A INSERÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO
Artigos Científicos: A INSERÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 5996 • 18/6/2013 • 2.796 Palavras (12 Páginas) • 1.077 Visualizações
A INSERÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO
No passado, as mulheres exerciam apenas o papel de esposas, mães e donas de casa, enquanto o trabalho era uma função extremamente masculina. Porém, houve a necessidade de as mulheres passarem a trabalhar para ajudarem seus maridos. Começou, então, uma luta contra preconceitos e discriminações que, com muito sacrifício e força de vontade, se transformaram, aos poucos, em conquistas femininas. De forma compassada, as mulheres conseguiram seus espaços e a igualdade entre os sexos. Hoje há muitas mulheres inseridas no
mercado de trabalho como colaboradoras, mas, também, grande quantidade exercendo o papel de líder. Dessa forma, desenvolveram suas habilidades para a liderança e provaram que são capazes tanto quanto os homens na realização de qualquer que seja a tarefa.
HISTÓRIA
A caminhada feminina se iniciou há muitos anos e, desde então, as mulheres vêm escrevendo suas historias.
Muito antes da era cristã, o trabalho feminino esteve voltado ao mundo domestico. Na idade média, elas eram separadas por categorias: as solteiras deveriam lavar e tecer, as mães tinha que cuidar das crianças, as de meia idade cuidar da cozinha e adolescentes e, as camponesas, além das tarefas domésticas, deveriam ajudar seus maridos na agricultura.
Fica claro que essas discriminações são muito antigas, e as mulheres lutam para quebrar as barreiras existentes há mais tempo do que se pode imaginar.
No século XIX, quando o movimento feminista começou a adquirir características de ação política , as mulheres lutavam para conquistar maior espaço e igualdade do cenário público. Isso começou de fato com as I e II Guerras mundiais (1914-1918 e 1939-1945, respectivamente), quando os homens iam para as frentes de batalha e as mulheres passavam a assumir os negócios da família e a posição dos homens no mercado de trabalho. Ao Final da guerra, muitos homens morreram e os que sobreviveram ao conflito foram mutilados e impossibilitados de voltar ao trabalho. Foi nesse momento que as mulheres deixaram a casa e os filhos para levar adiante os projetos e o trabalho que eram realizados pelos seus maridos. Neste mesmo século, com a consolidação do sistema capitalista inúmeras mudanças ocorreram na produção e na organização do trabalho feminino. Com o desenvolvimento tecnológico e o intenso crescimento da maquinaria, boa parte da mão- de- obra feminina foi transferida para as fábricas. Desde então, algumas leis passaram a beneficiar as mulheres. Ficou estabelecido na constituição de 32 que “sem distinção de sexo, a todo trabalho de igual valor correspondente salário igual; veda-se o trabalho feminino das 22 horas às 5 da manhã; é proibido o trabalho de mulher grávida durante o período quatro semanas antes do parto e quatro semanas depois; é proibido despedir mulher grávida pelo simples fato da gravidez”. Mesmo com essa conquista, algumas formas de exploração perduraram durante muito tempo. Jornadas entre 14 e 18 horas e diferenças salariais acentuadas eram comuns. A justificativa desse ato estava centrada no fato de o homem trabalhar e sustentar a mulher. Desse modo, não havia necessidade de a mulher ganhar um salário equivalente ou superior a do homem. Assim, o mercado de trabalho da mulher estruturou-se, desde suas origens, como uma extensão do trabalho domestico. Foram então áreas privilegiadas como saúde, educação e assistência social , que estão associados ao papel reprodutivo que a mulher desempenha na família e na sociedade que é cuidar , dar amor, ter paciência e carinho.
As mulheres, no inicio do século XX não votavam, dessa forma não exerciam cargos públicos e tão pouco, outras atividades econômicas. Além disso, não tinham direito a propriedades, sendo obrigadas a transferir seus bens herdados ao marido, forçando sua dependência econômico-financeira. Códigos civis e penais a consideravam menores e sem importância a lei.
Forçadas a seguir uma cultura imposta pelos homens, as mulheres sofriam
absurdamente. Como se não bastassem, elas não podiam trabalhar, apenas exercer os afazeres domésticos, trabalharem na lavoura e a maternidade. A elas não era reconhecido o direito ao trabalho, tampouco a salários, estes, quando eram pagos, eram inferiores ao dos homens.
DIA 8 DE MARÇO
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
OBJETIVO DA DATA
Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.
CONQUISTAS DAS MULHERES BRASILEIRAS
Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.
Marcos das Conquistas das Mulheres na História
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