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Sociedade Civil E Estado Na Tradição Marxista

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Por:   •  24/10/2014  •  689 Palavras (3 Páginas)  •  2.412 Visualizações

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O autor do texto, Montano Durgueto ressalta que a obra marxista é vista como uma teoria social e heterogênea com uma perspectiva anticapitalista e de revolução. Marx recorre a realidade dinâmica e composta por determinações, trazendo como resultado o conhecimento teórico como uma fiel reprodução intelectiva do movimento real. Essa realidade não trabalha com definições, mas sim com determinações, ela pode mudar, evoluir e para conhecê-la é preciso sempre retornar a ela, para assim entender as novas determinações. Nessa tradição o Estado não tem uma teoria completa e acabada, mas determinações diversas e em contextos variados, sendo assim esse texto vai tratar da tradição de três autores: Marx, Lênin e Gramsci. Karl Henrich Marx (Alemanha, 1818- 1883) se aperfeiçoava dos fundamentos de três fontes do pensamento: o materialismo histórico dialético, as teorias do valor trabalho e da mais valia e a teoria das lutas de classes. Segundo Hegel a sociedade civil é a esfera das relações econômicas e dos interesses particularistas e o Estado a esfera da universalização. Marx define a sociedade civil como uma sociedade burguesa, que se fundamenta pela natureza estatal, onde o Estado é um produto da sociedade civil. Segundo o pensamento de Hegel o Estado transcende à sociedade como uma coletividade idealizada, diferente de Marx e Engels , para eles a sociedade é que molda o Estado, se moldando pelo modo de produção e das relações de produção . A estrutura social e o Estado nascem do processo de vida de indivíduos determinados, as relações materiais são criadas pelo o poder do Estado, para Marx e Engels a burguesia tem controle dos meios de produção e ao ter controle sobre o trabalho de produção, passa a constituir a classe dominante. A sociedade civil moderna passa a ser uma sociedade capitalista. O Estado apenas representa a instancia de uma classe, reproduzindo o interesse da classe dominante, segundo Marx (2001), “não há que criticar a Hegel por descrever a essência do Estado moderno, tal como é, mas por fazer passar que é pela essência do Estado ‘’. Conforme Netto ( 1990, p. 59), “ a autonomia que Hegel confere ao Estado , à esfera política, é dissolvida pela remissão à vida social. Marx retoma a divisão do homem em cidadão público e individuo privado, entre universalidade e particularidade, para ele a erradicação das bases materiais da sociedade burguesa, possibilita a “emancipação humana ‘’. As determinações da divisão da sociedade civil em classes sociais e a representação dos interesses de uma classe particular pelo Estado são articuladas organicamente com uma concepção da revolução por Marx e Engels, no poder executivo do Estado configura-se como “um comitê para administrar os negócios coletivos da classe burguesa ‘‘. A essas determinações reais e concretas da natureza estatal no contexto histórico da elaboração do Manifesto correspondia uma concepção de lutas de classes entre burguesia e proletariado, assumindo uma guerra civil. Os interesses do proletariado emergiam dessa ruptura, o proletariado passa a ser a classe dominante, a conquista da democracia pela luta. Para Marx e Engels o proletariado não derrubará a burguesia antes de conquistar o poder político, e esse Estado proletário começara a se extinguir junto com a extinção das contradições de classe. Marx tem uma teoria negativa do político, o que importa

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