Os Princípios Da Divisão Internacional Do Trabalho
Casos: Os Princípios Da Divisão Internacional Do Trabalho. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: EvandroLeite • 16/3/2014 • 954 Palavras (4 Páginas) • 2.531 Visualizações
OS PRINCÍPIOS DA DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO
RESUMO
Este presente artigo busca analisar os aspectos da Divisão Internacional do Trabalho como forma de procurar entender os efeitos atuais e as perspectivas da mundialização das economias.
Palavras- chaves: divisão internacional do trabalho, economia, produção.
INTRODUÇÃO
A Divisão Internacional do Trabalho (DIT) consiste na especialização produtiva dos países e das regiões na intensificação das trocas. Esta especialização das funções econômicas é resultado da consolidação da globalização. Também é uma divisão de produção no cenário mundial entre os países desenvolvidos e emergentes. Os primeiros exportam tecnologia, empresas e empréstimos enquanto os emergentes exportam produtos industrializados e matéria-prima. (ELSA, 2006.).
Trata-se de uma divisão produtiva em âmbito internacional, onde os países emergentes ou em desenvolvimento, exportadores de matéria-prima, com mão-de-obra barata e de industrialização quase sempre tardia, oferecem aos países industrializados, economicamente mais fortes, um leque de benefícios e incentivos para a instalação de indústrias, tais como a isenção parcial ou total de impostos, mão-de-obra abundante, leis ambientais frágeis, entre outras facilidades.
Ao longo do tempo, diferentes combinações das atividades produtivas entre os países implicaram em diversas formas de Divisão Internacional do Trabalho. A DIT expressa, portanto, essas diferentes fases da evolução histórica do capitalismo: começando pela relação entre metrópoles e colônias, e chegando às relações em que países desenvolvidos se agregam a países subdesenvolvidos ou não industrializados. (DECICINO, 2008.).
Fases da Divisão Internacional do Trabalho
O processo de DIT se expandiu na mesma proporção do capitalismo no mundo moderno, expressando as diferentes fases da evolução histórica do capitalismo, desde a ligação entre metrópoles e colônias, chegando às relações em que países desenvolvidos se agregam aos subdesenvolvidos. Este processo divide-se em três fases, obedecendo à dinâmica econômica e política do período histórico em que elas existiram.
A primeira DIT ocorreu durante o final do século XV e ao longo do século XVI, período de início das grandes navegações e de expansão da civilização europeia pelo mundo. Esse período era caracterizado pela manufatura (produção manual) a partir da extração de matérias-primas e pelo acúmulo de minérios e metais preciosos por parte das nações (metalismo). Com isso, os locais colonizados pelos países europeus exerciam a função de produzir, a partir da exploração de seus recursos naturais, os metais preciosos e as matérias-primas utilizados pelas metrópoles.
A segunda DIT ocorreu durante os séculos XVI e XVII – quando a divisão do trabalho sofreu algumas alterações. Com a Primeira e a Segunda Revolução Industrial, as colônias e os países subdesenvolvidos passaram a fornecer também produtos agrícolas, assim como vários tipos de minerais e especiarias. Nesse período, por exemplo, o Brasil se viu marcado pela monocultura da cana-de-açúcar (século XVI) e exploração de ouro (século XVII).
A terceira DIT ocorreu a partir do século XX, com a Revolução Técnico-Científica-Informacional e a solidificação do Capitalismo Financeiro, quando as grandes multinacionais se expandiram pelo mundo. Isso gerou mudanças na da Divisão Internacional do Trabalho, que passou a ser conhecida também por Nova DIT.
Nesse período, os países subdesenvolvidos também realizaram os seus processos tardios de industrialização. Mas, diferentemente da industrialização dos países desenvolvidos, esta aconteceu a partir da abertura do mercado financeiro desses países e pela instalação de empresas Multinacionais ou Globais, oriundas, quase sempre, de países desenvolvidos.
Além disso, assistiu-se também a uma segmentação do mercado produtivo. Na busca de isenções de impostos e rápido acesso a matérias-primas nos países subdesenvolvidos, as multinacionais distribuíram o seu processo produtivo por todo o mundo. Um carro, por exemplo, tem seus diversos componentes fabricados em diferentes países, bem como sua montagem. (PENA, 2013)
O Brasil na Divisão
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