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Os Movimentos separatistas curdos e sua influência no Iraque

Por:   •  2/10/2018  •  Projeto de pesquisa  •  3.189 Palavras (13 Páginas)  •  265 Visualizações

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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Relações Internacionais

Os movimentos separatistas curdos e sua influência no Iraque

Abdou Faye

Henrique Amaral

Rafael Guimarães

Rui Soares

Tiago Murad

Belo Horizonte 2018

Abdul Faye

Henrique Amaral

Rafael Guimarães

Rui Soares

Tiago Murad

CURDISTÃO IRAQUIANO:

Os movimentos separatistas curdos e sua influência no Iraque

Trabalho interdisciplinar envolvendo as disciplinas de Introdução às Relações Internacionais, História das Relações Internacionais, Política, Sociologia, e Geografia política apresentado por alunos de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Orientadora: Prof. Daniela Secches

Belo Horizonte

2018

1. Introdução

Este é um trabalho feito por estudantes de Relações Internacionais da PUC Minas e tem como propósito atingir os objetivos de nosso Trabalho Interdisciplinar do primeiro período, cujo tema é ''Estados e Nações: Comunidades imaginadas na política internacional''. Para isto, analisaremos a história e a situação atual do povo Curdo, com foco para o Curdistão Iraquiano, e, as relacionaremos com as disciplinas de Geografia Política, História das Relações Internacionais, Política, Sociologia e Introdução às Relações Internacionais.

O trabalho está organizado de maneira na qual primeiramente apresentaremos nossos objetivos, que se dividem em geral e específicos, seguindo de nossa situação-problema e um texto que utiliza de pesquisas e conceitos das disciplinas citadas acima para contextualizar nossa pergunta de pesquisa. Após este texto, apresentaremos nossa hipótese, juntamente com sua justificativa que busca responder à pergunta feita, e, ao final, estão as referências bibliográficas usadas para a construção deste trabalho.

Os curdos são um povo de origem indo-europeia, que detêm uma cultura e língua comum, a maioria deles é composta por muçulmanos Sunitas. No Iraque, cerca de 4 a 4,5 milhões de Curdos vivem em uma região relativamente estável e semiautônoma, no chamado Curdistão Iraquiano. Nesta região, os movimentos separatistas curdos fizeram numerosas tentativas para ter a soberania na região e se separar do Iraque e, hoje, o Curdistão iraquiano é governado pelo Governo Regional do Curdistão ou KRG que é considerado uma república parlamentar dentro da república do Iraque.

2. Objetivos

2.1. Objetivo geral

Estudar os movimentos separatistas no Curdistão Iraquiano, demonstrando suas relações com a Turquia e os EUA, para entender os impactos que causam no Iraque.

2.2. Objetivos Específicos

Estudar a história dos curdos no Iraque para entender como se deu a consolidação dos movimentos separatistas

Entender como os curdos no Iraque se organizam e geram sua governança apesar de não ter um território autônomo.

Estudar as relações entre o Curdistão Iraquiano, a Turquia e os Estados Unidos, para entender a influência que elas têm no Iraque.

3. Situação Problema

Diante dos objetivos apresentados procura-se responder a seguinte pergunta de pesquisa: Como os movimentos separatistas do Curdistão organizam sua existência política no Iraque?

A história do povo Curdo começa há cerca de 8 mil anos, na região da antiga Mesopotâmia, onde fica hoje parte do Iraque, Turquia e Síria. Os Curdos da Antiguidade se dividiam em clãs com nomes como gutis, kurti e mushku e viviam em cidades-estados, e, eles são o produto da miscigenação de muitos dos povos invasores ou migrantes para a região (CARDOSO, 2011).

No início do século XX, os Curdos começaram a pensar sobre a consolidação de um Estado independente. Algo que os influenciou nessa decisão foi a firmação do tratado de Sévres após a Primeira Guerra Mundial, assinado pelos Aliados em 1920, que deu aos Curdos um território próprio no qual eles deteriam a soberania, porém, com o tratado Lausanne, os territórios foram tirados legalmente dos Curdos que foram divididos nos países da Turquia, Iraque, Síria e Azerbaijão. (BOKANI, 2017)

Ao longo do século XX, os governos centrais onde o Curdistão está inserido oprimiram os Curdos com políticas de arabização e assimilação, as quais tinham o propósito de suprimir a identidade e presença curda nos seus territórios. Na região do Curdistão Iraquiano, o fortalecimento dos movimentos separatistas e a eclosão de diversas revoltas provocaram numerosas tentativas para estabelecer a soberania no local, que também foram suprimidas pelos governos.

Após a guerra que ocorreu entre Iraque e Curdistão na década de 1960, um acordo de autonomia com Iraque, em março de 1970, foi firmado entre a oposição curda do Partido Democrático do Curdistão e o governo de Bagdá. Entretanto, o acordo foi desfeito em 1974, e, a região voltou a ser muito violenta. Como, por exemplo, o genocídio curdo promovido pelo Iraque com a Operação Anfal, em 1988.

O presidente iraquiano Saddam Hussein usou armas químicas para atacar os combatentes e os civis que habitavam nas regiões, algo que ocasionou a morte de milhares deles e destruiu várias cidades curdas no Iraque. Consequências disso foram a organização de partidos políticos curdos para aumentar a sua participação na esfera política, mesmo sendo considerado subversivo, e a formação do setor militar, uma vez que se organizaram e fortaleceram sua atuação com os guerrilheiros (homens e mulheres). Portanto, pode-se

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