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Religiões e Relações Internacionais: Um enquadramento teórico

Por:   •  12/4/2018  •  Resenha  •  1.052 Palavras (5 Páginas)  •  233 Visualizações

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Gustavo Piñeyro Torres

2018 - 7° Semestre

Relações Internacionais.

História das grandes religiões.

Texto 2 – Religiões e Relações Internacionais: Um enquadramento teórico.

Pasquale Ferrara.

Tradução de Anna Carletti.

Podemos observar, que em boa parte do início do texto trata do termo “secularizar”, que se trata de passar a conviver com alguns valores religiosos implícitos na sociedade como valores culturais, até mesmo chegando a ser chamados de costumes, sem a necessidade explicita de relaciona-los a uma religião.

Passado um primeiro momento, onde nos explica que esse termo foi muito aplicado em vários pontos da sociedade contemporânea, podemos observar como a religião dentro das relações internacionais, mesmo sendo um foco de estudo recente, está presente a muito tempo nesse campo, desde a formação dos Estados, passando pelas suas revoluções, e chegando as guerras mais recentes (segunda guerra e guerra fria), e desempenhando um papel importante, mediante a intervenção de figuras relevantes no âmbito internacional (como foi o caso do Papa João Paulo II).

Um ponto muito interessante a ser tratado, e ver como a religião no âmbito das relações internacionais passa a ficar em segundo plano, em função do espaço que ganha a economia, e a política entre os países durante um período, porém, ela nunca “some” de fato. A religião retoma essa postura relevante, com o estudo de novas teorias, e fatos ocorridos que se relacionam com esta, como foi o caso de associar a segurança a casos de religiosidade (como foi o caso ocorrido no dia 11 de Setembro, ataque as torre gêmeas e ao Pentágono), e o papel que este desempenha no âmbito interno nos países, o que leva a ter uma importância dentro da política doméstica, e se reflete nas ações externas dos atores do sistema.

A participação dos grupos religiosos no âmbito interestatal tem ganhado relevância e uma posição importante, na atuação em certos pontos, como foi e ainda é, a intervenção em pedidos de paz, de apoio, ou cessar fogo nos conflitos do Oriente Médio por exemplo. A má interpretação entre entidades religiosas interestatais, que se tornaram atores no sistema internacional, pode levar a uma taxação incorreta de alguma religião, como é o caso do Islã, por outro lado a intervenção de ditos grupos com apoio em certos casos, é algo bem relevantes.

Um ponto que não é tomado muito em conta diante do estudo das religiões, porém está ganhando significância dentro de estudos específicos, são as crenças, os valores, a formação de tal religião e o papel que ela ocupou na formação de alguns Estados.

Podemos observar de forma clara, que a religião ganha espaço e relevância internacional, e doméstica, majoritariamente a partir da metade do Século XX, e continuando no XXI, com revoluções de vital importância para esse movimento, principalmente em busca de sua legitimação como fator decisivo e independente da política dentro de um Estado, e fora dele.

Estes movimentos, buscam reafirmar sua atuação mediante a pregação de seus valores, que se expandem pelo mundo, e muitas vezes se contrapõem com políticas de alguns Estados, ou conjunto de Estados, a intervenção em favor da paz e contra a violência, é outro marco que identificamos, em sua maior parte em favor de conflitos localizados no Oriente Médio, e na Eurásia, é isto se deve as grandes revoluções religiosas que podemos acompanhar lá com o decorrer de vários anos assim como os conflitos que ditas religiões carregam a anos em função da história da formação de suas religiões.

Vemos também que a pregação dos valores religiosos não conhece limites físicos, ou políticos (falando desde o ponto de vista dos Estados, não enfrenta limitações com fronteiras políticas ou físicas).

Outro ponto relevante, é o enfrentamento que se dá entre o movimento dos cristãos que se põem como religião “predominante” e as vezes ultrapassa os limites de algumas outras, junto com o apoio de alguns Estados, devido a sua política e postura, o que impulsa sua expansão e gera um certo desconforto a alguns grupos, ou culturas, em sua maior parte orientais.

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