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Sindicalismo História do movimento sindical

Relatório de pesquisa: Sindicalismo História do movimento sindical. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  19/9/2014  •  Relatório de pesquisa  •  4.084 Palavras (17 Páginas)  •  471 Visualizações

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1.1 A História do Sindicalismo

O Sindicalismo surgiu paralelamente ao capitalismo, pouco tempo depois se espalhou pelo mundo. O objetivo principal do sindicalismo é a melhora das condições de vida da classe operária. Porém, o papel dos sindicalistas difere do dos operários, já que eles não trabalham nas fábricas e nem são ameaçados pelo desemprego. Eles são como um advogado, pois estão ali para defender os interesses dos trabalhadores. Essa condição de mediadores fez com que eles conhecessem tanto o lado capitalista quanto o lado operário.

No Brasil, o sindicalismo surgiu no final do século XIX. Os operários imigrantes que trabalhavam em diversas fábricas estavam insatisfeitos com suas condições de trabalho e então começaram a se unir para questionar e lutar pelos seus direitos, formando os primeiros sindicatos no País.

No final da década de 70 e no decorrer da seguinte, o sindicalismo viveu seu auge, pois o Brasil estava num momento importante: saindo do regime militar para o democrático. O “novo sindicalismo” – como foi denominado – tinha como uma de suas características principais uma atuação reivindicatória, ao invés de apenas prestar assistência.

Com a chegada da década de 90 vieram muitas mudanças (políticas, sociais, econômicas e até mesmo tecnológicas) todas estas mudanças – incluindo os avanços da Globalização – levaram o sindicato a enfrentar uma crise, pois estava ficando difícil lidar com todas as inovações.

Como consequência houve uma redução das greves e uma queda da taxa de sindicalização. Hoje, mesmo com todos estes avanços e inovações, o sindicalismo continua na luta por melhores condições de trabalho para tentar proporcionar ao trabalhador uma vida mais digna. Quanto mais o capitalismo se desenvolve e se propaga por todo o mundo, maior é o poder dos trabalhadores. Novos modo de ação mais apropriados vêm juntar-se aos antigos.

As tácticas da luta de classes têm necessariamente de se adaptar à evolução social. O sindicalismo surge como a forma primitiva do movimento operário num sistema capitalista estável.

O trabalhador independente não tem defesa face ao patrão capitalista. Por isso os operários se organizaram em sindicatos. Estes reúnem os operários na ação coletiva e utilizam a greve como arma principal.

O equilíbrio do poder fica assim mais ou menos realizado; acontece mesmo inclinar-se mais fortemente para o lado dos operários, de tal modo que os pequenos patrões isolados se veem impotentes perante os grandes sindicatos.

É por isso que, nos países em que o capitalismo está mais desenvolvido, os sindicatos de operários e de patrões (sendo estes as associações, os trusts, as sociedades etc.) estão constantemente em luta.

Foi na Inglaterra que nasceu o sindicalismo paralelamente aos primeiros vagidos do capitalismo. Em seguida estender-se-ia aos outros países, como fiel companheiro do sistema capitalista. Conheceu condições particulares nos Estados Unidos, onde a quantidade de terras livres a desabitadas que se oferecia aos pioneiros escoou a mão-de-obra para fora das cidades; como consequência, os operários obtiveram salários elevados e condições de trabalho relativamente boas.

A Federação Americana do Trabalho constituía uma verdadeira força no país e a maior parte das vezes, foi capaz de manter um nível de vida suficientemente elevado entre os operários que nela estavam filiados. Em tais condições a ideia de derrubar o capitalismo não podia germinar no espírito dos trabalhadores americanos.

O capitalismo oferecia-lhe uma existência estável e fácil. Não se consideravam como uma classe à parte cujos interesses fossem opostos à ordem existente; eram parte integrante dela e estavam conscientes de poderem ter acesso a todas as possibilidades que lhes oferecia um capitalismo em desenvolvimento num novo continente. Havia espaço suficiente para acolher milhões de indivíduos, europeus na sua maioria.

Era preciso oferecer a esses milhões de colonos um indústria em expansão na qual os operários, dando mostras de energia e de boa vontade, poderiam elevar-se à categoria de operários livres, de pequenos comerciantes ou mesmo ricos capitalistas.

Não é surpreendente que a classe operária americana tenha sido imbuída de um verdadeiro espírito capitalista. A ação sindicalista faz parte naturalmente da luta de classes. O capitalismo assenta num antagonismo de classes, tendo os operários e os capitalistas interesses opostos. Isto é verdade, não só no que diz respeito à manutenção do regime capitalista, mas também no que se refere à repartição do produto nacional bruto.

Os capitalistas tentam aumentar os seus lucros - a mais valia - diminuindo os salários e aumentando o número de horas ou a cadência do trabalho. Os operários, por seu lado, procuram aumentar os seus salários e reduzir os seus horários.

O preço da sua força de trabalho não é uma quantidade determinada, embora deva ser superior ao que é necessário para que um indivíduo não morra de fome; e o capitalista não paga de boa vontade.

Este antagonismo é assim gerador de reivindicações e da verdadeira luta de classes.

A tarefa e o papel dos sindicatos consiste em continuar a luta. O sindicalismo foi a primeira escola de aprendizagem do proletariado; ensinou-lhes que a solidariedade estava no centro do combate organizado. Incarnou a primeira forma de organização do poder dos trabalhadores.

Esta característica muitas vezes se fossilizou nos primeiros sindicatos ingleses e americanos que degeneraram em simples corporações, evolução tipicamente capitalista.

Tal não aconteceu nos países onde os operários tiveram de se bater pela sua sobrevivência, onde, apesar de todos os seus esforços, os sindicatos não conseguiram obter uma melhoria do nível de vida e onde o sistema capitalista em plena expansão empregava toda a sua energia a combater os trabalhadores.

Nesses países, os operários tiveram de apreender que só a revolução os poderia salvar para sempre. Existe sempre uma diferença entre a classe operária e os sindicatos.

A classe operária deve olhar para além do capitalismo, enquanto que o sindicalismo está inteiramente confinado nos limites do sistema capitalista. O sindicalismo só pode representar uma parte, necessária mais íntima da luta de classes.

Ao desenvolver-se, deve necessariamente entrar em conflito com a classe operária, a qual pretende ir mais longe. Cada pequena vitória é em si um progresso, porque arrasta consigo uma vaga de solidariedade operária: as massas toma consciência da força da sua unidade.

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