O Antônio Carlos Lessa- História das Relações Internacionais
Por: Camila Domingas • 28/11/2017 • Resenha • 958 Palavras (4 Páginas) • 675 Visualizações
Resumo prova de história
Texto 2- Jean Batiste- A Europa de 1815 aos nossos dias
O autor nos primeiros três capítulos acentua os novos traços da Europa após Napoleão, Congresso de Viena (caráter reacionário com o objetivo combater os ideais iluministas busca-se estabelecer em três princípios o de restauração, legitimidade equilíbrio). E os tratados de 1814-1815. As principais vítimas desse processo são os regimes nos quais a legitimidade não era hereditária, fazendo com que ocorressem inúmeras mudanças territoriais na Prússia, Alemanha, Países Baixos, França, Itália, Polônia entre outros. Pois introduziram nos acontecimentos o principio das nacionalidades (a existência da nação a fatores subjetivos e vitais como o sentimento ou consciência da nacionalidade).
Ou seja, a ideologia nacional toma consciência e vigor pela “opinião pública” o que destrói progressivamente os tratados. A Europa de 1815 é legitimista, clerical, reacionária, mas ainda estava vivo o espírito da Revolução Francesa o que deixou a Europa madura para uma longa sucessão de revoluções.
O século XIX foi uma das fases mais amargas da Europa, pois sofreu três sucessivas 1820, 180 e 1848. As revoluções de 1848 fracassaram e isso se deveu pelo medo do “perigo vermelho”. Os meios avançados das cidades eram favoráveis às revoluções e democratizando o modo progressivo.
Texto 4- Antônio Carlos Lessa- História das Relações Internacionais
De acordo com Antônio Carlos Lessa (2005), o conceito de Pax Britânica define o período de paz relativa no continente europeu (e consequentemente no mundo) dentre os anos de 1815 a 1914, baseado no poderio do Império Britânico. Pax Britânica é um termo em latim que em tradução livre significa paz britânica. O período de anos que determinam a Pax Britânica parte da derrota definitiva de Napoleão e com o Tratado de Paris em 1815 até o início da Primeira Guerra Mundial, quando os termos do equilíbrio europeu firmados no Congresso de Viena se tornam insustentáveis e a Grã-Bretanha não mais se encontra em condições de manter a paz no continente. O mundo até o século XIX pode-se considerar multipolarizado, estando dividido entre diversos polos de influência, como o Império dos Habsburgos, a França, a Rússia e a própria Inglaterra, que passa de potência marginalizada a centro do sistema internacional.
A Grã-Bretanha baseia sua expansão de influência em dois setores: o marítimo e o industrial. Com os atos de navegação, o franco aumento do poderio naval inglês incrementa suas linhas de comércio com países alternativos ao sistema europeu, possibilitando a construção do chamado Império Britânico, que englobava mais de 450 milhões de indivíduos e dominava territórios da Oceania às Américas, passando pela Ásia. Os Navigation Acts (Atos de Navegação) de 1651 permitiram que os ingleses superassem a única nação que no século XVIII oferecia riscos concorrenciais ao comércio marítimo, a Holanda, e assim, dá início a uma fase protecionista, que após a ditadura de Cromwell, marca o início de uma fase de poder da burguesia e aumento da influência do setor político liberal. O comércio ultramarino fortalece a insularidade da Grã Bretanha e garante seu poderio.
Além da expansão econômica, a Revolução Industrial inglesa trouxe mudanças estruturais e modernizantes, como a construção de ferrovias que cortavam a nação e o êxodo populacional do campo, que passou a se aglutinar nas cidades e a se unir em sindicatos e influenciar o crescimento das mesmas. O sistema internacional que então emergia e que se desenvolveu nos anos seguintes tinha características peculiares: consagrou uma nova pentarquia europeia, composta pela Grã-Bretanha e França (as potências liberais) e pela Prússia, Áustria e Rússia (as potências conservadoras). As cinco potências agiam concertadamente (daí a expressão “Concerto de Viena”) entre 1815 e 1848, usando o direito de intervenção coletiva, e divergiam, quando muito, sobre a administração do sistema. Por vezes prevalecia o ponto de vista “liberal”, em outras, o ponto de vista “conservador”.
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