ENSAIO FILOSÓFICO - O IMPASSE DA SOCIEDADE MODERNA: A EQUAÇÃO LIBERDADE = IGUALDADE, A NOÇÃO DE INDIVÍDUO AUTÔNOMO E A NECECISADE DA FRATERNIDADE
Trabalho Universitário: ENSAIO FILOSÓFICO - O IMPASSE DA SOCIEDADE MODERNA: A EQUAÇÃO LIBERDADE = IGUALDADE, A NOÇÃO DE INDIVÍDUO AUTÔNOMO E A NECECISADE DA FRATERNIDADE. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: samilasousa8 • 22/10/2014 • 901 Palavras (4 Páginas) • 563 Visualizações
Na contemporaneidade vivemos em um país marcado pela extrema desigualdade social, pelo vergonhoso preconceito racial e regional ainda herdado do período colonial. O Brasil é uma república democrata governada por liberais, se pensarmos na origem desses ideais, será que essa condição de desigualdade seria bem vista? Este ensaio filosófico tem como objetivo refletir sobre as transformações que ocorreram na era Moderna e associá-la aos dias de hoje.
A noção de individualidade surgiu no período da renascença. Sim, é difícil de imaginar, comparando com os padrões atuais, uma sociedade em que todos se vestissem sempre da mesma forma, independente da classe social, e possuíssem poucas roupas, afinal, não existia ainda uma mídia feroz que induzisse a compra compulsiva, buscando sempre aumentar em quantidade o conceito de necessário. Pois bem, isso teve início no século XV, quando a Igreja já estava em seu declínio, o absolutismo estava em ascensão, surgia uma classe burguesa e estava em seu início, mas de forma promissora a expansão marítima.
Até o século XVIII muitas mudanças ocorreram, a mais relevante foi o crescimento da burguesia, que não admitia mais sustentar uma nobreza decadente e um rei que não os valorizava. Isso foi muito intensificado na França, a ponto de eclodir a Revolução Francesa. De seus ideais a busca por liberdade era o mais aclamado. Observando de forma crítica faz muito sentido, o livre comércio, a livre competição, a livre imposição de juros... É o sonho de todo comerciante. O ideal da igualdade não era visto como prioridades ainda no calor da revolução alguns desistiram dela. A solução idealizada era a fraternidade, a ideia de ajudar os necessitados por caridade.
Essa caridade se dava da forma que fosse mais conveniente para os homens de poder. Por exemplo, já no período industrial, oferecer empregos a mulheres e crianças em fábricas úmidas, trabalhando o dia todo, sem nenhuma segurança e recebendo em média cinquenta centavos por dia, poderia ser considerado uma forma de caridade, pois com esse dinheiro era possível comprar um pão, enquanto isso os donos das fábricas lucravam de forma exorbitante. Eu gostaria de dizer que pessoas que “praticam a caridade” dessa forma não existem mais, mas infelizmente não posso, neste exato momento emigrantes que foram enganados imaginando que tinham empregos garantidos em outro país, estão trabalhando em condições semelhantes as do início da Revolução Industrial.
Enquanto boa parte do mundo estava em seu processo industrial, a América Latina estava em outro momento decisivo, o de independência. Quase todas as independências ocorreram de forma semelhante, eram movimentos populares, guiados por ideais da independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa, foram acompanhadas da abolição da escravidão e viraram Repúblicas. A única exceção foi o Brasil, pois sua independência tratou-se de um movimento elitista, mera formalidade, afinal de Reino Unido passou a ser Império cujo Imperador era o príncipe regente da família real. E foi apenas 56 anos depois que houve a libertação dos escravos, que em outras palavras pode-se dizer que foi apenas a mudança das senzalas para as ruas, pois nenhuma política foi criada para incluir os não mais escravos na sociedade. E é a partir daí que se tem início as pendências
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