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Jurgen Habermas

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Por:   •  25/2/2014  •  Seminário  •  297 Palavras (2 Páginas)  •  383 Visualizações

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Filósofo e sociólogo alemão, Jürgen Habermas nasceu a 18 de junho de 1929, em Düsseldorf, na Alemanha, tendo lecionado na Universidade de Heidelberg (1961-64) e na Universidade de Frankfurt (1964-71 e 1982- ). Foi Presidente do Instituto Max Planck, em Starnberg (1971-82).Retomou e renovou contributos dos que o precederam e contribuiu para novos desenvolvimentos teóricos, por vezes criticando os seus influenciadores.

Grande nome da Teoria Crítica originada na Escola de Frankfurt, Habermas abriu-a a um largo espetro teórico, que vai das questões epistemológicas e relacionadas com a dinâmica das sociedades capitalistas avançadas, à filosofia analítica, filosofia das ciências, linguística, ciência política, funcionalismo estrutural, teoria sistémica e desenvolvimento moral e cognitivo.

Na sua primeira grande obra, Strukturwandel der Öffentlichkeit (1962), abordou historicamente, no quadro da teoria crítica, a ascensão, a posterior decadência e a atual substituição daquilo a que chamou a "esfera pública da burguesia", pelos mass media, pela administração tecnocrata e pela despolitização da sociedade.

No brilhante estudo Erkenntnis und Interessen (1968), onde aborda a epistemologia e a crítica social desde Kant até à atualidade, criticou a "cientização da política", que permite que nas sociedades modernas a racionalidade técnica e científica funcione por vezes como ideologia. Habermas identificou três formas de conhecimento científico:

- "empírico-analítico", preocupado com o estabelecimento de relações de causa e efeito e procurando um controlo da natureza;

- "hermenêutico", derivado da necessidade humana de comunicação;

- "crítico e emancipatório", que ultrapassa os limites dos dois anteriores.

Na sua perspetiva, a verdadeira racionalidade só pode ser atingida em situações ideais de discurso, onde todas as partes têm igual oportunidade de se envolverem no diálogo, sem restrições nem distorções ideológicas. Um conhecimento válido só pode emergir de uma situação de diálogo livre, aberto e ininterrupto. Só este modelo, difícil de realizar, estabelece as condições para uma ciência social crítica e verdadeiramente emancipada.

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