CASO DE ENSINO SOBRE NEGÓCIOS INTERNACIONAIS
Por: tehetiba • 27/9/2021 • Artigo • 3.489 Palavras (14 Páginas) • 145 Visualizações
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CASO DE ENSINO SOBRE NEGÓCIOS INTERNACIONAIS: práticas de análise das exportações brasileiras
Renato De Oliveira Rosa
Escola de Administração e Negócios (ESAN/UFMS)
adm.renato.rosa@gmail.com
Wesley Osvaldo Pradella Rodrigues
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
Universidade Anhanguera Uniderp wesley.rodrigues@ufms.br
RESUMO
O presente artigo possui o objetivo de fomentar o debate e difundir a importância da reflexão sobre a interação professor e aluno através de metodologias ativas e da aprendizagem experimental, dentro da disciplina de comércio exterior. Avaliando os conhecimentos e habilidades que os alunos terão ao analisar o caso. Os casos aplicados aos negócios internacionais são construídos em torno de objetivos de aprendizagem que se pretende desenvolver, e são seguidos de questões que devem ser respondidas pelos estudantes. Espera- se também difundir a aprendizagem experimental com um caso de ensino e um recurso eficaz para estimular o estudante das escolas de negócios. Os resultados obtidos contribuem para uma melhor compreensão da utilização de metodologias de aprendizagem experimental, como um caso de ensino, além de se mostrar como um recurso eficaz para estimular o estudante das escolas de negócios.
Palavras-chave: Aprendizagem Experimental; Metodologia Ativa, Negócios Internacionais.
INTRODUÇÃO
No cenário internacional, é importante observar o comportamento de um dos principais compradores de produtos brasileiros a China. O parceiro oriental é o cliente número um do agronegócio brasileiro, o país possui 1,3 bilhão de habitantes e constante crescimento econômico fazem da China um atraente destino para as mercadorias produzidas no Brasil (CIA, 2018).
O ensino tradicional coloca o docente como único detentor do saber ainda domina as universidades, porém esta metodologia não consegue desenvolver no estudante universitário sua consciência crítica, impossibilitando o graduando de desenvolver sua própria percepção e crítica acerca dos fenômenos administrativos e uma visão crítica das teorias são ensinadas nas escolas de negócios (NICOLINI, 2003).
A globalização é um fenômeno que cresce exponencialmente ao redor do mundo, esse processo engloba vários aspectos da atividade humana, como: a) econômico; b) financeiro; c) cultural e; c) tecnológico, uma de suas expressões mais evidentes é a abertura comercial, como a crescente participação do comércio internacional nas ofertas e nas demandas domésticas de bens e serviços (MAGALHÃES, 2002).
Os casos aplicados aos negócios internacionais são construídos em torno de objetivos de aprendizagem como as habilidades e competências que se pretende desenvolver com os discentes, e são seguidos de questões que devem ser respondidas pelos estudantes. A presença dessas questões torna o estudo de caso uma abordagem de ensino. Os estudantes analisam os saberes necessários para a resolução do caso, pesquisam e discutem em pequenos grupos, são situações baseadas em eventos reais ou que poderiam perfeitamente ser reais, e contam uma história, o que favorece o engajamento dos estudantes (SPRICIGO, 2014).
O presente artigo possui o objetivo de fomentar o debate e difundir a importância da reflexão sobre a interação professor e aluno através de metodologias ativas e da aprendizagem experimental, dentro da disciplina de comércio exterior. Avaliando os conhecimentos e habilidades que os alunos terão ao analisar o caso. Espera-se também difundir a aprendizagem experimental com um caso de ensino e um recurso eficaz para estimular o estudante das escolas de negócios.
REFERENCIAL TEÓRICO
- NEGÓCIOS INTERNACIONAIS E O ENSINO EM ADMINISTRAÇÃO
Para responder aos desafios da profissão e que exigem uma "lógica econômica" única e o "paradigma do interesse próprio", as escolas de negócios vêm, há décadas, produzindo profissionais com orientação comercial (KORIS et al., 2016).
Eles consideraram seu propósito construir uma força de trabalho e gestão capaz de lidar com novos desafios e, empregando habilidades técnicas, analíticas, de comunicação, multidisciplinares e interdisciplinares, satisfazendo o mercado de trabalho. Afinal, o mundo corporativo se esforça para obter maior lucro, superando a concorrência e afastando os novos participantes (GILL; LASHINE, 2003)
Os negócios internacionais, como campo de estudo, caracterizam as pessoas como maximizadoras de lucro racionais, e o desejo de maximizar ganhos e lucros é central no modelo econômico globalizado, isso resultou no que Locke e Spender (2011 p. 15) chamam de "a quantificação idealizante dos currículos das escolas de negócios".
Como resultado, em vez de produzir indivíduos socialmente orientados (para os quais o mundo desenvolveu uma necessidade após os numerosos escândalos, casos de corrupção e fraude), os graduados de negócios de hoje exibem uma atitude positiva em relação à ganância e ao próprio comportamento ganancioso (WANG et al., 2011), primariamente elogiam a racionalidade instrumental, falham em desenvolver uma perspectiva acadêmica crítica e suprimir as preocupações sociais (VARMAN et al., 2011).
Os esforços bem-intencionados dos professores para introduzir abordagens críticas e introspectivas colidem com as expectativas e aspirações dos estudantes porque, como Leavitt (1989, p. 39) coloca, "os executivos não sabem como pensar abstratamente". Como resultado, as escolas de negócios têm como objetivo principal melhorar as perspectivas de carreira e / ou os salários dos alunos, ensinando negócios de uma perspectiva puramente comercial; isto é, o ensino é dominado pela influência de uma lógica instrumental de alcançar metas específicas de maximização de lucro (FENWICK, 2005).
- METODOLOGIA ATIVA E APRENDIZAGEM EXPERIMENTAL
A consequência do papel cada vez mais importante do conhecimento para a prosperidade econômica e social e do foco no papel ativo dos indivíduos na construção de seu conhecimento é a tendência de implementar as novas diretrizes na organização do processo de ensino onde a relação ensino e aprendizagem é mais flexível, os alunos são encorajados a tomar um papel ativo nos processos de instrução e nos resultados do ensino deve incluir a aquisição de conhecimento, mas também a obtenção de competências (MOCINIC, 2010).
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