Elementos Morfológicos do Espaço Urbano

Elementos Morfológicos do Espaço Urbano

LAMAS, José M. Ressano Garcia. Morfologia Urbana e Desenho da Cidade. 3. ed. Fundação Calouste Gulbelkian, 2004. 590 p.

        

        Fazendo a leitura do capítulo 2.5, Os Elementos Morfológicos do Espaço Urbano e seus subtítulos que integram a obra, Lamas busca identificar como se estruturam e se identificam os elementos morfológicos, tais como: Solo, edifício, lote, quarteirão, fachada, logradouro, rua, praça, monumento, vegetação e mobiliário urbano. O autor demonstra que é a partir destes que provém a estética do objeto arquitetônico.

        O primeiro elemento a ser apresentado é o solo (pavimento) que se diz ser um elemento de fundamental importância, mesmo que fragilizado e sujeito a contínuas mudanças, é em função deste e sua topografia que se começa a projeção e construção de uma cidade.

        Logo, o autor cita os edifícios, que é a partir destes que se compõe o espaço urbano e se estabelecem espaços identificados, como:  a rua,  a praça, o beco, a avenida, entre outros espaços mais complexos.  Associam-se em abundantes tipos, desinente de sua função e forma.

        Os edifícios sempre estão relacionados a um lote, que é o terceiro elemento referido, este é a origem da edificação. Seu formato está ligado à forma da edificação e, por conseguinte da forma da cidade.

        O quarteirão insere e ordena os outros elementos estruturais urbanos, como por exemplo: O lote, o edifício, o traçado e a rua, e as relações entre os espaços públicos, semipúblicos e privados. Sua definição é tida como um grupo de edifícios incessantes reunidos em anel ou separado dos outros, é uma área definida pelo cruzamento de três ou mais vias e divisível em lotes para a construção de edificações.

        A ligação do edifício com o espaço urbano se efetua pela fachada (plano marginal), é através desta que se expõem as particularidades que irão moldar a imagem da cidade.

        O logradouro estabelece a área particular do lote onde não foi preenchido por uma construção. É a partir deste que se realiza a transformação das formas urbanas do quarteirão.

        É por intermédio do traçado/rua que se formula o ordenamento dos edifícios e quarteirões, interliga várias áreas e partes da cidade. Pactua a correspondência mais direta de assentamento entre a cidade e o território. Influencia na organização da forma urbana.

        A praça, diferente da rua e do traçado que são locais de transição, é um local de encontro, de permanência, de práticas sociais. É um elemento morfológico reconhecido na forma da cidade e utilizável no desenho urbano.

        O monumento é um elemento singular devido a sua localização e significado. É primordial no desenho urbano, pois detalha a área e se torna um pólo estruturante.

        As árvores e a vegetação também são elementos morfológicos, itens de composição do desenho urbano que organizam e definem espaços. Caracterizam a imagem de uma cidade.

        O mobiliário urbano é composto por elementos móveis que equipam a cidade: o banco, a lixeira, a iluminação, os sinais e etc. Importante para organização e qualidade dos espaços da cidade e comodidade dos habitantes.

        Após a análise destes elementos morfológicos o autor ainda cita que a leitura da cidade e do território se faz em diferentes níveis, o que indica que a forma urbana só pode ser estudada em sistema de semi-retícula.

Vitória Maggioni