A REDUÇÃO DE RISCOS E DESASTRES
Por: Michelly Schreder • 27/2/2018 • Artigo • 634 Palavras (3 Páginas) • 272 Visualizações
REDUÇÃO DE RISCOS E DESASTRES: MARCO DE HYOGO PARA 2005 – 2015 E MARCO DE SENDAI PARA 2015 – 2030
A redução de riscos e desastres ganhou mais espaço nas discussões atuais devido as constantes mudanças climáticas, pois trouxe drásticas consequências sociais para o planeta. Apesar das ameaças naturais serem o foco dos desastres, um evento natural pode trazer desastres tecnológicos, como em 2011, quando um terremoto seguido de tsunami afetou toda a costa nordeste do Japão e a usina nuclear Fukushima Daiichi, causando um vazamento radioativo.
O que ambas as categorias de desastres, naturais e tecnológicos têm em comum é o fato das duas afetarem efetivamente o âmbito social. A falta de preparação e conhecimento da população no momento de lidar com desastres sociais, além de refletir negativamente no desenvolvimento social, afeta o setor politico, econômico e demográfico. (Rodrigues, 2000)
No ano de 2005, entre 18 e 22 de janeiro, a redução do risco definitivamente passou a circular como prioridade estratégica no enfrentamento de desastres, quando em Kobe, Hyogo, no Japão, foi realizada uma Conferencia Mundial que resultou em um documento que estabeleceu ações prioritárias até 2015. O Marco de Ação de Hyogo (Hyogo Framework for Action, HFA) foi adotado pelo Brasil entre outros 168 países. Este documento além de fortalecer os apoios políticos, busca trazer melhorias nas seguintes áreas: Governança em seu quadro organizacional, legal e político, além de priorizar o monitoramento e alerta precoce do risco, organizar a gestão do conhecimento e educação, e preparar a população para uma resposta efetiva e recuperação ante a crise.
A implementação do HFA foi acompanhada e relatada e seus resultados geraram vários relatórios posteriores e uma plataforma global de compartilhamento de boas práticas em redução de riscos e desastres. Desde sua adoção, foi documentado progresso em níveis local, regional e global, alcançado pelas nações e por diferentes atores na redução de risco e desastre, levando à diminuição dos índices de mortalidade em alguns tipos de ameaças (UNISDR, 2015, p. 2).
Em março do ano de 2005, em Sendai, Japão, foi realizada a Terceira Conferência da ONU para a Redução de Riscos e desastres, onde os países-membro assinaram o Quadro de Ação de Sendai para o período 2015-2030, que passou a substituir a Ação de Hyogo.
O Marco de Sendai completa a avaliação e revisão do Marco de Hyogo, bem como acordos regionais que visam implantar estretégias/instituições para a redução de riscos e desastres, além de priorizar a construção da resiliência das nações e comunidades frente a desastres, buscando implementar um quadro pós-2015 para a redução de riscos e desastres. (UNISDR, 2009)
As novas diretrizes, que valem de 2015 a 2030, visam reduzir vulnerabilidades como uma forma de ampliar a resiliência diante da necessidade de buscar a adaptação diante das mudanças climáticas. Para isso, o documento destaca, como prioridade número um, a necessidade da compreensão do risco de desastre em todas as suas dimensões de vulnerabilidades, capacidades, características das ameaças e do meio ambiente (UNISDR, 2015, p. 9).
Deste modo, o Sendai busca mostrar o quão fundamental é o papel da comunidade frente a uma mudança interna. Neste caso, as autoridades políticas e de segurança devem reconhecer as lideranças comunitárias para que haja trabalho em conjunto, a fim de que as comuns desconfianças geradas pela política sejam interrompidas. (UNISDR, 2011)
REFERÊNCIAS:
BARBOSA, Lara Leite. Projeto colaborativo para preparação e resposta após desastres. Disponível em: <http://www.researchgate.net/profile/Lara_Barbosa/publication/269111800_PROJETO_COLABORATIVO_PARA_PREPARAO_E_RESPOSTA_APS_DESASTRES/links/5481e05a0cf25dbd59e8ba0d.pdf> Acesso em: 06 de novembro 2015.
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