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Complexos – Teoria de Carl Gustav Jung

Por:   •  25/4/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.812 Palavras (8 Páginas)  •  946 Visualizações

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 AULA 2– Complexos – Teoria de Carl Gustav Jung

Professor: Lincoln Torres Homem Junior

SLIDE 1

Estudo sobre associação de palavras (1903 – 1905)

Neste ambiente de pesquisas, Jung, através das experiências de associações de palavras, onde de uma lista de “palavras indutoras” observava a reação dos pacientes a elas, percebeu que essas palavras indutoras atingiam um conteúdo emocional quando então provocavam nos pacientes as chamadas “ocorrências incômodas”.

SLIDE 2

Ilustrações sobre Polígrafos

SLIDE 3

Complexo Afetivo → Toma conta e invade a personalidade (o complexo está dissociado) e a pessoa descarrega o afeto reprimido. Ele possui o núcleo do complexo circundado por afeto.

Do teste de associação de palavras também foi retirado:

  1. Das imagens que se repetem → Origem do estudo dos arquétipos.
  2. Das respostas análogas → Origem do estudo dos tipos psicológicos.
  3. Origem da formulação da Psicologia Analítica→ Do simples se chega ao todo.

SLIDE 4

A TEORIA DOS COMPLEXOS

“[...] a palavra indutora havia atingido um conteúdo emocional, oculto no íntimo do examinando, no inconsciente. Esses conteúdos seriam “complexos de ideias dotadas de forte carga afetiva”. Jung denominou-os “complexos afetivos” ou simplesmente “complexos”. Ficava assim demonstrada experimentalmente a existência do psiquismo inconsciente. ” (SILVEIRA, 1974, p.31, grifo do autor)

Ainda segundo Silveira (1974, p.32) Jung percebeu que por trás de determinadas condições patológicas de alguns pacientes, o ego, na verdade, não tinha força para incorporar algo de muito sério e muito carregado de emoção que se tornava visível pelo resultado que determinadas palavras indutoras provocavam.

SLIDE 5

A TEORIA DOS COMPLEXOS

“No passado de cada pessoa existem elementos de valores diversos, que determinam a "constelação" psíquica. Acontecimentos que não suscitam emoções fortes, quase não influenciam nossas idéias ou ações. Aqueles, no entanto, que provocam reações de sentimento fortes, são de grande importância para nosso desenvolvimento psíquico posterior. Recordações desta natureza, dotadas de forte carga emocional, formam complexos de associações, não somente duradouros, mas muito ativos e estreitamente ligados entre si. Um objeto a que atribuo pouca importância provoca poucas associações e logo desaparece de meu horizonte intelectual. Mas um objeto de grande interesse para mim suscitara numerosas associações e me ocupara por muito tempo. Cada emoção produz um complexo de associações mais ou menos extenso a que dei o nome de "Complexo ideo-afetivo". Quando observamos um caso individual, descobrimos sempre de novo que o complexo desenvolve a maior força "consteladora", donde se conclui que o encontraremos imediatamente em qualquer analise. Os complexos constituem os componentes fundamentais da disposição psicológica em toda estrutura psíquica. Assim, encontramos, por ex., no sonho os componentes emocionais, pois é lógico que todos os produtos da atividade psíquica dependem sobretudo das influências "consteladoras" mais fortes.” (JUNG, 2007, p.28)

SLIDE 6

DEFINIÇÃO DE COMPLEXO

Segundo Jacobi (2013, p.65) Jung define os complexos como partes psíquicas dilaceradas da personalidade, grupos de conteúdos psíquicos que se separam da consciência, funcionando arbitrária e autonomamente, e que “conduzem, portanto, uma existência estranha para a esfera escura do inconsciente a partir de onde podem frear ou fomentar a todo instante desempenhos conscientes” (Tipologia psicológica (1928). OC. 6, &923).

O complexo consiste primariamente de um “elemento-núcleo”, de um portador de significado, que na maioria das vezes é inconsciente e autônomo, portanto, não é dirigível pelo sujeito, e em segundo lugar, de inúmeras associações ligadas a ele, e caracterizadas por um tom de sentimento unitário, que dependem, por sua vez, em parte de disposições pessoais originárias e em parte de vivências ligadas e causadas pelo meio circundante. (JACOBI, 2013, p.65).

“O elemento-núcleo, de acordo com o seu grau de valor energético, possui uma força consteladora”. (JUNG, A energia psíquica, OC. 8/1, &19).

Ou seja, segundo Jacobi (2013, p.65) seria um centro funcional do distúrbio, que, quando ocorre uma situação externa ou interna adequada, torna-se virulento, podendo colocar sob seu domínio e reverter todo o estado de equilíbrio psíquico, forçar a totalidade do indivíduo a submeter-se à sua influência.

SLIDE 7

O COMPLEXO DO EU = EGO

“Por eu, compreendo um complexo de representações que perfaz em mim o centro do campo da minha consciência e que parece ser de alta continuidade e identidade consigo mesmo.” (Tipos Psicológicos,OC VI, &730). Jung chama o eu também de “sujeito da consciência”.

Jung define a consciência como “a função ou atividade que mantém a relação dos conteúdos psíquicos com o eu”. (Op. Cit., &687)

Toda nossa experiência do mundo externo e interno tem de passar necessariamente por nosso eu para poder ser percebida. (Op. Cit., &687). Isso porque, “as relações com o eu, enquanto não são sentidas como tais por este, são inconscientes” (Ibid.)

“O inconsciente é mais antigo que a consciência. É o que ‘é dado originariamente’, a partir de onde se destaca a consciência [...] passamos grande parte de nossa vida no inconsciente: nós dormimos ou cochilamos [...] É indiscutível que a consciência depende do inconsciente em todas as situações importantes da vida” (JUNG apud JACOBI, p.25-26)

JACOBI complementa mencionando que as crianças começam sua vida num estado inconsciente, crescendo para dentro do estado consciente.

SLIDE 8

[pic 1]

O Complexo do Eu ficaria no Centro da Consciência

SLIDE 9

SOBRE O SURGIMENTO DE COMPLEXOS

O complexo tem prioridade sobre a cognição; Tem reação imediata. P. ex.: Quando aparece uma cobra, ou eu fujo de imediato ou eu congelo de imediato ou desmaio para depois raciocinar se era venenosa ou não.

Nós apreendemos muito mais com ações do que com palavras.

Ex.1: Quando se tem os pais, ou alguém, como referência (crença derivada).

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