Os Movimentos Antiglobalização

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

GRADUAÇÃO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS

 MOVIMENTOS SOCIAIS ANTIGLOBALIZAÇÃO:

Manifestações críticas ao neoliberalismo

SÃO PAULO

2018

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO        

1.1. Apresentação do tema        

1.2. Objetivos        

1.3. Metodologia        

2. O QUE É GLOBALIZAÇÃO?        

2.1. Tipos de globalização        

2.2. Globalização econômica        

2.3. Globalização política e seus efeitos        

2.4. Globalização solidária        

3. RELAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAS COM A GLOBALIZAÇÃO        

4. SURGIMENTO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS ANTIGLOBALIZAÇÃO        

4.1. Ascensão do neoliberalismo        

4.2. Movimento dos movimentos        

4.3. Ação Global dos Povos        

5. AGENDA DOS MOVIMENTOS        

6. MANIFESTAÇÕES ANTIGLOBALIZAÇÃO        

6.1. Seattle (1999)        

6.2. São Paulo (2002)        

6.3. Gênova (2002)        

6.4. Cancun (2003)        

7. FÓRUM SOCIAL MUNDIAL        

7.1. I Fórum social mundial (2001)        

7.2. II e III Fórum social mundial        

8. CARACTERÍSTICAS DOS MOVIMENTOS NO BRASIL E NO MUNDO        

9. POLÍTICA E OS MOVIMENTOS ANTIGLOBALIZAÇÃO        

9.1. O Estado e a repressão nos movimentos antiglobalização        

10. CONCLUSÃO        

11. BIBLIOGRAFIA        

    ANEXOS............................................................................................................

1. INTRODUÇÃO

        Ao decorrer desse trabalho iremos associar a história dos movimentos sociais antiglobalização, sua importância e impacto na política, tanto no âmbito nacional como no internacional, além de compreender e explicitar as diferenças de diretriz ocorridas nos primeiros movimentos sociais. Sendo assim, esse trabalho busca analisar as causas defendidas pelos movimentos sociais antiglobalização, dando enfoque as críticas ao neoliberalismo, a fim de ressaltar a importância da mobilização e das manifestações para a sociedade de um modo geral. Além do mais, buscaremos analisar personagens fundamentais na história dos movimentos antiglobalização como o Fórum Social Mundial e a Ação Global dos Povos, abordando também o papel do Estado, da mídia e dos órgãos repressores nos movimentos.

1.1. APRESENTAÇÃO DO TEMA

        A estrutura desse trabalho se organizou a partir dos movimentos socais antiglobalização, desse modo o viés de trabalho escolhido foi voltado para as manifestações críticas ao neoliberalismo, idealizadas desde o movimento zapatista e que se tornaram verdadeiramente concretas e notáveis, predominantemente, a partir de Seattle.

1.2. OBJETIVOS

        O objetivo principal desse trabalho é analisar e identificar os movimentos sociais antiglobalização que ganharam notoriedade no século XX e XXI, através de um viés antineoliberalista, averiguando suas origens e consequências nos âmbitos, político, econômico e social. Tomando como referência as manifestações políticas de Seattle (1999), São Paulo (2002), Gênova (2001) e Cancun (2003), além de explorar os projetos do Fórum Social Mundial (FSM) e da Ação Global dos Povos. Cabe também ao trabalho explorar os diversos setores de atuação dos movimentos sociais antiglobalização e a sua relação com a política, o Estado e a mídia.

1.3. METODOLOGIA

        Buscaremos, através da leitura e análise de artigos, documentários e livros, investigar as manifestações antiglobalização ao redor do mundo. Além disso, utilizaremos de entrevistas com especialistas da área, a fim de relacionar diretamente a política e os movimentos sociais antiglobalização.

2. O QUE É GLOBALIZAÇÃO?

        Globalização é um termo difundido a partir da década de 1980, e denomina uma ocorrência do modelo econômico capitalista, que permitiu a aproximação entre os países nas esferas financeira, social, cultural, e política, constituindo a mundialização dos espaços geográficos. Mas a sua ocorrência vem desde as Grandes Navegações, no século XV, quando potencias europeias procuram novos locais para trocas comerciais e exploração de territórios. Porém, ela passa a se desenvolver na Revolução Industrial, no século XVIII, que trouxe avanços tecnológicos e consolidou o sistema capitalista.

        A partir da difusão do termo, alguns teóricos relacionam as tecnologias e descobertas na área da comunicação – que vão desde satélites artificiais até redes de fibra ótica que conectam pessoas por computadores – à aceleração das trocas de capitais e ao fluxo de informações, ou seja, há uma quebra de fronteiras que acaba homogeneizando identidades culturais e o capitalismo. Todo esse encadeamento foi acelerado devido à Terceira Revolução Industrial, ou chamada também de Revolução Técnico-Científico-Informacional.

        Entretanto, este processo acontece em proporções e consequências distintas entre os países. Os Estados ricos são os maiores beneficiados com a globalização, uma vez que se voltam à expansão de seus mercados através de empresas globais (ou transnacionais), que se fixam em países subdesenvolvidos e os exploram em termos de mão de obra e matérias-primas.  Portanto, a globalização tem seu lado excludente, pois, a partir da competitividade, os Estados-nações tendem a garantir sua soberania econômica através da acumulação de riquezas.

2.1.TIPOS DE GLOBALIZAÇÃO

        A globalização é a união de vários fatores que unem Estados-nações de diferentes locais do mundo. A cultura e informação, econômica e política são alguns elementos que a constituem.

2.2. GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA

        A partir de um prognóstico econômico, alguns países percebem que as uniões entre seus interesses mercadológicos e capitalistas facilitariam alguns processos entre si, principalmente na área do comércio. Como consequência disso, começam a surgir os blocos econômicos, uma tendência mundial e que trazem benefícios competitivos em um cenário de ampla concorrência.