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A Resenha Marx e Bobbio

Por:   •  8/12/2021  •  Resenha  •  1.310 Palavras (6 Páginas)  •  170 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

Disciplina: Teoria Política Aplicada às Relações Internacionais 

Aluno: Paulo Filipe da Silva Castro

Professor: Victor Leandro

O MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA - MARX e ENGELS

Karl Marx e Friedrich Engels farão uma colaboração na elaboração do Manifesto do Partido Comunista. A pedido da Liga dos Comunista, uma organização ideológica composta por militantes exilados, os dois autores escreveram o manifesto em um período onde ocorria a primavera dos povos - conflitos liberais, nacionais e socialistas que ocorreram por conta das crises econômicas nos países europeus. Por conta disso, o material produzido por esses pensadores trazia uma ideia de convocação para aniquilar a burguesia

Portanto, eles analisam a história como uma luta de classes. Onde, sempre o proletariado foi oprimido pelas classes que se localizam no topo das pirâmides. Com o fim do feudalismo, fica evidente a opressão que a burguesia exerce sobre o proletariado. Através da iniciativa privada e de suas influências em um modelo capitalista, eles fazem com que o Estado sempre tome atitudes que lhes dê mais lucro.  

Tal exploração do proletariado, pode ser explorado nas extensas jornadas de trabalho e na falta de autonomia presente na divisão do trabalho no modo capitalista de produção. Por conta disso, há muitas reivindicações de trabalhadores referente à mais direitos trabalhistas, melhor remuneração e condições dignas de trabalho. Sendo assim, os pensadores elaboraram a ideia da retirada da burguesia do poder pelo proletariado, fazendo com que quando os trabalhadores assumissem o poder político seria a única forma de conquistar os seus direitos.

Some-se, a isso, os autores do Manifestam julgam a política como um meio de dominação de classes e por conta disso o modelo capitalista melhor se apresentava em benefícios quando a elite estava no poder. Pois, o modelo capitalista preza pelo lucro do patrão e com isso a desigualdade social só cresce e o proletariado se torna obrigado em vender sua força de trabalho.

Desse modo, através do Manifestado, as idéias de Marx e Engels foram espalhadas para que as classes oprimidas obtivessem a consciência de que estavam sendo oprimidas e pudessem reivindicar seus direitos através de uma revolução de classes buscando o poder político.

A ORIGEM DA FAMÍLIA, DA PROPRIEDADE PRIVADA E DO ESTADO - ENGELS

Friedrich Engels escreveu a obra “A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado” no ano de 1884. Sua obra irá trazer uma análise da sociedade e junto a isso, o desenvolvimento do trabalho e da família. Some-se, a isso, a identificação de estado selvagem, barbárie e civilização como estágios pré-históricos de cultura, do autor Lewis Henry Morgan, que serve de base para as teorias de Engels.

Durante a barbárie, a concepção de família começa a se alterar e Engels falará sobre o pátrio poder romano. O pátrio poder romano, pode ser analisado quando ele é aplicado sobre os escravos, pois o domínio paterno será sobre o escravo, seu filho e sua esposa. Dessa forma, as atitudes do homem seria responsável pela morte e vida de cada um que está sob sua liderança e, assim, iniciaria um antagonismo de classes na família, entre o homem e a mulher.

De acordo com o supracitado, o autor diz que isso está claramente ligado à herança familiar da propriedade privada. Ainda segundo o autor, a monogamia representa uma subordinação da mulher ao homem, pois a função da mulher passa a ser somente ter filhos. Logo, segundo Engels, a primeira divisão do trabalho surge como uma opressão do sexo masculino sob o feminino em relação a procriação de filhos.

O trabalho de Engels, tem uma grande contribuição para com o feminismo. Pois, a partir de seu livro é mostrado a origem do patriarcado e a origem da opressão femininas, que não é algo natural, mas claramente histórico. Sendo assim, sua obra tem uma grande importância para o feminismo, pelo fato dele mostrar que somente através da participação social a opressão contra o gênero cessaria e o trabalho doméstico não seria mais a sua obrigação.

        Friedrich Engels irá atribuir a importância dos conceitos de família monogâmica patriarcal, assim como e Estado burguês, enquanto meios que sustentam a acumulação e a desigualdade, evidenciados pelo sistema capitalista. Logo, ele acredita que acredita que as repressões sociais de classes só terão um fim quando as formas de produção capitalistas e o próprio Estado forem extinguidos.

        Deste modo, para Engels, “o matrimônio, pois, só se realizará com toda a liberdade quando, suprimidas a produção capitalista e as condições de propriedade criadas por ela, forem removidas todas as considerações econômicas acessórias que ainda exercem uma influência tão poderosa na escolha dos esposos. Então, o matrimônio já não terá outra causa determinante que não a inclinação recíproca” (p.67).

CONCLUSÃO

        

        Como visto anteriormente, o Manifesto do Partido Comunista foi publicado em uma época de intensas revoluções no continente europeu. Foi um panfleto para incentivar os proletários a mudar a sua realidade e foi muito importante, também, pelo fato de ter trazido as ideias marxianas e engelsianas de forma mais sucinta, com apenas quatro dezenas de páginas. Ainda hoje, é uma obra de extrema relevância para se pensar a realidade político-econômica vivida, uma vez que o choque de interesses entre classes permanece muito forte, ainda que muitos não tenham consciência do seu papel nessa luta.

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