Varejo no Brasil
Resenha: Varejo no Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lavorato • 17/9/2014 • Resenha • 5.354 Palavras (22 Páginas) • 295 Visualizações
O varejo no Brasil
O varejo brasileiro apresentou profundas
transformações nos últimos anos, tornando-se cada
vez mais competitivo. O setor, que já conviveu com
altas taxas de inflação, vem aumentando e articulando
um novo leque de estratégias que não estão
voltadas apenas para a redução de preços e custos.
As empresas varejistas brasileiras vêm buscando
aumentar sua abrangência regional, ao disseminar
lojas especializadas e aumentar a presença de grupos
e cadeias em nível nacional.
O setor, que ainda concentra suas maiores empresas
e fornecedores nas regiões Sudeste e Sul, com
exceção de fornecedores de eletrônicos, está
preconizando mudanças estruturais importantes. Tais
mudanças conduzem a melhora nos relacionamentos
em termos de cadeia de suprimentos, que passam
a visar não apenas o âmbito comercial, preços e
formas de pagamento, mas também um melhor
gerenciamento dos fluxos de mercadorias. Ao
lado de um padrão de gestão familiar, ocorre o
aprimoramento da governança corporativa por meio
da utilização de tecnologias de informação, que
harmonizam o padrão de gestão das empresas e
seu grau de profissionalização. Atualmente, ocorre o
emprego crescente de tecnologias poupadoras
de mão-de-obra e melhor qualificação dos
profissionais, fatores imprescindíveis para um setor
que, muitas vezes, sofre com mão-de-obra menos
qualificada e com alta rotatividade.
A indústria varejista no Brasil é ampla, diversificada
e competitiva. De acordo com a última Pesquisa
Anual do Comércio (PAC/2007), divulgada pelo
Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE),
há 1,69 milhão de empresas, sendo o setor varejista
responsável por 84% do total de empresas comerciais
no Brasil. A pesquisa, que fragmenta o comércio
brasileiro em atacado, varejo e comércio de veículos,
autopeças e motocicletas, aponta também que o
setor varejista foi responsável por mais de 41% do
faturamento desse ramo de serviços no País.
O comércio de veículos e as atividades
supermercadistas são os maiores segmentos de
varejo, em volume de receitas. O ramo de hiper
e supermercados, em particular, possui grande
tendência de expansão, pois a relação entre
população e território no Brasil ainda é inferior à
verificada em países europeus, tais como França,
Alemanha e Inglaterra e nos Estados Unidos.
De forma geral, o varejo se constitui de atividades
com sazonalidade significativa de demanda e
alto nível de giro, além de forte suscetibilidade
às políticas econômicas que afetam a conjuntura
macroeconômica e os indicadores de renda e
emprego. Portanto, o aumento da população
brasileira e a estabilidade econômica são fatores
preponderantes para o crescimento da atividade
de supermercados e hipermercados, como também
das demais atividades de varejo.
Representatividade dos segmentos do varejo (%)
Veículos, motos e autopeças
Hiper e supermercados
Combustíveis e lubrificantes
Tecidos, vestuários e calçados
Móveis e eletrodomésticos
Material de construção
Medicamentos, cosméticos e higiene pessoal
Informática e comunicação
Livros, jornais, revistas e papelaria
Alimentos, bebidas e fumo
Outros artigos
26,7
19,4
16,4
7,9
7,2
6,6
4,8
2,0
1,3
2,5
5,1
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Pesquisa anual de comércio, 2007
Nota: Receita operacional líquida
5
O segmento de bens não duráveis no Brasil é ainda
fragmentado, apesar do processo de consolidação
liderada pelos médios e grandes varejistas do
mercado. As 20 maiores redes e empresas do
segmento supermercadista representam mais da
metade do faturamento
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