O julgamento de Harry Kissinger
Por: Thiago Luana • 29/4/2016 • Trabalho acadêmico • 1.210 Palavras (5 Páginas) • 306 Visualizações
Universidade do Vale do Itajaí[pic 1][pic 2][pic 3]
CEJURPS – Centro de Ciências Sociais e Jurídicas[pic 4][pic 5][pic 6]
Curso de Relações Internacionais
Disciplina Diplomacia
Professor Luiz Felipe Rebelo
Resenha Crítica do documentário "O Julgamento de Henry Kissinger" de Chirstopher Hitchens
Artigo produzido como requisito de avaliação para obtenção de umas das notas referente à primeira média da disciplina de Diplomacia do 8º período do Curso de Relações Internacionais da Universidade do Vale do Itajaí.
ACADÊMICO: Thiago Filipe Vicente
Itajaí (SC), 12 de abril de 2016
Resenha Crítica do documentário "O Julgamento de Henry Kissinger" de Chirstopher Hitchens.
Thiago Filipe Vicente
Descrição
O documentário aborda um julgamento sobre Henry Kissinger, ganhador do prêmio Nobel da Paz em 1973, secretário de Estado dos EUA durante os governos de Nixon e Gerald Ford. Pois Chirstopher Hitchens aponta Kissinger como um criminoso e nunca foi julgado, o documentário aborta e prova os crimes de Kissinger como: genocídio deliberado de civis na Indochina; conluio deliberado no genocídio e em posteriores assassinatos em Bangladesh; suborno e planejamento de assassinato de um oficial graduado numa nação democrática (Chile), com a qual os Estados Unidos não estavam em guerra; envolvimento pessoal para assassinar o chefe de Estado numa nação democrática (Chipre); promoção e facilitação de genocídio no Timor Leste; envolvimento pessoal em um plano para sequestrar e assassinar um jornalista residente em Washington.
Na apresentação do Julgamento de Kissinger, em maio de 2001, enquanto passava pela França, Kissinger foi abordado pela policia francesa para prestar esclarecimento sobre a morte de cinco franceses durante a ditadura de Pinochet no Chile, a resposta de Kissinger foi sair do país no mesmo dia; um juiz argentino intimou-o a discutir sua participação na tristemente famosa Operação Condor e tribunais chilenos, sobre a morte do jornalista norte-americano Charles Horman. Para o autor Chirstopher Hitchens, Kissinger deveria estar sentado ao lado de Pinochet, o sanguinário ditador chileno, e junto com o ditador sérvio Milosevic, respondendo por crimes contra a humanidade da mesma forma como os nazistas julgados pelos tribunais internacionais.
Crítica
Apesar de o documentário tentar manter um tom equilibrado, mas apenas defensores do Kissinger são ex-membros da equipe, ou seja, meios suspeitos. Kissinger ganhou destaque na política americana graças à sua abordagem realpolitik para melhorar a posição de poder dos Estados Unidos no mundo em relação à Rússia e China, ou seja, não há muitas considerações sobre a ética e a moralidade, principalmente quando elas atrapalham os interesses norte-americanos. Uma das principais alegações do filme é que Kissinger, como um membro da equipe de Johnson nas conversações de paz de Paris, também era um conselheiro secreto para a campanha presidencial de Richard Nixon de 1968. Nessa função dupla, ele torpedeou o Paris Peace Talks por persuadir o Vietnã do Sul Premier Thieu para trás para fora das negociações, a fim de evitar que o candidato democrata Hubert Humphrey de tirar proveito político de um acordo Vietnam antes da eleição. Mas não é só contra isso que Hitchens se levanta. Ele além de contestar as possíveis atitudes dúbias de algum estadista que acaba tendo que tomar decisões moralmente complicadas por conta de algum interesse nacional maior. Ele é direto e objetivo: Kissinger é um criminoso, mesmo que bancado pela mais poderosa nação do planeta e, dessa forma, deve ser julgado.
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