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Introdução as Relações Internacionais

Por:   •  22/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  8.377 Palavras (34 Páginas)  •  309 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

INTRODUÇÃO ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Fernanda Albino Costa

29/06/2015

16/03– SURGIMENTO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

        O curso de Relações Internacionais foi criado em 1919 no País de Gales, em Abervstwith. Quando os movimentos externos da população mundial começaram a causar impactos dentro dos limites territoriais de cada país, entendeu-se a necessidade de analisar e compreender o ambiente externo. Portanto, entender o contexto internacional para evitar uma futura Guerra – como aquela de 1914 que dizimou a paz da sociedade.

        No Brasil, o curso chegou tardiamente em 1974, quando o professor Amado Cervo o fundou na Universidade Federal de Brasília. No início, o curso ministrado era eurocêntrico devido à formação de Cervo no continente. Também por isso as Relações Internacionais sofriam crítica de serem elitista, além de o curso ser oferecido majoritariamente por faculdades privadas nos anos que seguiram sua fundação. A falta de conhecimento na política externa do próprio país, juntamente com a deficiência de bibliografias atrapalhavam a formação dos profissionais na área.

        A partir dos anos 80 - com a mudança do cenário político – o fim da ditadura e sua abertura lenta e gradual – as Relações Internacionais adquiriram mais importância no país. Mais tarde o processo de integração do Brasil e Argentina dando origem ao Mercosul, a estabilidade econômica do país e o processo de globalização ofereceram ao curso uma imensa área de trabalho para pesquisa e compreensão. Isso mostra que o crescimento da área de Relações Internacionais se dá à medida que o país se projeta no cenário internacional. Hoje, o Brasil conta com mais de 60 cursos de graduação espalhados por todo o território, cada um deles trabalha com diferentes áreas de compreendimento e análise das Relações Internacionais.

        O objeto de estudo das RI são os atores, acontecimentos e fenômenos que interagem no sistema internacional, ligados a percepção (interna do externo e vice-versa) e a consequência dessas relações na sociedade. É uma disciplina multidisciplinar, ou seja: é formada por outras disciplinas, como Direito, Economia, Política, História e Sociologia. Com essa variedade de oferta, é importante que o graduando do curso esteja atento a suas áreas de preferência e que durante o processo de aprendizado use o tempo disponível para aprofundar na área de interesse, para ser um profissional objetivo e completo.

        Por se tratar de uma área abrangente e seu currículo apresentar multidisciplinariedade, definir o mercado de trabalho oferecido ao bacharel em Relações Internacionais é uma tarefa difícil. Porém, sabe-se que o profissional de RI deve ser capaz de compreender e analisar o cenário internacional e para isso deverá transitar entre o público e o privado.

        A opção mais conhecida para o profissional de RI é a carreira diplomática. É uma carreira tradicional de nível federal e que recebe candidatos de outros cursos como Economia e Direito. Para ocupar o cargo de diplomata, o candidato deve submeter-se ao concurso do Instituto Rio Branco. Dessa forma, os aprovados serão preparados para representar o Brasil no exterior.

        Ainda no setor público, há disponibilidade de trabalhar a nível estadual e municipal –conciliando as políticas nacionais e internacionais para melhor andamento do país. As Secretarias de Relações Internacionais exigirão que profissional ofereça serviços de consultoria e assessoria para a prefeitura em cenário mundial, bem como um país estrangeiro com interesse local.

         No setor privado, o bacharel poderá trabalhar em empresas (nacionais e multinacionais) e ONGs. As empresas querem um profissional capaz de projetar cenários internacionais (políticos, econômicos, culturais) para obter um melhor rendimento com importações, exportações, lucros e investimentos. Já as ONGs precisam de um perito especializado no contexto internacional que a organização trabalha.

        Outra área disponível é a acadêmica, não apenas na docência, mas também em pesquisas sobre os atores e fenômenos internacionais. O ensino de Relações Internacionais no país ainda carece em alguns aspectos formais da formação, e capacitar professores, mestres e doutores para o melhor rendimento do curso é essencial para sua afirmação como proposta educadora de graduação. A pesquisa é estritamente necessária para a atualização das propostas do curso e a produção de conhecimento.

O MEC divide a graduação acadêmica em lato-senso e stricto-senso; a primeira sendo a própria graduação, ou seja, a especialização em alguma matéria de estudo, a segunda tem como definição “limitado” e é uma pós-graduação restrita ao mestrado e doutorado, sendo obrigatório ter um curso de graduação previamente concluído.

A área de Relações Internacionais exige que o profissional esteja sempre interessado em aprofundar seus conhecimentos, assim como adquirir novos, visto que o cenário internacional está sujeito à constante mudanças. A atualização e o interesse por novos assuntos é o que faz o especialista completo e eficiente na sua área de trabalho, por isso o bacharel em RI tem uma visão de mundo fundamentada nos acontecimentos que formaram uma realidade ou influenciaram sua existência.

23/03 – AULA CONCEITUAL

        É essencial para a formação do internacionalista que ele entenda alguns conceitos importantes para a formação e sustentação do mundo como conhecemos. Também é importante ter em mente que nenhum conceito é absoluto, por isso deve estar atento as mudanças do cenário mundial que poderão acarretar em alguma modificação dessas definições.

        A Anarquia rejeita todo o tipo de autoridade e recusa o Estado, ou seja, é a ausência de um poder superior que controle tudo que está abaixo dele. Nas Relações Internacionais,  a anarquia representa a ausência de poder supranacional, mas não o caos, sem a conflitualidade de todos contra todos, por isso não quer dizer que é incontrolável. Dessa forma, não há legitimidade no espaço externo.

        Importante para a consolidação de um cenário mundial são os atores internacionais, pois são capazes de influenciar e agir no espaço internacional. Podem ser classificados em estatais e não estatais. O Estado é o primeiro grande ator e é o que possui maior influência nesse meio. Os não estatais são representados por ONGs, multinacionais, organizações intergovernamentais, forças transnacionais e grupos civis.

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