A Saúde Materno Infantil
Por: Josh2021 • 26/10/2021 • Pesquisas Acadêmicas • 1.780 Palavras (8 Páginas) • 309 Visualizações
Analisar o caso clínico abaixo, conforme os temas
abordados na disciplina (pelo menos 4 tópicos).
Critérios de avaliação:
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O aluno deverá apresentar capacidade para
reflexão/discussão e análise crítica sobre os temas abordados na disciplina.
Referências bibliográficas sugeridas para a análise/discussão:
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ÁVILA, M. B., Direitos sexuais e Reprodutivos: desafios
para as políticas de saúde. Cad.Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.19, n2, 2003.
-
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à
Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Pré-natal e puerpério:
atenção qualificada e humanizada: manual técnico. Brasília, DF, 2006.
Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_pre_natal_puerperio_3ed.pdf–
Apenas capítulo 7: “Aspectos Emocionais da Gravidez e puerpério”, p. 35 a 39.
-
GRADIVONHL, S. M. O., OSIS, M. J D., MAKUCH, MY. Maternidade e formas de maternagem
desde a idade média à atualidade.
Pensando Famílias, 18(1), jun,2014, p.55-62. Disponível em HTTP://pepsic.bvsalud.org/pdf/penf/v18n1/v18n1a06.pdf
acesso 19/05/2018.
-
FERRARI, Andrea Gabriela; PICININI, Cesar
Augusto; LOPES, Rita Sobreira. O narcisismo no contexto da maternidade: algumas
evidências empíricas. Psico, v. 37,
n. 3, p. 3, 2006.
-
SOIFER, R. Psicologia da gravidez, parto e puerpério. Capítulos 1 e 2. Artes Médicas,
Porto Alegre, 1980.
-
Outras referências pesquisadas pelo(s)
aluno(a/s)
Estudo
de caso clínico - Amália
Amália - Mulher - 45 anos - 3o
filho (caso fictício)
Duas filhas, 23 e 24 anos
Divorciada há 4 anos
Advogada
-
Suspeitava estar entrando na menopausa. Sentia seu
corpo mudando: “calores”, já havia ficado alguns meses, intercalados, sem
menstruar. Pensou: “Mas já? Não sou nova para entrar na menopausa?”
-
Preocupada, agendou uma consulta com o ginecologista.
-
Parabéns!
-
Parabéns? Então está tudo bem Dr.?
-
Sim, está tudo bem, você está grávida!
-
Aquelas palavras soavam familiares, lembrou-se das
filhas.
-
Grávida?
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Isso mesmo!
-
Será que ela havia compreendido direito? Como foi
“parar” da menopausa para a gestação? Pensou que ele deveria ter se confundido
e se deveria consultar outro médico. Não era possível! O que faria com o
trabalho? Não tinha mais idade para ser mãe, deveria ser avó! E o que suas
filhas iriam pensar dela? Como iria contar para a família?
-
A filha mais nova ficou animada! A outra, preocupada,
pois não seria arriscado? Ambas se perguntaram o que a mãe iria fazer? E, quem
é o pai?
-
Lembram aquele dia que vocês foram viajar? O Tenor veio
consertar o armário...
-
Amália acordou no dia seguinte com náuseas e vômitos.
-
A campainha tocou. Uma das filhas atendeu a porta. Era
o ex-marido. Ficou gelada, sentia seu coração palpitando, pensou que iria
desmaiar.
-
“Bom dia!”, disse ele.
-
Após Amélia se restabelecer, contou as “boas novas”!
-
Ele se assustou. Olhou para as filhas, as quais o
olharam de volta com uma expressão mista de sorriso e dúvida, como se
aguardassem sua reação.
-
“Mas que boa notícia! Vamos comemorar!”, ele disse.
-
O clima era de festa, Tenor, o ex-marido, era o pai.
Ele e as filhas começaram a fazer planos para o futuro, e comentavam sobre suas
lembranças.
-
Amália, se animou, esqueceu por um instante suas
preocupações. No dia seguinte, não enjoou.
-
Na consulta do
pré-natal, após saber da gravidez, o pai do bebê estava presente.
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Amália expôs suas preocupações sobre seu estado de saúde,
riscos da gestação na sua idade e para o bebê.
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O ginecologista a tranquilizou, reconhecendo que há
riscos específicos, mas que ela conta com uma saúde “de ferro” e com recursos
da medicina contemporânea.
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No segundo mês
começou a exigir das filhas que deixassem a casa em ordem, pois já são adultas,
e deveriam respeitar os hábitos familiares. Não poderiam fazer o que bem
quisessem, como trazerem amigos sem avisarem antes.
-
O ex-marido participou acompanhando as consultas, dos
preparativos, mas eventualmente a cobrava para reatarem - queria voltar para
casa, participar da rotina, se aproximar das filhas e do bebê, etc..
-
Amália não excluiu essa possibilidade, mas não queria
se precipitar. Afinal, não foi fácil para ela se recuperar do divórcio, ainda
que ela o tenha solicitado.
-
No terceiro mês,
criou coragem de contar para as amigas. Desculpou-se por não contar antes e
justificou com suas preocupações sobre os riscos da gestação na sua idade.
Ouviu comentários estimulantes, bem como questionamentos sobre o que ela faria
com o pai do bebê? Se iriam voltar? Eles não haviam se prevenido? Uma amiga
defendeu Amália: ”Mas em qual século você vive? Ela é uma mulher independente,
você paga as contas dela?”
-
No trabalho, aguardava um “momento ideal” para
informar.
