TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Seitas ou movimentos Religiosos

Por:   •  14/9/2015  •  Artigo  •  1.349 Palavras (6 Páginas)  •  403 Visualizações

Página 1 de 6

As seitas ou novos movimentos religiosos

Não há dúvida que os fenómenos das seitas ou Novos movimentos religiosos estão ser sejam para a pastoral, como para a toda a sociedade, um grande desafio com o qual lidar dia a dia. Discussões religiosas na família, no «táxi», com colegas de trabalho. Certa a agressividade e persistência de nos impor doutrinas, religiões, Igrejas… O assunto tem tomado tanta importância que Governo, autoridades Civis tem intervenção em vários casos.

Como conciliar o direito humano de liberdade religiosa juntamente com o “direito a verdade” ? Certamente que é um tema muito complexo, não é apenas um problema religioso, é um problema cultural, económico e social. Vários factores contribuem no crescimento do pluralismo religioso. Analisaremos o tema procurando compreender a diferença entre Igreja e Seita, entre Seita e novo movimento religioso; considerar as características destes movimentos.

Seitas ou novo movimento religioso?

O uso da palavra “seita” é pejorativa e de valorização social negativa. A sociologia e os historiadores da religião preferem tratar em forma imparcial o assunto chamando aos novos grupos religiosos como “Novos movimentos religiosos” (NMR). Parece ser esta uma forma respeitosa e neutral quando se tem em conta a liberdade de escolha religiosa de qualquer ser humano.

Pesa utilizar-se o termo NMR, o termo “seita” serve, de todos modos, para qualificar um facto social e para nomear determinadas organizações religiosas. A utilização do termo “seita” é mais popular e de imediata compreensão. A expressão denota significados ligados a separação, dissidência, marginalização, ruptura, heresia, heterodoxia, desvio etc… Do ponto de vista sociológico a característica da seita é a de seguir uma via espiritual inconformista em relação às instituições religiosas estabelecidas e às grandes tradições religiosas mundialmente reconhecidas. O Cristianismo, nos seus inícios foi considerado como uma seita ( cf Act 24,5): Paulo é acusado de ser chefe de uma seita do judaísmo: os “nazarenos”.

Mas a preocupação não é simplesmente sociológica, ou nominal. O problema encontra-se quando estes grupos religiosos realmente criam um problema social, politico, familiar e ético: totalitarismo, programada enganosa, exploração económica e elevado de dinheiro, exploração, violência física e psicológica, manipulação mental dos membros, fanatismo que leva a suicídios colectivos e homicídios, intolerância, alienação da personalidade dos membros. Neste caso considera-se o termo de seita destino de seita destrutiva. Nalguma terminologia sociológica, chamam-se a este tipo de seitas como cultos.

Há outros termos: “denominação”. É a seita que com o passar do tempo, se institucionalizou e adquiriu respeitabilidades sócias. Por exemplo, o metodismo era considerado uma seita do anglicanismo. Hoje é uma denominação tão consistente como o anglicanismo; os adventistas eram uma seita dos baptistas. Pelo número de membros tem adquirido um peso social. Outros utilizam a expressão simplesmente para iniciar as diversas Igrejas e comunidades cristãs.

Por tanto a nomenclatura utilizada pode ser bastante flexível. Utilizaremos NMR quando falamos em sentido neutral dos novos e diversos grupos religiosos, e seita quando percebem-se traços negativos, própria duma seita destrutiva. Este aspecto sectário não concerne só a novos grupos religiosos: também, em tradicionais grupos religiosos, podem aparecer tendências ou facções com conotações de seita, inclusivo dentro de uma bimilenária instituição, como a Igreja católica.

Pós-modernidade cultural e NMR

O fenómeno cultural da pós-modernidade demarca muito bem o fenómeno ligado a este dos NMR. É uma época de fragmentação, dissolução das ideologias, do vazio. É uma onda cultural marcada fortemente pelo individualismo e a parcialidade. Isto também tem as suas consequências no campo religioso: uma procura do religioso no individualismo pessoal ou grupal, rente de sensibilidade e compromisso social. Este individualismo religioso, em si negativo pode outra parte indicar alguns elementos positivos como a escolha do próprio caminho espiritual, a liberdade e busca de consciência.

Estes movimentos manifestam um despertar religioso, uma volta ao sagrado, mas tal procura do sagrado tem deslocado o foco do cristianismo. Assim surgem NMR com elementos neopentecostais aspectos tradicionais da cultura tradicional africana; ate alguns elementos das religiões orientais. É uma procura do sagrado marcada pelo sincretismo com confusas misturas de ingredientes.

Outra característica é que estes NMR pregam, oferecem o que as pessoas procuram; dinheiro, saúde, poder, paz, bem estar, eliminar o stress, sucesso profissional. Não existe uns discursos de procura da verdade, ao o mais, o que “útil para mim”. Desta forma a dinâmica da oferta e demanda apresenta o fenómeno dos NMR como um supermercado espiritual ou mercado do espírito. Este fenómeno explica a continua migração duma religião a outra, a procura de saúde, sucesso, sentido para o sua vida.

A insatisfação diante o funcionamento das instituições sociais (educação, saúde, segurança…), oprimidas pelas dificuldades económicas, a corrupção e incompetência do sistema sanitário, temendo a solidão e o fracasso, procuram nos NMR uma alternativa comunitária que os “salve” dos problemas e lhes conceda segurança. Não, em vão, grandíssimas faixas vulneráveis da população ficam propensas em acolher estes movimentos.

Seitas ou Igrejas?

Não é fácil classificar todos os NMR. Popularmente fala-se de “Igreja” ou “seita”, até fala-se de Igreja muçulmana… É preciso fazer algumas diferenças entre estes dois termos. Nos limitamos apenas ao grupo relacionados que nascem no cristianismo.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (9.5 Kb)   pdf (98.9 Kb)   docx (12.4 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com