INSERÇÃO DA MULHER NEGRA NO MERCADO DE TRABALHO BAIANO
Por: sousamalu • 8/10/2018 • Projeto de pesquisa • 343 Palavras (2 Páginas) • 248 Visualizações
INSERÇÃO DA MULHER NEGRA NO MERCADO DE TRABALHO BAIANO
Maria Luiza Sousa
Laumar de Souza
RESUMO
Ainda no século vinte e um, o número de mulheres que ocupam cargos de alta gestão na Bahia são inferiores quando comparados aos de homens, e esse ainda mais reduzido quando referente à mulher negra. Os resquícios do período escravocrata ainda permanecem influentes no cenário atual, e este, infelizmente, funciona como seletor no âmbito empresarial, principalmente quando relacionada à tradicional divisão sexual do trabalho, utilizando características como: cor da pele e gênero, para atribuição de cargos.
No ano de 2009, 69,9% das mulheres no nordeste eram negras e esse número tende a aumentar quando relacionada à capital da Bahia, essa que possui o codinome de Roma Negra, por ser a cidade com maior número de negros, fora da África. No entanto, quando esses dados associados á empregabilidade, a redução é evidente, apenas 30% encontram-se em condição de trabalho, esse sem estar subjugado a importância de cargos.
As informações supracitadas lá permitem enfatizar esta preocupação: Porque, ainda no século XXI, o mercado de trabalho permanece discriminatório por questões de raça e gênero? Esse fato torna-se ainda mais relevando quando analisados a partir do princípio de interseccionalidade. Este princípio “trata especificamente da forma pela qual o racismo, o patriarcalismo, a opressão de classe e outros sistemas discriminatórios criam desigualdades básicas que estruturam as posições relativas de mulheres, raças, etnias, classes e outras. Além disso, a interseccionalidade trata da forma como ações e políticas específicas geram opressões que fluem ao longo de tais eixos, constituindo aspectos dinâmicos ou ativos do desempoderamento” (Crenshaw, 2002, p. 177).
O propósito dessa publicação é dar visibilidade à esse problema de exclusão ainda persistente na sociedade. Através desta, acredito poder conscientizar, informar e proporcionar uma reflexão para que essa questão não seja mais tão vivaz.
REFERÊNCIAS:
IPEA – INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA et al. Retrato das desigualdades de gênero e raça. 4. ed. Brasília: Ipea; ONU Mulheres; SPM; SEPPIR, 2011.
DOSSIÊ MULHERES NEGRAS: RETRATO DAS CONDIÇÕES DE VIDA DAS MULHERES NEGRAS NO BRASIL. Ipea, ano 2013.
G1.GLOBO.COM/ECONOMIA/CONCURSOS E EMPREGOS/NOTICIAS/CAI-A-PARTICIPAÇAO-DE-MULHERES-EM-CARGOS-GERENCIAIS-NO-BRASIL-EM-2016-APONTA-IBGE.GHTML
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