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Politica Social

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Por:   •  14/9/2014  •  2.339 Palavras (10 Páginas)  •  490 Visualizações

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Capítulo 3

Keynesianismo-fordismo e a generalização da política social

“O capitalismo tardio ou maduro caracteriza-se por um intenso processo de monopolização do capital, pela intervenção do Estado na economia e no livre movimento do mercado, constituindo-se oligopólios privados(empresas) e estatais(empresas e fundação públicas), e expande-se após a crise de 1929-1932 e sobretudo, após a Segunda Guerra Mundial.[...].Na verdade , o liberalismo heterodoxo de Keynes seus e seus seguidores é a expressão intelectual sistemática das propostas das propostas de saída da profunda crise cujo ápice foram os anos 1929-1932, o que se combinou às mudanças intensas no mundo da produção, por meio do fordismo que também se generaliza no pós-guerra, com novos produtos e processos produção, e também por meio da indústria bélica, no contexto da Guerra Fria. Essa é a base material que vai propiciar a expansão dos direitos sociais. A base subjetiva para os anos de crescimento foi a força dos trabalhadores[...]”. (Pág. 82-83)

Fundamentos sócio-históricos dos “ anos de ouro”

“ Ele se referia a uma maior intervenção do Estado na economia, em sintonia apenas do ponto de vista dos fundamentos econômicos com as saídas pragmáticas do período – como vimos , o New Deal e o nazi – fascismo. [...] Ele propugnava a mudança da relação do Estado com o sistema produtivo e rompia parcialmente com os princípios do liberalismo.[...]. O Estado, com o Keynisianismo, tornou – se produtor e regulador , o que não significava o abandono do capitalismo ou a defesa da socialização dos meios de produção. Keynes defendeu a liberdade individual e a economia de mercado, mas dentro de uma lógica que rompia com a dogmática liberal-conservadora da época.” (pág. 83-84)

“[...]: considerava insuficiente a lei ide Say(lei dos mercados), segundo a qual a oferta sua própria demanda, impossibilitando uma crise geral de superprodução, e , nesse sentido colocava em questão o conceito de equilíbrio econômico, pelo qual a economia capitalista é auto-regulável . O liberal insurreto dizia que a economia é uma ciência moral , posto que a intermediação da moeda possibilita escolhas e opções, rompendo com o naturalização da economia , um dogma da economia tradicional. Esse talvez seja um dos poucos (pontos) de aproximação.(pág. 84)

“ Assim, segundo a análise Keynesiana, a operação da mão invisível do mercado não necessariamente produziria a harmonia entre o interesse egoísta dos agentes econômicos, e o bem- estar global, como o demonstram a grande depressão e a guerra. As escolhas individuais entre investir ou entesourar, pór parte do empresariado, ou entre comprar ou poupar ,por parte dos consumidores e assalariados poderiam gerar situações de crise , em que haveria insuficiência de demanda efetiva e ociosidade de homens e máquinas(desemprego). A demanda efetiva, segundo Keynes, é aquela que reúne bens e serviços para os quais há capacidade de pagamento. Quando há insuficiência de demanda efetiva, isso significa que não existem meios de pagamentos suficientes em circulação, o que pode levar à crise.” (pág. 85)

“[...]. Daí decorre o caráter instável da economia capitalista , o que reafirma que a mão invisível não produz necessariamente a harmonia entre os interesses egoístas dos agentes individuais. Para Keynes, diante do animal spirit dos empresários com sua visão de curtíssimo prazo e que tem fortes implicações para o investimento e a renda , o Estado – como um agente externo em nome do bem comum, o que supõe uma visão de Estado neutro e arbitro – tem legitimidade para intervir por meio de um conjunto de medidas econômicas e sociais, tendo em vista gerar a demanda efetiva, ou seja, disponibilizar meios de pagamento e dar garantias ao investimento, até mesmo contraindo déficit público, para controlar o volume de moedas disponível e as flutuações da economia. Segundo Keynes, cabe ao Estado, a partir de sua visão de conjunto,o papel de restabelecer o equilíbrio econômico. [...]. A política Keynesiana , portanto, a partir da ação do Estado, de elevar a demanda global, antes de evitar a crise, vai amortecê-la através de alguns mecanismos, que seriam impensáveis pela burguesia liberal stricto sensu. São eles: a planificação indicativa da economia, na perspectiva de evitar os riscos das amplas flutuações periódicas: a intervenção na relação capital / trabalho através da política salarial do “ controle de preços “; a distribuição de subsídios ; a política fiscal; a oferta de créditos combinada a uma política de juros e as políticas sociais.[...], o que poderia ser alcançado por duas vias a partir da ação estatal: 1)Gerar emprego dos fatores de produção via produção de serviços públicos, além da produção privada; 2)Aumentar a renda e promover maior igualdade, por meio da instituição de serviços públicos, dentre eles as políticas sociais.” (pág. 85-86).

“ O Estado, diga-se , o fundo público, na perspectiva Keynesiana , passa a ter um papel ativo na administração macroeconômica, ou seja, na produção e regulação das relações econômicas e sociais. Nessa perspectiva , o bem estar ainda deve ser buscado individualmente no mercado , mas se aceitam intervenção do Estado em áreas econômicas, para garantir a produção , e na área social, sobretudo para as pessoas consideradas incapazes para o trabalhador, deficientes e crianças. Nessa intervenção global, cabe, portanto, o incremento das políticas socais.” (pág. 86)

“Ao Keynesianismo agregou-se o pacto fordista – da produção em massa para o consumo para de massa e dos acordos coletivos com os trabalhadores do setor monopolista em torno dos ganhos de produtividade do trabalho. O fordismo, [...], foi também uma forma de regulação das relações sociais, em condições políticas determinadas. [...]” (pág. 86)

“[...]Para Henry Harvey , foi preciso um forte abalo nas relações de classe para que o fordismo se impusesse e disseminasse, principalmente na Europa, o que inclui a referida mudança do papel do Estado, segundo as orientações Keynesesianas. Quando estas se colocam plenamente no cenário econômico e político, segundo Harvey , chega-se a maturidade do fordismo. Assim, o Keynesiansmo e o fordismo, associados, constituem, os pilares do processo de acumulação acelerada de capital no pós 1945, com forte expansão da demanda efetiva, altas taxas de lucros, elevação do padrão de vida das massas no capitalismo central, e um alto grau de internacionalização do capital, [...]” (pag. 88)

“ Houve, naquele momento, uma melhoria efetiva das condições de vida dos trabalhadores

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