Os Tipos de Dominação – Max Weber
Por: Júlia Castro • 16/9/2018 • Resenha • 379 Palavras (2 Páginas) • 481 Visualizações
No cerne de relações sociais, moldadas pelas lutas, Max Weber -sociólogo alemão-, percebe de fato a dominação, esta assentada em uma verdadeira constelação de interesses, monopólios econômicos, etc. Logo, ele acrescenta a cada tipo de atividade tradicional, afetiva ou racional um tipo de dominação particular.
Dominação Racional Legal: A obediência se presta não à pessoa, mas à regra. Para Weber, sua forma mais pura é a burocracia, e é um tipo de dominação estável, uma vez baseada em normas que são criadas e modificadas através de um estatuto sancionado. Ex: Estado moderno.
Dominação Carismática: Onde a autoridade é suportada, graças a uma devoção afetiva por parte dos dominados. A obediência a uma pessoa se dá devido às suas qualidades pessoais. Weber coloca que a forma mais pura de dominação carismática é o caráter autoritário e imperativo. Contudo, Weber classifica a Dominação Carismática como sendo instável, pois nada há que assegure a perpetuidade da devoção afetiva ao dominador, por parte dos dominados. Ex: No Brasil temos vários exemplos de liderança carismática, apenas nos primeiros anos da República, temos três casos de grande importância, Lampião, o chefe do maior e mais duradouro bando de cangaceiros; Antônio Conselheiro, o profeta fundador do Arraial de Canudos; e Padre Cícero, até hoje cultuado como santo pelos sertanejos.
Dominação Tradicional: Aquela onde a autoridade é, pura e simplesmente, suportada pela existência de uma fidelidade tradicional. O patriarcalismo é o tipo mais puro desta dominação. Presta-se obediência à pessoa por respeito, em virtude da tradição de uma dignidade pessoal que se julga sagrada. Todo o comando se prende intrinsecamente a normas tradicionais (não legais) ao meu ver seria um tipo de “lei moral”. É classificado, por Weber, como sendo uma dominação estável, devido à solidez e estabilidade do meio social, que se acha sob a dependência direta e imediata do aprofundamento da tradição na consciência coletiva. Ex: obediência de um filho ao pai (não porque uma lei obriga, mas porque se enxerga neles figuras de respeito. Além disso, bom exemplo é a obediência de religiosos a autoridades tradicionais, como um padre ou um pastor.
PODER: Relação social onde há imposição de uma ordem por uma parte à outra.
DOMINAÇÃO: Probabilidade da ordem ser acatada (chance de obediência), mesmo que haja resistência.
O poder só se concretiza quando a dominação é eficaz.
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