TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

As Relações Internacionais: Definição

Por:   •  28/3/2020  •  Resenha  •  18.263 Palavras (74 Páginas)  •  181 Visualizações

Página 1 de 74

                PDRI – Introdução às RI  – C. Pecequilo – BREAK                CC Figueiredo

As Relações Internacionais: Definição: as relações sociais que atravessam as fronteiras e que se estabelecem entre as diversas sociedades

1.1 Bases da Disciplina: Sistema Internacional (SI), os Atores Internacionais (Estados, OIGs, FTs) e as Forças Internacionais.

A) Conceitos e Atores:

  • SI – cenários e ambientes - característica básica é a ANARQUIA (ausência de um governo ou leis).
  • Ordem internacional - intercâmbios e choques entre os atores da política internacional.

Ponto de partida - surgimento do Estado Moderno e a Paz de Westphalia em 1648 (o outro marco é o Tratado de Utrecht, 1713).

  • Características definem este ambiente: sua dimensão global é fechada, a heterogeneidade (diferenças entre os atores e dos fenômenos – forças demográficas, econômicas, tecnológicas e ideológicas) e a estrutura (ordem do SI, ou Equilíbrio de Poder - EP, que define a hierarquia dos Estados e é um dos principais pilares da teoria realista clássica das RI do século XX).
  • Estados - Entidades Soberanas - não possuem nenhuma autoridade acima da sua para regular suas relações no cenário internacional, cujo princípio central é, como citado, a anarquia. A “prioridade primeira” é a manutenção da soberania e da segurança de cada unidade política individual (processo de contenção e dissuasão mútuas mantém a estabilidade e evita a eclosão constante de guerras).
  • Arma nuclear - poder de destruição mútua assegurada (MAD) - “Equilíbrio do Terror” que simboliza a possibilidade da política voltar a ser um jogo de soma zero.
  • Três tipos de ordem: unipolar (Império Romano); o bipolar, (Guerra Fria) e o multipolar.
  • Os princípios básicos do Estado Moderno são a territorialidade com base em fronteiras definidas, a soberania política sobre este território, constituindo um governo organizado, e a existência de uma população que habita este espaço geográfico.
  • Três componentes materiais compõem estas unidades políticas, o território, a população e o governo (soberanos dentro de seu determinado território).
  • Poder (elemento essencial da política) - corresponde ao nível de autonomia.
  • A análise dos recursos de poder à disposição do Estado deve levar em conta duas dimensões, a da posse e a da conversão dos recursos.
  • Poder potencial (existe em sua condição bruta) X Poder real (capacidade de conversão).
  • Poder duro - dimensões territoriais, posicionamento geográfico, clima, demografia, capacidade industrial instalada, disponibilidade de matérias-primas e status militar.
  • Poder brando e de cooptação - poder econômicas, ideológicas, tecnológicas e culturais (capacidade de adaptação, flexibilidade e convencimento de um determinado Estado).
  • Poder inteligente - relaciona à junção equilibrada das fontes de poder duro e brando na ação dos Estados.
  • Categorias de Estado: Superpotências ou Potências Globais (grau de autonomia é elevado e vulnerabilidades específicas); Potências Regionais/Grandes Estados Perifé-ricos (GEP), Potências Médias e Países Emergentes (equilíbrio ou do desequilíbrio em seu espaço geográfico - Estados pivô); Papel Local/Restrito/ Países de Menor Desenvolvimento Relativo - PMDR (Estados menos desenvolvidos e com elevada vulnerabilidade, vide Haiti).

Atores Não Estatais

🡺OIG – Org. Internacionais Gov. ou Intergovernamentais – agrupamentos políticos de Estados/demandas e reivindicações. Autonomia é relativa à medida que o seu funcionamento depende da ação dos Estados membros (não se sobrepõe à soberania dos Estados). São elementos essenciais de ação, uma vez que o multilateralismo permite sua atuação mais equilibrada e equitativa no SI diante das nações mais fortes e permite a inserção de demandas e reivindicações nestes espaços.

  • Existe relação ambígua entre as OIGs e os Estados, sustentada em uma dinâmica de autonomia e dependência, de igualdade e pressão.
  • As OIGs são um mecanismo que facilita as interações entre os Estados, inserindo, ao lado do conflito, possibilidades de cooperação.

Estados com mais recursos - funcionam como canais diplomáticos (meios alternativos de pressão e exercício de poder).

Foros multilaterais: permitem: aumento dos contatos entre as unidades políticas e canais alternativos de ação.

🡺 OIGs atuam em dimensões diversas da política internacional, dividindo-se segundo seus propósitos e extensão:

  • Propósito Abrangente (PA) global – ONU;
  • Propósito Abrangente (PA) regional – EU e o Mercosul;
  • Propósito Único (PU) global – FMI e a OMC; e
  • Propósito Único (PU) regional – OTAN.

🡺Forças Transnacionais – representar fluxos privados múltiplos ligados à sociedade civil que afetam a política dos Estados tanto positiva quanto negativamente.

FLUXOS: transportes, comunicações, finanças e pessoas.

  • ONG – valores comuns e a busca da conscientização, focando em áreas como o meio ambiente e os direitos humanos, ações comunitárias (espaços tradicionalmente não atendidos pelo Estado).
  • Positivamente - incentivam a cidadania e a participação popular.
  • Negativamente - podem atuar como poderes paralelos.
  • Ex.: Cruz Vermelha, o Greenpeace e a Anistia Internacional.
  • CMN ou CTN (Comp. Multinacionais ou Transnacionais) – são empresas de atuação global em diversos Estados, cuja sede localiza-se em um determinado país de origem.

Estados mais poderosos - indiretamente, fontes de poder brando (influenciam questões de financiamentos e tributárias em países menores).

...

Baixar como (para membros premium)  txt (120.2 Kb)   pdf (530.2 Kb)   docx (102.9 Kb)  
Continuar por mais 73 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com