A RealPolitik Contra Si Mesma
Por: brunamarinho1405 • 1/4/2020 • Resenha • 674 Palavras (3 Páginas) • 293 Visualizações
Textos 8 (cap.6, “A Realpolitik contra si mesma”, p.147-164)
A Realpolitik fez a unificação da Alemanha se tornar realidade, mas também foi responsável pela quebra deste novo sistema que deu à luz à este grandioso Estado novo. Visto que a Realpolitik é uma política voltada para o interesse do Estado, e evita guerras apenas se os jogadores forem suficientemente livres ou contidos por valores iguais. Sendo assim num momento após sua instauração os mesmos motivos que a levaram à ascender se tornam os incubidos de a finalizar.
Bismarck tinha a mesma política de Richelieu nos quesitos de uma política divorciada de um sistema de valores exceto a glória do Estado. Assim como Richelieu teve de romper com o clérigo, Bismarck teve de romper com a alta sociedade que inclusive o colocou em seu cargo. Isto porque ele defendia a máxima de que o poder cria sua própria legitimidade, e numa última tentativa de conciliação apela para o patriotismo prussiano.
A Realpolitik exigia uma flexibilidade tácita e era de interesse nacional manter a opção em aberto de negociar com a França.
Acontece que se fez necessário a aplicação literal da Realpolitik cujo dependia excessivamente da força militar e ocasionou duas guerras.
Texto 9 (cap.6, “A Realpolitik contra si mesma”, p.165-178.).
Quando começou o Congresso de Berlim sua principal função era dar as bênçãos da Europa para que o já fora negociado. Sendo que Bismarck levou a concordar com o encontro trazendo seu pensamento do perigo de uma guerra. Bismarck e Disraeli preferiam abordar um discurso e a política de uma maneira ousada e dramática.
Para Disraeli, o problema estratégico do congresso era desviar o mais possível da Inglaterra a frustração da Rússia por ter de renunciar a algumas de suas conquistas, ele foi bem sucedido pois a posição de Bismarck se encontrava bem ruim já que não via nenhum interesse alemão nos Bálcãs e não tinha nenhum interesse nas
discussões levantadas no debate a não ser evitar uma guerra entre Rússia e Áustria e jogou da melhor maneira possível apoiando a Rússia nas questões que envolvia o Oriente dos Balcãs e apoiou a Áustria na parte Ocidental. No entanto conter a Rússia em expansão, em geral produzia um grande ressentimento.
Na época de 1850, Bismarck defendeu uma política de “isolamento esplêndido”, do qual é um caminho que evitava alianças por limitarem a liberdade e, principalmente, dava à Prússia mais opções que as de qualquer adversário potencial. Durante a década de 1870, Bismarck tentou consolidar a unificação da Alemanha, retomando a Aliança tradicional com a Áustria e a Rússia, no entanto na década de 1880 ocorreu algo sem precedentes pois a Alemanha era forte demais para ficar a parte, pois isso poderia unir a Europa contra ela e não podia ficar contanto com o apoio histórico, quase por reflexo da Rússia, sendo assim, a Alemanha era um gigante atrás de amigos/aliados.
Portanto, Bismarck inventou sua linha de política de externa e começou a produzir mais relações com mais países que qualquer outro adversário potencial, podendo, então, escolher muitos aliados, conforme as circunstâncias, deixando sua marca estratégica que permeou durante seus 20 anos sua diplomacia.
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