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A Economia Politica Internacional

Por:   •  15/4/2018  •  Resenha  •  709 Palavras (3 Páginas)  •  338 Visualizações

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ECONOMIA POLÍTICA INTERNACIONAL: 1ª PROVA

1. O que é EPI? – dialógo com tradição de pensamento da economia política, características recentes

A economia política parte do pressuposto que os elementos que a dão nome, economia e política, são dois campos indissociáveis. Seu objeto de estudo é a distribuição do poder político e econômico. Para entender o que significa economia política internacional, cabe a apresentação da origem da inseparabilidade fundante da área, seguida da exploração de suas tendências atuais a partir da ótica de seus debates atuais.

A impossibilidade de separação entre política e economia associa-se ao desenvolvimento do capitalismo, com a tomada do poder pela burguesia, que já era detentora do poder econômico, e passa a ser detentora também do poder político. Essa inseparabilidade entre economia e política pode ser materializada, inclusive, historicamente no processo formação do Estado, a partir da perspectiva de Charles Tilly. O autor coloca a guerra e a formação do Estado em um processo de retroalimentação onde o capital era elemento essencial, seja como investimento para a guerra, seja com relação ao aparato burocrático e a tributação que consolidam o monopólio da força pelo Estado.

Com a economia política internacional, essas ideias são estendidas também a esfera externa, além da interna. Destaca-se, nesse sentido, que em uma economia globalizada, a separação entre esferas interna e externa não é tão simples, frente, por exemplo, a influência de interesses externos na política de cada Estado. A internacionalidade dessas ideias da economia política pode ser exemplificada pelas consequências de exportação de inflação quando os Estados Unidos aumentam sua taxa de juros. Esse tipo de questão está muito relacionada a consequências de Bretton Woods que, ao institucionalizarem o padrão dólar, colocam os ditames da economia mundial nas mãos de um só Estado.

Bretton Woods traz o debate dos regimes internacionais, um dos pontos que a Economia Política Internacional mais se debruça sobre atualmente. Além desses, são diversos os debates que desenvolvem as características da EPI de hoje. Debates esses bebem da fonte dos pensadores da tradição da economia política. A partir dos pensadores fisiocratas, clássicos, marginalistas e neoclássicos que se chega às estruturas de EPI atual. Por exemplo, o auge do liberalismo dos anos 70 e 80 se associa diretamente ao pensamento clássico, com Adam Smith. Ou também o chamado Brexit, isto é, o processo de saída do Reino Unido da União Europeia, representa o importante debate clássico entre ter ou não arramas entre Estado e economia. O debate do desenvolvimento está diretamente ligado às ideais de Marx sobre desigualdade a priori e o capitalismo que surge subordinado ao desenvolvimento.

A partir das bases postas por esses pensadores que podemos entender os debates atuais sobre poder, Estado e economia que guia a EPI atual. Esta vem se preocupando com, por exemplo, como os Estados se relacionam? Como é feita a distribuição de poder?

A resposta para qualquer uma dessas perguntas varia de acordo com a teoria das relações internacionais e a abordagem de EPI que se prefere. A distribuição de poder pode ser entendida com base em ganhos relativos ou absolutos, dependendo da perspectiva que se olha. Quem defende que se relacionam a partir da lógica de ganhos absolutos, entende o engajamento entre Estados a partir da cooperação e do ganho mútuo; já, quem parte da lógica de ganhos relativos, parte de uma perspectiva de rivalização e jogo de soma zero.

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