O PARADOXO DO ACESSO AO DESENVOLVIMENTO NA AMERICA LATINA. O CASO DA ARQUITETURA DE COOPERAÇÃO SUL-SUL NO CONTINENTE SOB O VIÉS DA TEORIA CRITICA DAS ELITES

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CENTRO UNIVERSITARIO EURO-AMERICANO

PROGRAMA DE MESTRADO EM CIÊNCIA POLÍTICA

O PARADOXO DO ACESSO AO DESENVOLVIMENTO NA AMERICA LATINA. O CASO DA ARQUITETURA DE COOPERAÇÃO SUL-SUL NO CONTINENTE SOB O VIÉS DA TEORIA CRITICA DAS ELITES

JOSÉ CLAUDIO KLEIN DE MOURA JR.

Brasília - DF

2018

 

HIPÓTESE

A cooperação técnica internacional desde o início do século XXI vem assumindo um papel de destaque na promoção do desenvolvimento em escala mundial. Esse papel, contudo, vigora em um sistema de promoção ao desenvolvimento que tem como atores principais elites da burocracia do Estado, os quais tornam quase inacessível à população sua participação como protagonista em projetos de cooperação entre países. A cooperação atualmente constitui-se na mais elitizadas das políticas publicas praticadas pelo estado moderno.

A consequência direta deste afastamento é o desconhecimento da população em geral a respeito dos reais propósitos para que se utiliza a cooperação internacional em seu próprio nome. Demonstração inconteste de que o sistema e a arquitetura internacional voltada para a promoção do desenvolvimento normalmente não alcança o “público alvo” de suas intervenções, ou seja, o cidadão. Esta observação permite supor que o arcabouço institucional constituído em torno da cooperação se constitui na pratica em uma espécie de “pequeno feudo” habitado por uma elite altamente especializada que impede o desenvolvimento real uma vez que se encontra limitado a repetição e as metas colocadas pela elite que lhe contrata e que por fim paga o seu salário.

Desta forma, a intenção desta pesquisa será o demonstrar como o sistema internacional voltado ao desenvolvimento é construído de forma a impedir o mesmo e não promovê-lo conforme é amplamente divulgado.

Para buscar comprovar esta hipótese, pretende-se realizar um estudo ainda inédito no Brasil, a respeito das origens sociais da elite brasileira encarregada de gerir o sistema de cooperação para o desenvolvimento do lado brasileiro. Para tanto, será desenvolvido e aplicado questionário específico aos funcionários da agencia brasileira de cooperação do ministério das relações exteriores, a fim de verificar se a origem social desse tipo de elite poderá estabelecer algum tipo de ligação com a pratica de cooperação para o desenvolvimento promovida pela agencia. Outras análises como a falta de avaliação dos projetos executados pelo Brasil no exterior, bem como a ausência de critérios claros estabelecidos em uma política de diretrizes nacionais igualmente deverão ser objeto de análise.

Os primeiros capítulos buscarão caracterizar o papel da teoria das elites na constituição da estrutura formal voltada para fornecer cooperação entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, caracterizando assim o novo institucionalíssimo multidimensional presente nas relações internacionais contemporâneas.

OBJETIVO

Perceber a percepoção a respeito da efetividade das politicas de cooperação implementadas pelo brasil bem como

PROPOSTA DE SUMÁRIO

Introdução..........................................................................................................................9