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CRIANÇAS INVISÍVEIS BILÚ E JOOO

Projeto de pesquisa: CRIANÇAS INVISÍVEIS BILÚ E JOOO. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  25/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.393 Palavras (6 Páginas)  •  389 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Esta atividade interdisciplinar tem como objetivo proporcionar ao aluno a reflexão crítica acerca da sociedade capitalista, sobre as desigualdades sociais, desigualdade de direitos, e as diversas expressões da questão social.

CRIANÇAS INVISÍVEIS BILÚ E JOÃO

O vídeo “Crianças Invisíveis Bilú e João” faz parte de um conjunto de sete curtas-metragens de diretores diferentes, gravado em locais diferentes, abordando diversas facetas de problemas envolvendo crianças, seja violência, pressão psicológica, trabalho forçado, pobreza etc. Cada diretor contribui com seu ponto de vista, gerando um longa-metragem interessante que destinou os seus lucros à UNICEF, ao Programa Alimentar da ONU e à Cooperação Italiana para o Desenvolvimento. A ideia é dar luz àquelas crianças que, ou não vemos (o que é muito raro), ou fingimos não ver.

No vídeo ambientado na capital de São Paulo, duas crianças, Bilú e João, saem pelas ruas barulhentas e movimentadas buscando lixo – dentre latinhas, papelão e qualquer tipo de tralha – para levar a um depósito que os recicla, pagando pequenos valores às crianças dependendo do quanto e do que conseguem apanhar.

O vídeo demonstra claramente a situação de desigualdade no Brasil, sem deixar de lado o tom cômico e ingênuo que contrasta a dura realidade com a inocência das crianças, que a despeito da sua situação, buscam diversão em pequenas trivialidades do cotidiano. Com a situação apresentada o vídeo ressalta que as políticas públicas empreendidas no Brasil não criarem recursos suficientes para elevar a qualidade de vida da população.

Bilu e João trabalham vendendo latinha e papelão para poder comprar os tijolos para construir sua pequena casinha, para tentar conquistar um espaço. Espaço esse disputado com as grandes multinacionais. No final do vídeo João fala “só cai no buraco porque aquele cara queria a rua só pra ele”. E é bem isso que acontecem, os poderosos querem o mundo só pra eles e não se importa com os outros, se vão ou não cair no buraco.

O vídeo usa mais as imagens para mostrar a diferença econômica de um mundo para o outro, não falam diretamente no assunto, mas dá pra entender. No início do vídeo o menino fala do sonho de ser piloto, e mostra-o no fliperama, e faz uma comparação com a brincadeira da menina que vem descendo o morro com a bicicleta e cai, mostrando que apesar da dura realidade, eles mantêm aberta uma janela de esperança, com uma disposição para sonhar e resistir.

O vídeo encerra com uma imagem espetacular, os grandes prédios, luxuosos de grandes empresas internacionais, como que engolindo os pequenos barracos. Mostrando a força do dinheiro internacional, tanto nesse momento do vídeo, como na cena em que eles vão vender as latinhas e o comprador faz a cotação em dólar, Bilu nem entende nem entende que diferença faz o dólar cair ou aumentar, mas isso mostra como o mundo inteiro está envolvido com os problemas sociais.

A desigualdade social é uma questão bastante antiga na história da humanidade. A Revolução Industrial teve grande contribuição para o seu surgimento, pois foi a partir desse processo histórico que houve a inovação na forma de se produzir mercadorias e racionalizar o sistema produtivo tornando a mão-de-obra assalariada. Com isso, os operários vendiam sua força de trabalho, que era vista como mercadoria, possibilitando ao capitalista acumulação de capital, aumentando as diferenças entre as classes sociais.

Desde a antiguidade, as sociedades apresentam as diferentes formas de discriminação e distribuição de bens, gerando a extratificação de classes e, com base nessa desigualdade, variados grupos tornam-se cultural, comportamental e organizacionalmente distintos. A especialização do trabalho e as formas hierárquicas de convívio social levam a diferenciação e a desigualdade social. Elas podem ocorrer praticamente em todos os níveis de sociedade. Embora, o Brasil esteja entre as dez maiores economias do mundo é um dos campeões em desigualdade social. Tal situação é fruto de um longo período de descaso e conformismo de toda sociedade.

O termo desigualdade social refere-se à distribuição diferenciada, numa escala de mais para menos, das riquezas materiais e simbólicas produzidas por determinada sociedade entre seus integrantes. Ela acontece quando a distribuição de renda é feita de forma diferente sendo que a maior parte fica nas mãos de poucos.

A desigualdade social pode ser entendida como produto de um conjunto de relações pautado na propriedade como um fato jurídico, e também político. O poder de dominação é que da origem a essas desigualdades. Essas desigualdades se originam dessa relação contraditória e se refletem na apropriação e dominação, dando origem a um sistema social, neste sistema uma classe produz e a outra domina tudo, onde esta última domina a primeira dando origem as classes operárias e burguesas.

As desigualdades sociais não são acidentais, e sim produzidas por um conjunto de relações que abrangem as esferas da vida social. Na economia existem relações que levam a exploração do trabalho e a concentração da riqueza nas mãos de poucos. Na política, a população é excluída das decisões governamentais. A desigualdade social é um problema histórico no Brasil que data do seu descobrimento, há mais de 500 anos, pois o modelo de desenvolvimento adotado no país sempre privilegia as elites econômicas.

Até 1930, a produção brasileira era predominantemente agrária, que coexistia com o esquema agrário-exportado, sendo

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