Politica Social
Resenha: Politica Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tatyyanne • 2/9/2014 • Resenha • 1.568 Palavras (7 Páginas) • 312 Visualizações
Trabalho da faculdade Conclusão:
A hipótese de pesquisa que conduziu a investigação, cujo produto ora é
apresentado era que: os assistentes sociais tinham dificuldade de apreender a
relação entre o que aprenderam durante a formação e as exigências do exercício
profissional comprometido com os valores do projeto ético político porque, tais
profissionais trabalhavam em um campo no qual as próprias expressões da”questão
social” são enfrentadas e entendidas pela via da naturalização, moralização e
psicologização. Ou seja, o trato dado à “questão social” na sociedade burguesa
motiva a dicotomia entre teoria e prática.
O que podemos afirmar é que esta hipótese foi comprovada na medida em que pode-se
afirmar que são as políticas sociais, informadas pela leitura abstrato formal, colocam a
dicotomia entre teoria e prática vem como permeiam determinada relação entre teoria e
prática. Ou seja, são as políticas sociais articuladas às requisições que afirmam a dicotomia
entre teoria e prática. E isso pode ser observado ainda hoje, pois, apesar do processo de
amadurecimento teórico - que permitiu atribuir uma nova qualidade à intervenção profissional
não foi possível ao Serviço Social romper com a prática baseada na lógica formal.
Como mencionamos anteriormente, as políticas sociais – enquanto uma das
respostas dadas às expressões da “questão social” – demanda profissionais para
planejamento e execução ao mesmo tempo em que afirmam as requisições e
determinada lógica de relação com a teoria. Ou seja, a dicotomia entre teoria e
prática encontra seu substrato na própria sociedade capitalista, que se estrutura a partir da divisão entre trabalho manual e intelectual. As políticas sociais reafirmam
essa divisão quando coloca diferentes requisições profissionais àqueles que pensam
e àqueles que executam as políticas.
O que se quer afirmar é que estas políticas sociais reafirmam o modo
especifico de tratar o trabalho na sociedade burguesa e coloca ao Serviço Social
funções de caráter técnico, de execução de políticas sociais. Isso,
consequentemente, fará com que os profissionais acreditem não precisar pensar
sobre as finalidades de sua intervenção nem no significado político de sua
intervenção.
Logo, as características que estão presentes nas políticas sociais estão
embasadas por uma perspectiva racional-formal que busca a teoria de maneira
pragmática.
No entanto, como vimos, o limite do paradigma formal- abstrato foi entendido
como endógeno à profissão e, consequentemente, o Serviço Social continuou a
buscar adequar sua intervenção ao que é proposto ao invés de compreender o
significado social dessa profissão.
Por isso, se faz importante compreender as diferenças entre teoria e prática para que
seja possível vislumbrar as potencialidades dessa relação no cotidiano da prática profissional,
comprometida com os valores norteadores o projeto ético político do Serviço Social.
Partimos da compreensão de que a teoria é o que
Ilumina as estruturas dos processos sociais, as determinações
contraditórias dos processos que constituem os fenômenos (...) mas
não oferece, nem se propõe a isto, os meios ou instrumentos
profissionais de ação imediata sobre os fenômenos (GUERRA, 2007a,
p.29)
Nesse sentido, se a busca constante dos profissionais ainda é por uma teoria
que se “aplique” no real, não será possível encontrar suas respostas na tradição marxista. Isso porque a teoria se vincula estritamente à reprodução ideal na
consciência do movimento do real. Logo, a teoria opera apenas no nível do
pensamento e consiste na reprodução do real na mente. E por isso, essa atividade
da consciência por si só não possui caráter de transformação da realidade. Ou seja,
a consciência, nesse âmbito, não se objetiva nem se materializa.
Assim, esperar da tradição marxista essa característica significa colocar a teoria como
responsável pela transformação e não a própria atividade prática, única capaz de transformar a
realidade com vistas a atender determinada necessidade humana. A partir dela que se pode
falar de práxis, ou “atividade material consciente e objetivante” (VÁSQUEZ, 1968, p. 194).
Portanto, o processo de conhecimento, só existe com relação à prática, pois é
nela que encontra “seu fundamento, suas finalidades e seu critério de verdade (...)”
(idem, p. 202). Dessa forma, pode-se dizer que há entre ambas - a prática e a
produção de conhecimentos - uma unidade indissolúvel, já que ambas são
atividades da consciência humana.
No entanto, entre ambas as ações – do pensamento e da ação - existem uma
série
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