O PAPEL DA GEOGRAFIA E DAS INSTITUIÇÕES NO COMÉRCIO ENTRE CHILE E SEUS PRINCIPAIS PARCEIROS COMERCIAIS
Por: Isabelle Diaz • 29/10/2018 • Trabalho acadêmico • 2.491 Palavras (10 Páginas) • 255 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS – CSE
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS - CNM
CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
ISABELLE DA SILVA DIAZ
SONARA STELLA JOHN
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O PAPEL DA GEOGRAFIA E DAS INSTITUIÇÕES NO COMÉRCIO ENTRE CHILE E SEUS PRINCIPAIS PARCEIROS COMERCIAIS
Florianópolis, 2018
ISABELLE DA SILVA DIAZ
SONARA STELLA JOHN
O PAPEL DA GEOGRAFIA E DAS INSTITUIÇÕES NO COMÉRCIO ENTRE CHILE E SEUS PRINCIPAIS PARCEIROS COMERCIAIS
Trabalho Proposto na disciplina de Comércio Exterior (CNM 7220) que visa analisar as exportações chilenas, bem como suas relações comerciais.
Florianópolis, 2018
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................ 3
2. SITUAÇÃO ECONÔMICA.......................................................................... 3
3. TEORIAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL...........................................4
3.1. TEORIA GRAVITACIONAL DO COMÉRCIO..........................................4
3.2. TEORIA DE UPPSALA............................................................................5
3.3. ÍNDICE DE HOFTEDER...........................................................................6
1 - INTRODUÇÃO
O presente estudo tem como objetivo analisar características acerca do comércio internacional do Chile e sua relação com os 10 principais compradores de seus produtos. Ademais, será elucidado o contexto atual geográfico e econômico do país em questão, assim como um apontamento sobre seus principais produtos exportados.
Em primeira análise, será realizada uma comparação entre as mais recentes características econômicas e comerciais de cada país estudado, tais como seu PIB, a distância entre portos em referência a Valparaíso (principal porto chileno), índice de Hofstede (utilizaremos masculinidade, em razão de indicação pelo orientador) e será conferido o índice de corrupção.
Os filtros teóricos utilizados para tal análise serão Modelo Gravitacional do Comércio e Modelo de Uppsala.
2 – SITUAÇÃO ECONÔMICA
O Chile é um país localizado na costa oeste da América do Sul e possui fronteiras com Argentina, Peru e Bolívia. Seu IDH é o mais alto da América do Sul, isso devido a sua economia que tem caráter bastante diversificado, sendo uma das mais abertas do mundo com baixas tarifas aduaneiras e forte orientação às exportações.(MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, 2007)
O país se destaca nos três setores da economia, sendo eles: agropecuária, serviços e indústria. A agropecuária representa 4% do PIB nacional e 10% das exportações, a indústria representa aproximadamente 33% do PIB nacional. Em 2016, a taxa de crescimento do PIB foi de 1,6% mudança anual, atingindo 247 bilhões de dólares. (THE WORLD BANK, 2017)
Segundo dados do Santander TradePortal (2018), o comércio internacional do país representa 56% do seu PIB, sendo de suma importância a exportação do cobre (50% do total de exportações do país). Seus principais clientes são China, Estados Unidos e Japão. Além disso, o Chile faz parte de diversos acordos comerciais, entre eles o MERCOSUL, União Europeia (A UE e o Chile concluíram em 2002 um Acordo de Comercio Livre que entrou em vigor em 2003 e inclui todas as áreas das relações comerciais), Comunidade Andina das Nações e ainda integra a APEC (Cooperação Econômica Ásia – Pacífico).
Quanto ao transporte de exportações, o sistema marítimo serve toda a costa chilena, sendo a opção mais adequada, seus principais portos são Valparaíso, San Antonio, San Vicente e Antofagasta (movimentam cerca de 60% das exportações marítimas).
Devido sua variedade de paisagens e climas, o Chile atrai muitos turistas, no ano de 2005 seu turismo rendeu 4,5 bilhões de dólares. Além disso, alcançou o posto de sexto maior destino de viagem da América em 2016, segundo a OMT (Organização Mundial do Turismo).
3 – AS TEORIAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
As teorias do comércio internacional buscam explicar o comportamento do fluxo de mercadorias no mundo globalizado. Os autores que primeiro deram rumo às relações de mercado foram Adam Smith, com sua ideologia de liberdade econômica sem intervenção do Estado, e David Ricardo com a Teoria das Vantagens Comparativas, que expressa como o comércio entre dois países pode trazer benefício mútuo apesar da disparidade de produção (Gonçalves, 1997).
Atualmente, as duas principais teorias do comércio exterior são a Teoria de Uppsala e a Teoria Gravitacional do Comércio, ambas buscam explicar as escolhas já feitas por empresas com relações de mercado internacional.
3.1 – TEORIA GRAVITACIONAL DO COMÉRCIO
O modelo gravitacional é utilizado no estudo do comércio entre países desde a década de 1960, sua fundamentação teórica tem como exórdio a lei da gravitação universal de Isaac Newton, essa lei defende que a atração entre dois corpos é diretamente proporcional a massa desses corpos e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre eles (Nascimento, Júnior; 2013), expresso na seguinte fórmula:
F=G (M1 M2/ d²)
Onde:
F representa o fluxo de comércio entre Estados;
M1 e M2 são o tamanho de suas respectivas economias, representado pelo PIB;
D2 é uma medida representativa de distância e tem relação direta com os “custos de comércio”.
Ou seja, quanto maior o PIB de um ou de ambos os países, maior o fluxo de comércio entre estes. Mostra, ainda, que mesmo que um dos países tenha uma economia muito pequena isso não irá afetar o comércio contanto que o PIB do outro país seja consideravelmente grande e/ou que a distância entre ambos seja pequena, tomando por exemplo o comércio do Chile com potências como Estados Unidos e China.
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