Fichamento Economia Politica

Avicultura

2.1 – Galinheiro

O galinheiro serve apenas como abrigo contra adversidades climáticas (chuva, frio, calor, vento) e como local de pernoite e de postura de ovos. Deve ter área mínima de 0,25 m² por ave, ou seja, 4 aves por m².

2.1.1 – Localização

Procurar instalar o galinheiro em local alto, seco e ventilado, com terreno disponível suficientemente grande para haver um cercado de passeio, já que não vamos criar nossas aves confinadas, e com sombra. Evitar local muito próximo a outras criações e a habitações. Observar se há facilidade em levar água, pois água nunca pode faltar, tem que estar sempre à disposição das aves.

2.1.2 – Piso

O piso do galinheiro pode ser de cimento, tijolos, madeira, lajes, ripas ou mesmo de chão batido. Quando feito com ripas deve estar a cerca de 80 cm do solo. O piso ripado favorece a limpeza, facilita a coleta do esterco e reduz a ocorrência de doenças. Neste caso faz-se uma proteção em torno do galinheiro para evitar o acesso das aves, ou qualquer outro animal, ao esterco acumulado sob o piso. Outros tipos de piso, que não o ripado, serão sempre cobertos por cerca de 10 cm a 20 cm de cama, que pode ser maravalha, palhas, casca de arroz ou outro material que se preste.

2.4 – Cercado

Sempre é recomendável que as galinhas sejam criadas sem contato com outros animais de criação. Devem, entretanto, ter liberdade, não vivendo confinadas. Para isto junto ao galinheiro teremos uma área cercada, com no mínimo 4 m² por ave. A cerca pode ser feita com qualquer material, desde que evite a saída das aves e também a entrada de animais estranhos à criação. Pelo menos uma divisão haverá no cercado, aquela que isola o pinteiro. Outras divisões podem ser feitas para, por exemplo, manejar a pastagem, deixando que as aves freqüentem alternadamente os piquetes assim delimitados.

É recomendável que o cercado seja gramado com capim resistente ao pisoteio das aves e também que tenha árvores que dêem sombra e frutos. Estes podem servir para alimentação. Plantar árvores como goiabeiras, abacateiros, citros ou outras.

Ótima cobertura vegetal para o cercado é o capim quicuio, que tem resistência ao pisoteio e boa qualidade nutricional. Entretanto, qualquer pasto é adequado desde que resista ao pisoteio.

3.1 – Poleiros

As galinhas procuram lugares altos para passar a noite. Para isso faz-se os poleiros. Sempre são colocados todos à mesma altura, pois a disposição em escada provoca disputas pelos lugares mais altos. Também não devemos fazê-los muito altos o que poderia provocar acidentes. Altura de cerca de 50 cm é suficiente. Calcula-se 30 cm de poleiro por ave, e a distância entre um e outro deve ser de 40 cm no mínimo. Não fazer poleiros com paus roliços ou ripas com cantos vivos, pois podem prejudicar o equilíbrio ou machucar os dedos das aves. O melhor poleiro é uma ripa com 5 cm de largura, com os cantos arredondados.

3.2 – Comedouros

Estes equipamentos são necessários principalmente quando se usa ração formulada, que geralmente é moída. Os comedouros devem ter extensão suficiente para todas as aves ao mesmo tempo, calculando-se 15 cm por ave. Procura-se evitar que as galinhas entrem dentro do comedouro, ou joguem alimento fora. Para que não joguem comida fora faz-se uma grade que permita apenas a passagem da cabeça. Para que não entrem dentro coloca-se uma ripa redonda, por cima, que gira quando a galinha sobe.

Para alimentar os pintos no pinteiro usa-se uma bandeja de pouca altura

3.3 – Bebedouros

Água deve estar sempre à disposição, limpa, fresca e à vontade. Os bebedouros, seja de que tipo forem, serão colocados altos do chão (cerca de 10 cm a 15 cm) e ser de dimensão tal que as aves não entrem dentro, sujando a água. Exceção é o bebedouro para a galinha choca que precisa molhar as penas com freqüência.

3.4 – Ninhos para postura

São onde as aves põem os ovos. Geralmente são dispostos ao longo de uma parede, um ao lado do outro, com uma tampa abrindo por fora de maneira que os ovos podem ser recolhidos sem precisar entrar no galinheiro. De preferência faz-se os ninhos no local mais escuro, para que as aves não fiquem no ninho quando não estiverem pondo.

A abertura de entrada no ninho não deve ser por cima, para que a galinha não o use como poleiro.

Os ninhos serão feitos a cerca de 30 cm do chão, e medem pelo menos 30 cm x 30 cm, com também 30 cm de altura. No mínimo faz-se um ninho para cada 5 galinhas em idade de postura.

Trocar regularmente a cama dos ninhos.

5 – Alimentação

A boa alimentação é que garante, mais do que outro fator, o sucesso da criação. Aves bem alimentadas são sadias, resistentes e produtivas.

O aparelho digestivo das aves é do tipo monogástrico, com apenas um estômago. Isto significa que sua alimentação é baseada em concentrados, geralmente grãos, diferente dos ruminantes, que são poligástricos, têm mais de um estômago, e alimentam-se com pastos. Não significa que as galinhas não possam ser alimentadas com pastos, ou outros vegetais, mas estes não podem ser seu alimento exclusivo.

Como em todas criações devemos cuidar para que o alimento seja completo, fornecendo energia, proteínas, vitaminas e minerais em quantidade e qualidade suficientes para satisfazer as necessidades para crescimento, manutenção e produção.

O consumo de pastos, diretamente na pastagem do cercado ou fornecidos, e também restos de hortaliças (cascas de frutas, tubérculos e raízes, folhas) deve ser considerado como um complemento, que melhora a qualidade dos ovos e a sanidade das aves, mas nunca substitui os grãos.

5.1 – Alimentação dos pintos

A alimentação dos pintos deve ser moída. Fornecida à vontade no pinteiro, consomem cerca de 800 g nos primeiros 30 dias. Se a mãe se alimentar junto, consumirá cerca de 4 kg no mesmo período.

A ração é a mesma dos outros animais.

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