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Projeto Pedagogico

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Por:   •  6/12/2013  •  976 Palavras (4 Páginas)  •  609 Visualizações

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1. ASPECTOS INSTITUCIONAIS

1.1 IDENTIFICAÇÃO ESCOLAR:

EMEF” João Ramos Pernambuco Abolicionista”

Modalidade: Regular

1.2HISTÓRICO

Pode-se dizer que a Escola Municipal de Ensino Fundamental “João Ramos” só teve seu princípio por iniciativa da professora Alba de Azevedo,como também o próprio Ensino Municipal.

Em 1o de fevereiro de 1956, a professora Alba abria, em sua casa, a Escola Particular do Tremembé com 60 alunos de 1a série. Improvisou um mobiliário, comprou lousa, usou o rancho, a garagem e o jardim de sua residência e iniciou as aulas. A escola funcionou normalmente durante o 1o semestre, contudo, não foi registrada.

No início de junho do mesmo ano, num jantar em casa de seu cunhado Nelson Junqueira de Azevedo, chefe do Cerimonial do Gabinete do então prefeito Dr. Toledo Piza, que se fazia presente, a professora Alba pediu-lhe que a nomeasse Professora Municipal, após lhe contar sobre sua escolinha.

O Dr. Piza respondeu-lhe que não poderia atender ao seu pedido, visto que não havia escolas municipais... mas deveria haver, respondeu ela; e discorreu por longo tempo sobre a educação e a necessidade da cidade de São Paulo pormaisescolas. Dona Alba, disse-lhe o Dr. Piza —, o que a senhora propõe é um empreendimento de grande vulto. Sim, Dr. Piza. — Contudo, o senhor será um grande vulto na História da Educação de São Paulo.

Alguns dias depois, a professora Alba é convidada a participar da Reunião Inaugural, no gabinete do prefeito, para a fundação da Rede Municipal de Ensino. Dona Alba foi nomeada Professora Municipal, na 1a lista, em 30 de agosto de 1956, para a Primeira Escola Mista do Tremembé, situada à rua Conchilia, 251 no Bairro do Tremembé. Assim que a Prefeitura construísse o galpão, a escolinha seria encampada por ela (Prefeitura) e desmembrada em duas classes.

Dona Alba então tomaria posse de seu cargo, isto é, Professora Municipal.

Porém, a professora Alba estava esgotada — além de lecionar na Escola Estadual Arnaldo Barreto, passava a tarde toda, até às 20:00 horas, no Ibirapuera, trabalhando na organização e montagem da Rede Municipal de Ensino.

Adoeceu seriamente, contraindo uma pneumonia. Não pôde tomar posse, a qual foi prorrogada para 25 de outubro de 1956.

Em 19 de outubro de 1956, a professora Alba recebia o mobiliário da Prefeitura, mas não recebia autorização para tomar posse devido à debilidade de sua saúde. No entanto, a Escola funcionou até dezembro com a professora.

Os alunos aprovados nesse ano foram transferidos para uma sala de aula isolada que já funcionava, há algum tempo, em uma igrejinha, próxima à Pedreira Cantareira, tendo como professora Dona Maria José de Melo Comim. Estavam então caídos por terra os anseios da professora Alba de ser Professora Municipal.

Contudo, o Ensino Municipal continuou a crescer, pois, bem perto da Escolinha da professora Maria José Comim, funcionava, na casa da professora Nara Marcondes França, uma outra sala de aula isolada (outubro de 1956).

A escolinha da casa da professora Nara começou a crescer e, logo, mais duas salas foram criadas no mesmo prédio, regidas pelas professoras Altair Pedreira Simões e Maria Luiza.

A clientela dessas salas de aula era de nível sócio-econômico baixo e as professoras precisavam, freqüentemente, fornecer-lhes material e lanche.

A princípio, as classes funcionaram com mobiliário improvisado, mas como havia a promessa do Prefeito, Dr. Vladimir de Toledo Piza, de que proveria com mobiliário adequado às salas de aula já em funcionamento, foi com muito entusiasmo que as professoras receberam carteiras, cadeiras e lousas enviadas pela Prefeitura — Decreto 3.303 de 19/10/56.

Assim, num clima de coleguismo, euforia e confiança, passou-se um ano. Mas era necessário melhorar. Não era possível parar.

Iniciou-se, então, a busca de um terreno, onde a Prefeitura pudesse construir um galpão para abrigar as quatro classes já em funcionamento.

Num clima de trabalho foi inaugurada a Escola. Um galpão de madeira com duas salas, um abrigo para o poço e mais uma “casinha” de madeira, dividida ao meio, que eram dois sanitários. Uma cerca de madeira rodeava o restante do terreno... dois eucaliptos completavam o ambiente.

Ficava no final da rua Vieira de Mello, no sopé do morro, com vegetação em volta, pouquíssimas casas e uma chácara na frente.

Inútil será lembrar que os animais, criados na chácara da dona Neusa, volta e meia invadiam as salas e não raras foram as vezes que as galinhas estavam sobre as carteiras e as cabras vinham berrando pelos degraus a pedir alimentos.

Pelo Decreto 3.504 de 20/05/57 a Escolinha, como era chamada, recebeu a denominação de Escolas Reunidas de Vila Albertina, a qual foi designada como responsável a professora Nara Marcondes França.

No ano seguinte, com o afastamento da professora Nara, por motivo de doença em família, assumiu a responsabilidade da Escola a professora Vera Arnoni que já respondia pela Escolas Agrupadas do Tremembé — hoje Noé de Azevedo.

Vieram mais professoras e Dona Vera Arnoni passou a responder apenas pela Escolas Agrupadas do Tremembé, assumindo, a responsabilidade da Escolas Reunidas de Vila Albertina, a professora Altair Pedreira Simões.

Assim, em 1960 lá estavam as professoras Altair Pedreira Simões, responsável, mas que também lecionava para uma 2a e uma 3a séries (classe anexa); Maria Eugênia Del Rio Murraças; Ruth Gonçalves Thomé; Maria José de Mello Comim; Dirce Antunes de Siqueira Rosin, substituta.

Em 1961, a Escolinha de Vila Albertina passou a chamar-se Escolas Agrupadas de Vila Albertina e novas professoras chegaram.

Assim, a pequena escola foi nascendo, pois o número de alunos aumentava a cada ano, sendo necessário construir em um terreno, um pouco mais acima, mais um galpão, também com duas salas. Isso ocorreu em 1965 e vieram mais professores.

Em 1969, a “glória” — a Escolinha, mudou-se para um belo prédio de alvenaria, uma construção arrojada e diferente das demais e passou a denominar-se Escola Municipal de 1o Grau “João Ramos”, agora com aproximadamente 1600 alunos.

Recebeu o nome de “João Ramos” pelo Decreto 8.132 de 02/04/69, homenageando o abolicionista de Pernambuco.

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