TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Resenha "Introdução à Contribuição Para A Crítica Da Economia Política", Karl Marx (1859)

Trabalho Universitário: Resenha "Introdução à Contribuição Para A Crítica Da Economia Política", Karl Marx (1859). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/10/2014  •  425 Palavras (2 Páginas)  •  904 Visualizações

Página 1 de 2

Marx começa falando da diferença entre valor-de-uso e valor-de-troca, enquanto que O Capital começa a partir da diferença entre valor-de-uso e valor (na verdade o valor-trabalho), para depois comentar do valor-de-troca.

Trata-se de diferença de ordem na hora de expor: em Contribição, a mercadoria tem valor-de-uso, e quando é trocada por outras mercadorias (ou dinheiro), então está dentro de relações de troca consequentemente relações sociais. E dentro da sociedade as pessoas trabalham, e assim nasce o valor (valor-trabalho) que é mais importante que o valor-de-uso e valor-de-troca.

Isso porque valor-de-uso é determinado pela utilidade, e isso depende de quem fará o uso: para aquela pessoa apenas aquela mercadoria tem aquela utilidade, e portanto é insubstituível e único, dificultando comparação com demais mercadorias.

Por outro lado, valor-de-troca oscila a todo momento no comércio, dependendo de oferta e procura, de justeza ou barganha entre comerciantes e consumidores. Mas dessa forma, se um vendedor de ferramentas vende caro, o comprador compra caro as ferramentas e com elas produz sua engenhoca, que também ficará mais caro por conta das ferramentas caras que comprou, e assim quem comprar a engenhoca também revenderá mais caro seu produto ou serviço, de forma que o aumento de preços mais cedo ou mais tarde atinge aquele que inicialmente aumentou o preço das ferramentas. Sendo assim, o valor-de-troca é volátil demais.

Para constatar o preço mínimo para começar a venda, ou, depois de muitas vendas e compras, constatar que existe uma média em torno da qual oscilam os preços, é necessário então um valor que não varie apesar dos preços nominais aumentarem ou abaixarem nas trocas, mas que também não seja tão único e difícil de comparar como o valor-de-uso.

Fisiocratas falaram do valor que veio da natureza e portanto as mercadorias valem mais ou menos dependendo do quão próximos ou afastados da natureza. Já Adam Smith e David Ricardo falaram do valor que veio do trabalho, o que é mais apropriado para o capitalismo, e explica a geração de valor mesmo dentro de indústrias que desde a matéria-prima lidam com elementos bastante afastados da natureza. Eis antão o valor-trabalho, ou simplesmente valor, tal como chama Marx.

Possivelmente, foi para ressaltar a importância do valor que em O Capital começou com a diferença entre valor-de-uso e valor: o valor-de-uso de refere à satisfação de necessidades "do estômago ou da fantasia" mas a sua substância está no valor, pois se excluindo o valor-de-uso da mercadoria, o que sobra é uma "objetividade impalpável, a massa pura e simples do trabalho humano" e uma forma desse valor se manifestar é pelo valor-de-troca.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (2.7 Kb)  
Continuar por mais 1 página »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com