-
No quarto mês
começou a se sentir “diferente”, será que estaria tudo bem com o bebê? Será que
estava tudo bem com ela? Certo dia, sonhou que havia estava se afogando e
acordou assustada. Outro dia, sonhou que bateu o carro, mas não estava grávida,
havia atropelado dois idosos, um senhor e uma senhora. No sonho, os levou para
o hospital, onde foram cuidados e se recuperaram.
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Na consulta com o obstetra, sua pressão estava alta.
Este recomendou alguns exames. No retorno informou que não havia alteração
nestes; não havia nenhuma causa externa para ela se preocupar, mas iriam
acompanhar e continuariam avaliando.
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Durante as consultas, ainda que sem explicações de
bases orgânicas nos exames, a pressão de Amália, eventualmente, ficava alta. O
médico solicitou mais exames para avaliar a possibilidade de hipertensão.
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Amália, preocupada, conversou com Tenor. Confortada por
ele, aceitou que ele voltasse a morar na casa.
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Pensou que estava com gases, mas se perguntou se não
seria o bebê crescendo dentro dela. Sonhou que ele tinha nascido, mas diferente
de um bebê, já falava com ela. Ela se apresentava animada, muito
ativa/produtiva no trabalho e começou a conversar com o bebê.
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Contou no trabalho que estava gestante.
- [Como foi no trabalho? Não é
obrigatório, mas aproveite para usar sua criatividade e descrever suas ideias.]
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No quinto mês
pensou que podia haver algo errado, sentia seu ventre/barriga ficarem duros. Na
consulta com o médico, ele lhe orientou sobre técnicas de … [sugestão/não obrigatório: completar
lacuna], para relaxamento.
-
Tenor: “E o sexo?”, perguntou o pai.
-
Como vai? Brincou o médico.
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Tenor deu risada. “Vai bem!”, respondeu.
-
Amália sorriu.
-
“Vocês querem saber o sexo do bebê?”, respondeu o médico.
-
“Dr., as incertezas já são muitas… Minhas filhas querem
fazer um chá revelação, mas nós queremos saber antes!”, disse Amália.
-
“É um menino!”
-
Os movimentos do
bebê podiam ser sentidos agora pelo pai, que se orgulhava e dizia que ia ser o
artilheiro da seleção brasileira.
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No sétimo mês,
Amália sonhou que havia derrubado o filho. Acordou com câimbra na perna. Tenor
acordou assustado. Voltaram a dormir. No dia seguinte ela disse que precisavam
conversar sobre os preparativos para a chegada/nascimento do bebê.
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No nono mês,
não aceitou as tentativas do “ex-ex-marido” para transarem.
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Na consulta com o médico, Tenor mostrou-se preocupado
com o bebê, com a esposa, mas não hesitou em perguntar sobre manterem relação
sexual. O médico assegurou que não havia complicações que os impedissem.
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Amália não sabia se confiava na orientação do médico.
Não se sentia à vontade.
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Após alguns dias, com os preparativos para a chegada do
bebê em dia - o quarto, a mala da maternidade, o médico de acordo com o plano
de parto, eles confiantes de que o médico teria a conduta adequada se houvesse
qualquer complicação:
-
Amália, sonhou que transava com o marido. Acordou
excitada, o abraçou. No dia seguinte, pela manhã, tiveram uma relação sexual.
Sentindo uma poça no chão, Amélia gritou: “É hora!”
-
A família seguiu para a maternidade. “Vamos em qual
carro?”, disse Tenor; “Pegou tudo?”, perguntou a irmã mais nova à mais velha.
Quase saíram com o carro da filha mais velha, enquanto Amália aguardava no
carro do marido.
-
Chegaram à maternidade.
Amália foi para a triagem. Em seguida, para um quarto. Tenor foi assinar os
papéis da internação e as filhas disseram que estariam aguardando no café.
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Era um sábado. Amélia perguntava à quem tivesse
próximo: “Você já avisou o médico?”; “Onde ele está?”; “A cesariana estava
agendada para depois de amanhã!”, “Será que ele está viajando?”
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“Senhora, já entramos em contato com seu médico e
estamos seguindo o plano de parto que ele nos informou.”, disse-lhe alguém. “A
senhora teve dois partos normais, tem certeza de que quer cesariana?”. Amália
ouvira alguém perguntar.
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“Você não disse que está seguindo o plano!?”, respondeu
Amália.
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O médico/obstetra chegou. “Estou aqui Amália! Tudo está
conforme nossos planos.”
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O bebê nasceu com 3,5 quilogramas e 53 centímetros. As
irmãs mais velhas logo postaram no Instagram, o orgulho da família.
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Amália se emocionou: “Meu amor, Heitor!”.
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A mãe seguiu para o quarto, sem o bebê.
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No quarto:
“Quando será que ele chega?” Perguntou a filha caçula. “Preciso ir para o
trabalho, mas não posso ir sem ver a carinha dele! Com quem será que se
parece?”
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“Aposto que é a minha cara!”, respondeu a irmã mais
velha.
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Eis que chega Heitor! Fotos são tiradas. Emoções
vivenciadas.
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“Nossa, e eu, que fiquei tão preocupada. Agora minha
vida está completa!, disse Amália.
Não é obrigado a abordar, mas pode ser considerado:
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Cenas para os próximos capítulos:
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Fim das ansiedades?
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O que poderá ocorrer no pós-parto?
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Lactação; participação do pai nos cuidados do bebê e da
casa, retorno ao trabalho, etc.
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E os bisavós? Como poderiam ser inseridos na história
ou na análise do caso?
...