“O príncipe” de Maquiavel do século XVI dedicada

Maquiavel vive na passagem do século XV – XVI, França e Espanha configuram grandes reinos e símbolos de poder da época. E^[a]nquanto isso,^[b] na península itálica, onde Maquiavel vivia, Apesar de os reinos celebrarem sua riqueza econômica, eram frágeis devido a sua fragmentação.

“O príncipe” de Maquiavel do século XVI dedicada^[c] a Lourenço de Médice, traz um manual de como ser um soberano, que pudesse unificar a península itálica, através de um governo forte e centralizado, O que mais tarde se traduziria na formação da escola de realismo político. 

A obra pode ser vista como um espelho^[d] do príncipe ideal, trazendo a separação de moral e política, despindo a ação política de preceitos morais cristões, como diria Benedetto Croce “a política não se faz com água-benta”.Pois se o príncipe deseja chegar no poder e se manter, ele não pode ir de acordo com a moralidade vigente, a cristã,^[e] onde é preciso ser piedoso, bondoso, zelar com sua palavra e honrar seus compromissos. Essa separação é fundamental, pois^[f] um príncipe não deve permanecer em um acordo que não o beneficia mais, apenas para manter sua palavra com outro chefe de Estado.

Em várias partes da obra Maquiavel volta na questão ‘ser amado ou ser temido?”, em análise mais profunda essa parte da obra ela acaba sendo contraditória^[g] se a escolha for ser temido, visto que se o povo for seu inimigo e te odiar, deve-se temer tudo e a todos e se a resposta for ser amando você pode acabar sendo traído.^[h] A resposta mais evidente seria ser uma combinação de amado e temido.

A obra ao longo dos anos esteve nas mãos de grandes personalidades históricas com Napoleão, porém nem sempre usada com sabedoria, exemplo de Hitler, que usou o livro como base política.^[i]

Escrita há mais de 500 anos, atempora^[j]l, é lida, discutida e estudada por pessoas de diferentes matrizes de pensamento em todas as partes do mundo. O livro é difícil de ser compreendido e por isso pessoas que o leem em diferentes épocas de suas vidas tem novas concepções em relação a ele e ao escrever essa obra, Maquiavel, imortaliza^[k] seu nome na história política.