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RELAÇÕES TRABALHISTAS – AS TRANSFORMAÇÕES OCORRIDAS NO MOVIMENTO SINDICAL

Por:   •  1/6/2017  •  Resenha  •  1.053 Palavras (5 Páginas)  •  307 Visualizações

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Universidade Estadual do Ceará - UECE[pic 1]

Curso Administração de Empresas

Disciplina: Administração de Recursos Humanos Avançados

Prof. Amanda Conrado Pereira

RELAÇÕES TRABALHISTAS – AS TRANSFORMAÇÕES OCORRIDAS NO MOVIMENTO SINDICAL

Nome: Carla Beatriz Catunda Fernandes

O sindicalismo começou a surgir com a Revolução Industrial, momento em que, grande parte da população europeia, estava sujeita a péssimas condições de trabalho e de vida. Há uma grande divisão entre as de classes: burguesia e proletariado. Os trabalhadores, revoltados com a substituição da mão de obra pela maquinaria, unem-se e começam a lutar por seus direitos.

No Brasil, o movimento sindical teve início nos últimos anos do século XIX, o país passava por grandes mudanças econômicas e sociais, o trabalho escravo entra em decadência e  dar espaço para o trabalho assalariado em virtude da comercialização do café. Muitos dos trabalhadores eram imigrantes Europeus, por isso os primeiros grupos operários que surgiram foram de estrangeiros vindos da Itália, Espanha e Portugal, e se alocavam no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Os patrões eram insensíveis com os trabalhadores, não davam assistência em casos de se responsabilizavam por doenças ou acidentes de trabalho. Os operários sofriam ameaças, maus tratos, castigos e multas. Os aluguéis de suas simples moradias, cortiços, eram caros e se concentravam perto das fábricas.

Então, começaram a surgir associações de grupos de operários com a finalidade de dar pequenas assistências, apenas gestos de ajuda e solidariedade com o próximo. No entanto, essas associações começaram a crescer, os operários começaram a se reunir para debater seus interesses e defender seus direitos, como melhorias de salário e diminuição da Jornada de trabalho. Somente nos primeiros anos do século 20 que essas associações se desenvolveram e se tornaram sindicatos.

O movimento sindical brasileiro tem seu momento de ouro na entrada da década de 80, os líderes dos movimentos dos trabalhadores se reorganizam e rapidamente fundam centrais sindicais. Aproveitando-se do momento de euforia vivido por todos, com a transição política ditatorial para a democrática e elevada inflação, o sindicato ganha aliados e ganha espaço político. O sindicato ganha ainda mais força no governo de José Sarney, em virtude da não aceitação por parte da grande maioria da sociedade, há um grande aumento de mobilizações e greves.

A grande força da atuação dos sindicatos desloca a resolução dos conflitos para o interior das empresas, dando abertura à comunicação entre patrão e proletariado, são pontuados fatores como: de higiene, segurança, ritmos de produção, distribuição de horas extras, entre outros. Logo, os acordos entre as partes começaram a surgir.

Os sindicatos, mesmo tendo início com uma ação grevista descentralizada, são responsáveis por quebrarem a resistência que existia dentro das empresas, fizeram surgir conflitos, porém trouxeram solução para eles. Algumas das conquistas alcançadas foram: Redução da jornada de trabalho de 48hs para 44hs, licença maternidade para 120 dias, seguro desemprego, salário mínimo, entre outras.

Apesar dos sindicatos terem alcançado significativas grandes conquistas com as grandes greves da década de 80, ele não conseguiu reduzir as desigualdades sociais e econômicas. Infelizmente eles não foram competentes para inovar em formas de representação política mais amplas, influindo em decisões governamentais de política econômica e social.

Em virtude das grandes diferenças econômicas regionais e dos notáveis fracassos dos planos de estabilização econômica, os sindicatos ficaram sem poder para negociar com o governo os direitos mínimos de representação coletiva centralizada. Hoje em dia não existe legislação que assegure mecanismos de representação coletiva de dos trabalhadores dentro da empresa, fato que favorece o patrão, contando este com o poder unilateral de demitir e contratar.

Os sindicatos deixaram de lado as teorias revolucionárias, perderam a força de pressão que tinham sobre o poder econômico e não foram capazes de se adaptar à economia aberta, a nova década radicalizou alguns problemas e dificuldades para trabalhadores e sindicatos.

Logo nos anos 90, com a primeira eleição direta, elegendo Fernando Collor de Melo, a economia passa por grandes ajustes, com privatizações, chegada de novos padrões tecnológicos, entre outros. Há um processo de reestruturação produtiva: fechamento de fábricas, terceirização, subcontratação, entre outros, visando à racionalização dos custos de trabalho.

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