A TEORIA FREUDIANA SOBRE O COMPLEXO DE ÉDIPO
Por: Rose Hudson Lovo • 6/6/2021 • Artigo • 866 Palavras (4 Páginas) • 329 Visualizações
1b, 2d, 3 a, 4 a, 5d, 6d,7e, 8 a, 9c, 10b
A TEORIA FREUDIANA SOBRE O COMPLEXO DE ÉDIPO
O complexo ou síndrome de Édipo, é um conceito criado por Sigmund Freud que, por sua vez, é baseado na literatura grega, em específico na tragédia grega Édipo Rei. Esta síndrome tem por objetivo explicar que o menino enquanto criança, em uma determinada fase do desenvolvimento sexual infantil, cria desejos pela mãe, e por outro lado, apresenta rejeição pelo pai, devido ao fato do pai ser a pessoa com quem ele deva dividir a atenção da mãe.
Segundo a psicanálise, esse desejo da criança do sexo masculino pela mãe é representado durante o estágio fálico do desenvolvimento psicossexual, este estágio é condizente à idade de 3 a 6 anos, quando ocorre a formação da libido, do ego e o interesse pelo sexo oposto. Neste processo, a criança descobre o seu corpo, sua genitália além de compreender as diferenças sexuais e se perceber mais autônomo de seus pais.
O Complexo de Édipo ajuda a criança a criar sua própria identidade e constituir limites perante o processo psíquico, com a finalidade de aprender a lidar com frustações. De acordo com o psicanalista, o indivíduo vive três estágios em seu desenvolvimento psíquico no decorrer da infância. Sendo elas:
Fase oral: O prazer ocorre através da boca que se inicia no nascimento e se estende até os 18 meses.
Fase anal: A criança passa a compreender e aprender o controle que tem sobre o seu corpo. Se inicia aos 3 anos e se estende aos 8 anos.
Fase fálica: Esta é a fase em que ocorre o complexo de Édipo, entre 4 e 5 anos, onde a criança aprende a fazer a distinção entre si e o mundo. Também se inicia aos 3 e se estende aos 8 anos. Segundo Freud, a sexualidade da criança é interiorizada e cultivada até se tornar um adulto.
É neste estágio em que a dinâmica do relacionamento entre pais e filhos é alterada, os pais, de acordo com Freud, tornam-se objetos da força libidinal infantil, onde é possível perceber que se trata da infância, o momento onde homens e mulheres apresentam temores sobre questões sexuais, este acontecimento em si mostra-se recorrente e comum, pois é plausível a todas as pessoas, além de se apresentar como uma passagem fundamental para a edificação da personalidade humana, sendo esta, normal ou patológica.
Segundo Freud, a criança do sexo masculino está diante de uma fase dúbia de construção de libido, quando desenvolve desejo pelo sexo oposto, no caso, sua mãe. Nesse sentido, ele começa a ver seu pai como rival, ao mesmo tempo que deseja alcançar o amor e atenção paternal.
Freud criou o conceito do complexo de Édipo quando desenvolveu a Teoria da Sexualidade Humana, a qual, diante da definição pela psicanálise, é um conjunto de sentimentos que ao mesmo tempo são de amor e contrários, anseios que a criança desenvolve pelos pais na fase fálica-genital, podendo vir a ocorrer com meninos e meninas ou seja, os meninos sentem um forte desejo pela mãe, enquanto as meninas sentem atração pela figura paterna, entretanto, no caso das crianças do sexo feminino o termo mais usado é de “Complexo de Electra”.
Este estágio, aborda um processo natural do desenvolvimento psíquico da infância, a criança passa a compreender a diferenciação de si para com o mundo, onde há a possibilidade de lidar com a frustação e com a realidade, assim como constituir limites.
Em psicanálise, temos também, o complexo de castração, que diz respeito à angustia, o medo inconsciente de perder o pênis, isto é, o menino com medo de perder seu órgão sexual e a menina imaginando que tinha o órgão masculino e o perdeu.
Este complexo ocorre durante o estágio fálico do desenvolvimento psicossexual, prolongando-se por toda a vida. Consolida-se como uma das primeiras teorias psicanalíticas de Freud, onde, o menino desenvolve consciência das diferenciações entre o órgão genital masculino e o feminino.
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