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OS PRIMEIROS POVOS AMERICANOS

Por:   •  12/9/2018  •  Resenha  •  1.770 Palavras (8 Páginas)  •  201 Visualizações

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SOMOS PARTE DA TERRA E ELA É PARTE DE NÓS

OS PRIMEIROS POVOS AMERICANOS

No período histórico ao qual arqueólogos e historiadores atribuem o nome de Idade Paleolítica (Idade da Pedra Lascada), geógrafos apontam um fenômeno no qual a Ásia e a América se encontravam por meio de uma faixa de terra, que hoje da lugar ao Estreito de Bening, foi por meio dessa faixa de terra que os primeiros povos da américa – originários da Ásia Oriental (Sibéria) passaram perseguindo uma manada de bisões no período glacial, deslocaram-se da Sibéria para o Alasca, assim dando inicio ao povoamento da América, desmentindo a tese do autoctonismo, ou seja, de que o homem americano é originário do próprio continente.

Os primeiros homens viviam em pequenos bandos, compostos apenas por parentes, dispunham de poucos instrumentos, utilizando o mesmo para varias atividades. Segundo os estudos de Lewis Henry Morgan, os primeiros homens encontravam-se no estagio cultural da selvageria.

As sociedades Mesoamérica (mais e astecas) e no Altiplano peruano (incas) , apresentaram grandes evoluções no desenvolvimento das forças produtivas, em contra partida as comunidades da América do Norte e América do Sul, que foram um pouco mais lentas. Com a descoberta do novo mundo, no século XVI, os conquistadores espanhóis identificaram dois tipos de formações sociais: de um lado civilizações (sociedades de classes), como os astecas e incas; de outro, as comunidades primitivas de caçadores ou pescadores, relatos feito pelos espanhóis retrata bem o abismo de habilidades que existiam entre essas formações sociais.

A primeira forma de organização sócia, foi a comunidade primitiva, inicialmente possuía uma economia coletora, depois produtora, com isso Morgan diz que essa evolução fez com que passassem por uma evolução cultural, que foi da Selvageria  e as fazes inferior da Barbárie. O modo de produção caracterizava-se pela propriedade coletiva dos meios de produção, todo individuo que pertencesse a comunidade poderia utilizar da terra. O agrupamento desses indivíduos era denominado clã. A economia advinha de ocupações da natureza, a organização social baseava-se nas relações de parentesco, havia uma divisão natural do trabalho com atividades diferenciadas – desde a caça, aos artesanatos- praticadas segundo o sexo. O sistema de trabalho era coletivo, baseado na cooperação simples, quem não trabalhava não comia. Os produtos produzidos em determinado local eram consumidos  nesse mesmo local, vigora assim o regime de economia natural, com o desenvolvimento do processo de trabalho, passaram a produzir mais, gerando um desequilíbrio na distribuição, que antes igualitária passa a ser desigual, beneficiando uns mais outros menos. A comunidade primitiva era auto suficiente, não havendo assim necessidade de escravos, os existentes eram prisioneiros de guerra.

Essa sociedade possuía o clã como unidade  social, e as relações de parentescos representava um papel dominante. Na América são encontrados clãs organizados pela descendência matrilinear ou patrilinear. A organização dessas comunidades clânicas dava-se pela descendência comum e estavam unidos por instituições sociais e religiosas, formando assim uma unidade particular, era proibido o casamento entre membros do mesmo clã, com isso acontecia a união de clãs, formando tribos e com isso eram trazidos novos conhecimentos e costumes culturais diferentes.

Com a elevação do nível do mar desapareceu definitivamente a faixa de terra que ligavam a Ásia à América, depois disso nota-se a presença no continente americano dos chamados paleoíndios, nômades, caçadores de animais, que tinham artefatos de pedra lascada mais sofisticados que os dos primeiros homens, o que possibilitou o aumento das fontes de subsistência permitindo a caçada de mamíferos de grande porte. Entre 8000 e 5000 a.C. as geleiras recuaram para o norte, provocando desaparecimento da maioria dos grandes mamíferos, em algumas áreas floresceram grandes florestas, nas áreas florestais predominavam a caça aos veados e coelhos e a coleta de milhos selvagens, abóbora e várias espécies de sementes.

A transição da coleta para a agricultura incipiente processou-se na América entre 7000 e 4000 a.C., primeiramente na Mesoamérica (México), depois na Área Andina (Peru). Esse processo foi bastante demorado, e somente a longo prazo surtiram efeitos econômicos naas organizações sociais, efeitos esse que variaram de acordo com a sociedade e pela sua variedade de plantas ou animais criados, etc. Em algumas áreas de solos mais secos a irrigação foi de extrema importância para essa transição. Com o desenvolvimento da agricultura, aprendeu-se a lidar com solo, consequentemente a produzir aquilo que era necessário para sobreviver, assim  as sociedades se tornaram fixas. A partir de 3000 a.C. a cerâmica passa a ser introduzida na produção dessas sociedades, vendo assim a necessidade de se fazer reservas de alimentos.

Nas sociedades primitivas cabia a mulher a produção dessas cerâmicas, já nas sociedades mais avançadas, como as de Valdívia, da costa do Equador, notava-se desenhos mais delicados, fazendo supor que existiam especialistas para esse tipo de produção, certamente do sexo masculino. Com o surgimento de determinados especialistas para áreas especificas, as sociedades tiveram que aumentar a produção de suplementos, já que esses especialistas não faziam trabalhos de caça e agricultura. A terra era de propriedade comunal, não existiam propriedades privadas, era distribuída em parcelas para que as famílias nelas cultivassem. Em algumas comunidades de agricultores, de parentesco matrilinear, o chefe guerreiro era eleito. Nas comunidades patriarcais, o poder do chefe tornou-se hereditário. A base ideológica era dada pela religião. Essas formas de vida material e cultural mantiveram-se por muitos séculos, até serem destruídas pelos conquistadores europeus.

As principais áreas de culturas americanas são: os povos árticos, as tribos subárticas, índios da Costa Noroeste do Pacífico, Californianos e Tribos dos Vales, Grupos do Deserto Norte-Americano, Grupos das Florestas da América do Norte, Índios da Grande Planície da América do Norte e Área Circum-Caribe.

Os povos árticos situavam-se na área cultural Ártica se estende  do Alasca à Groenlândia, os esquimós são os únicos representantes dessa região, estimasse que seja originário de 5000 a.C., predominantemente pescadores, para eles a água é como a terra, pois é dela que tiram a maioria das coisas para sua sobrevivência, são nômades, deslocam-se utilizando embarcações velozes, armavam suas tendas de peles e construíam iglus. Com o passar do tempo a pesca a animais marinhos grandes se tornou uma atividade praticada o ano inteiro, adaptaram-se a construir residências fixas de madeira. Os cães eram os animais responsáveis por puxar os trenós, utilizavam instrumentos de pedra lascada, ossos e marfim. Organização social simples, onde a família era o centro da vida social, a poliginia era praticada se o homem pudesse sustentar mais de uma esposa, não havia propriedade privada , não havia diferenciação social, apenas um chefe que exercia funções de coordenar esse grupo, porém os próprios trabalhadores organizavam a economia.

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