esta volta a ser Espírito quando ocorre o processo de desencarnação. Como são imortais, os Espíritos conservam sua individualidade após a morte do corpo.
  • REENCARNAÇÃO: Após um período no plano espiritual, o Espírito volta ao mundo físico em um novo corpo, trazendo consigo o seu passado, seja ele bom ou não. Retorna à  Terra para dar prosseguimento ao processo evolutivo, muitos em missões e a grande maioria para ressarcir débitos e conquistar novas capacidades que lhe ajudarão a evoluir. A lei das vidas sucessivas explica o princípio da imortalidade, pois, não teria lógica que o Espírito, que é destinado à perfeição, pudesse progredir em uma só existência no corpo físico. A reencarnação é a condição necessária para a educação ou reeducação do Espírito. É a partir de seus próprios esforços e também de seus sofrimentos que ele poderá sair do estado de ignorância e inferioridade e progredir. Ela é, portanto, fundamental para a evolução.
  • PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS: Apesar de não confirmado pela Ciência oficial, a Doutrina Espírita crê que pode haver outros mundos habitados, além da Terra, no Universo. Deus povoou os mundos de seres vivos e todos concorrem a um único objetivo, a Evolução. Acreditar que só o Planeta no qual vivemos seja habitado é duvidar da sabedoria Divina, porque se assim  fosse, os outros planetas estariam relegados à inutilidade. Nos outros mundos por certo há um destino, que ainda não é palpável ao nosso entendimento, mas por certo, estes mundos não estão pululando o Universo apenas como forma de deixá-lo mais bonito aos nossos olhos. Deus não criaria tantos mundos e deixar para a Terra o privilégio de ser habitada, quando há milhões de mundos semelhantes a ela.
  • COMUNICABILIDADE DOS ESPÍRITOS: A mediunidade é o veículo de comunicação dos Espíritos com o plano físico. Todos possuímos, em maior ou menor grau a mediunidade, logo, todo aquele que sente a influência de algum Espírito, mesmo que não tenha trabalhado o desenvolvimento das faculdades mediúnicas, é um médium. É uma faculdade inerente ao homem, e não um privilégio exclusivo. Mas, apenas os que possuem uma faculdade cujos efeitos são patentes, intensos, têm uma organização mediúnica mais ou menos sensitiva da qual 50 se servem os desencarnados para comunicar-se com o mundo material.

TRIPLICE ASPECTO

  • Ciência: A Ciência Espírita tem como finalidade comprovar a realidade do espírito.

Tem assim por objetivo estudar a vida do Espírito, sua sobrevivência após a morte do corpo e seu retorno através da reencarnação. Estuda a influência da mente sobre o corpo admitindo que essa influência é passível a ocorrer quando o espírito retorna ao mundo material, desde que se tenha um elemento de natureza intermediária entre os dois mundos. Investiga o perispírito e seu papel como intermediário entre o corpo físico e o Espírito.

  • Filosofia:

Análise da natureza humana e dos questionamentos da vida: “como”, “porque”, “de onde vim” “para onde vou” eis o aspecto filosófico do Espiritismo, estudar a finalidade da vida e o destino da alma. Através de um pensamento lógico de que fomos criados simples e ignorantes, no sentido de que ao sermos criados ainda não tínhamos conhecimento e nem mesmo adiantamento moral, e que foi através do processo reencarnatório que adquirimos experiência e maturidade para nos identificarmos com o Criador, 76 através do exame dos seus atributos e suas relações com o homem. Em O Livro dos Espíritos encontra-se o enfoque ao aspecto filosófico.

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