Vida e trabalho Antônio Gonçalves Dias
Artigo: Vida e trabalho Antônio Gonçalves Dias. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: brunawolter • 26/8/2014 • Artigo • 538 Palavras (3 Páginas) • 357 Visualizações
Da união de um comerciante português e de uma mestiça confusa, nasce em Caxias no Maranhão , Antônio Gonçalves Dias. Em 1830, foi matriculado na aula de primeiras letras. Três anos depois, começa a servir como cacheiro na loja do pai. Em 1835, decidiu estudar latim, francês e filosofia. Gonçalves Dias embarca para Portugal. Após alguns anos, ingressa na faculdade de direito. Nesse período, participou de grupos medievistas, compartilhando ideias românticas de: Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Antônio Feliciano de Castilho. Por estar tanto tempo longe de sua pátria, inspira-se para escrever a Canção do Exílio, e parte dos poemas Primeiros e Segundos Cantos. A Canção do Exílio é o poema que abre o livro Primeiros Cantos e marca sua obra como uns dos mais conhecidos poemas da língua portuguesa no Brasil. Sua temática é própria da primeira fase do romantismo brasileiro e sua mescla da nostalgia e nacionalismo.
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Dois de seus versos estão citados no hino nacional brasileiro:
“nossos bosques têm mais vida”,
“nossa vida”, no teu seio, “mais amores”.
Retornando ao Brasil, conhece Ana Amélia. Aquela que seria sua musa inspiradora para seus olhos levianos. O amor os dominou, mas quando o poeta pedia Ana em casamento, a família de Ana Amélia não permitiu a união, devido ao preconceito racial a época. Três anos depois, Ana Amélia para irritar a família, se casa com comerciante de cor, como o poeta, mestiço. Em 1849, Gonçalves dias fundou, com Manuel de Araújo Porto-Alegre, a revista Guanabara, que divulgava o movimento romântico da época. Voltou a Europa em 1862, para um tratamento de saúde
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