A Vida Ministerial De Um Obreiro Nos Dias De Hoje

Estamos vivenciando dias de certa nebulosidade, no que diz respeito a homens e mulheres, que foram, pelo Senhor, designados a pastorear a sua igreja, espalhada por tantos lugares.

Ao analisarmos as questões éticas, seja do contexto em que vivemos ou outro qualquer, podemos facilmente encontrar falhas grotescas, que não poderiam estar acontecendo com pessoas diretamente ligadas às coisas ou obras de Deus.

Os meios de comunicação são usados muitas vezes, para a divulgação da Palavra de Deus e isto é importante que aconteça; o grande problema são as formas usadas para esse fim. Logicamente não podemos generalizar, achando que nada do que se vê tem algum valor, pois cremos que alguns estão sendo sinceros e honestos e acima de tudo, obedecendo a voz do Espírito Santo.

Em meio a tudo que se vê, ao que se ouve das pessoas em geral; daqueles que conhecem e dos que são ignorantes quanto à Palavra, o que poderia se esperar de um ministro que vive segundo o coração de Deus?

Ficar olhando e apontando os erros dos outros, parece que se tornou uma tarefa um tanto quanto fácil atualmente, devido ao grande número de programas televisivos, de fácil acesso, e as informações rápidas que podemos receber, através da internet. Mas creio que definitivamente, não é este o caminho que devemos tomar.

O homem ou mulher, que almeja o ministério, deve saber que estará se posicionando ao lado do Senhor e, dessa forma encontrará muitas adversidades. A despretensão pessoal e a total dependência de Deus são requisitos necessários para o desenvolvimento desse ministério.

A Palavra de Deus é rica em ensinamentos sobre a vida exemplar de um obreiro e podemos aprender tudo o que é necessário para vivermos plenamente o chamado de Deus para nossa vida.

O apóstolo Paulo dá várias recomendações ao jovem pastor Timóteo, com o fim de torná-lo um padrão para seus ouvintes, sempre lembrando daquilo que chamava de “sã doutrina”, isto é, a Palavra de Deus. Exorta-o a ser firme na fé e procurar aprender cada vez mais as Sagradas Escrituras, que o fariam capaz ou aprovado para apresentar-se diante de Deus, sem ter do que se envergonhar. Também a Tito, escreve e recomenda que o bispo seja irrepreensível. Assim sendo, não deveria haver absolutamente nada que pudesse desabonar alguém que estivesse exercendo o ministério pastoral. (2Tm. 2:15, Tt. 1:7)

Talvez esse tipo de recomendação não seja tão bem aceito na atualidade. Pode ser que uma grande maioria, senão todos, diriam que em razão de nossa humanidade (não carnalidade), nos é impossível vivermos irrepreensivelmente. O reconhecimento de que somos fracos e falhos, não deve nos impossibilitar de buscarmos a perfeição, pois esta é uma das ordenanças de Jesus. (Mt. 5:48)

O que hoje se vê e pelo que podemos imaginar quanto ao futuro, são enormes templos lotados e pastores cada vez mais preocupados com o número de pessoas e não com as pessoas que estão dentro desse número. Provavelmente Jesus ao ver essa grande multidão, diria que são como ovelhas que não tem pastor.

Ao recebermos pessoas em nossas igrejas, sabemos da diversidade de pensamentos, grau de religiosidade, conhecimento de certa doutrina e até mesmo conhecimento da Bíblia. Como tratar essas pessoas certamente não é uma tarefa fácil ou agradável.

Por isto, o pastor acima das questões morais, doutrinárias