Fatores De Produção
Casos: Fatores De Produção. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Josinhama22 • 19/3/2015 • 4.027 Palavras (17 Páginas) • 159 Visualizações
RESUMO
Este estudo tem como objetivo analisar a teoria dos fatores de produção, que explica as formas
de distribuição da riqueza na sociedade capitalista. Isso é feito através de um embate com a
teoria marxiana. Para iniciar o estudo daquela teoria se fez necessária a identificação de sua
base, a teoria do valor utilidade. As discussões sobre cada aspecto considerado relevante
foram feitas quando se fez necessário, mas sem a perda do fio condutor da análise.
Palavras-Chave: Teoria dos fatores de produção, Teoria marxiana, Conteúdo e formas de
manifestação.
1 – INTRODUÇÃO
Desde o surgimento dos primeiros “homo”, a raça humana enfrenta o desafio de obter os meios
que, assumindo uma forma qualquer, tenham a capacidade de satisfazer as suas
necessidades, sejam estas físicas ou psíquicas. Estes objetos, por sua vez, são chamados de
bens (MARX, 1996).
Até determinado desenvolvimento da sociedade, a atividade humana se reduzia à coleta e à
caça, sem necessitar muito conhecimento das leis naturais que regem a vida dos seres vivos.
Mas a partir de determinada quantidade de informações adquiridas sobre a natureza, a
humanidade deu saltos qualitativos em relação à capacidade de dominar o mundo à sua volta,
aumentando suas possibilidades de conseguir os bens que lhes são precisos.
Entretanto alguns deles são fornecidos pela natureza, outros não. Os que não são obtidos
naturalmente tinham que ser produzidos através da utilização dos meios de produção (terra,
gado, moinho, ferramentas, etc.) pelos seres humanos, sendo, portanto, produtos do trabalho
humano. Segundo Marx o trabalho tem um duplo caráter, um representado pela capacidade
comum a todos os homens de agir sobre a natureza e outro representado pela habilidade de
lhe dar nova forma. Ao trabalho despido de qualquer natureza específica ele chamou de
trabalho abstrato e ao seu produto chamou valor. Enquanto ao trabalho que cada profissional
exerce, de acordo com suas aptidões e instrumentos, chamou de trabalho concreto, e ao seu
produto, forma palpável assumida pelo valor, valor de uso (Ibid.). Logo, o fruto do trabalho
humano é valor, por ser dispêndio de força humana, e valor de uso, por ter uma forma física
com determinadas propriedades.
Através dos tempos foram desenvolvidas várias formas de conhecer, modificar e,
principalmente, repassar aos descendentes as informações obtidas através das experiências
vividas. E o desenvolvimento dos meios de comunicação permitiu que a quantidade de
elementos dominados por uma determinada tribo primitiva se transformasse em qualidade, ao
passo que os dados repassados ao resto da comunidade diminuíam as dificuldades na
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1) Bolsista, (2) Voluntário/colaborador, (3) Orientador/Coordenador, (4) Prof. colaborador, (5) Técnico colaborador.
UFPB-PRG XI Encontro de Iniciação à Docência
obtenção de alguns produtos, e davam também maior liberdade de tempo aos outros para que
estes criassem novas técnicas de produção e fossem em busca de outros bens menos
acessíveis. Além disso, foi possível uma divisão natural do trabalho entre os mais hábeis em
relação a determinadas atividades cotidianas (MARX, 1975).
Graças ao desenvolvimento da produção por hora trabalhada, com a criação e utilização de
instrumentos, os homens começaram a produzir em quantidades cada vez maiores, até que
começaram a obter um produto excedente. Este produto que restava e tinha forma material,
não trazia mais satisfação aos seus produtores, não tinha valor de uso para seu possuidor, mas
também representava trabalho humano, tinha valor, entretanto excedente e inútil, o qual logo
seria desperdiçado se não assumisse outra forma, ou seja, fosse trocado. O objetivo das trocas
era, então, a aquisição de produtos que tivessem seu valor de uso reconhecido por outros
produtores possuidores de objetos que não tinham a capacidade de satisfazê-los. Esta relação
deveria ser mútua e só existia por causa da necessidade que tais objetos supriam. (MARX,
1996).
O surgimento da contradição entre valor e valo de uso no interior do produto do trabalho
humano o fez tomar nova forma, a qual parece ter vida própria e transforma seu produtor em
seu dependente, pois não pode consumi-la: a forma de mercadoria (Ibid.). Porém esta serviu
de catalisador para o desenvolvimento da atividade produtiva do ser humano, graças à
possibilidade de diversificação dos produtos de algumas tribos, as quais puderam obter cada
vez mais utensílios e instrumentos para o desenvolvimento da produtividade de seus povos.
Serviu também para criar o embrião do fenômeno que hoje
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