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AS IMPLICAÇÕES, APROPRIAÇÃO E APLICAÇÃO DE MATEUS

Por:   •  28/11/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.104 Palavras (5 Páginas)  •  141 Visualizações

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IMPLICAÇÕES, APROPRIAÇÃO E APLICAÇÃO DE MATEUS 6:19-34 (ARA) – SERMÃO DO MONTE

Implicações para a Teologia Bíblica

A perícope de Mateus 6:19-34 tem fundamental importância para a Teologia Bíblica em diversas categorias especialmente no que tange ao conceito adequado do Reino de Deus. Nada obstante é possível considerar à luz da teologia sinótica, significativa contribuição da perícope para conceituar as promessas do antigo testamento com a chegada do Messias, visto que Jesus é o Rei e quem desfruta do seu reino aqui no tempo cronológico da terra usufrui não apenas de suas benesses, mas principalmente de sua pessoa.

Deus como pai:

De acordo com Geerhardus Vos1no versículo 26 quando Jesus menciona a paternidade de Deus “vosso Pai Celeste as sustenta” ele está direcionado aos discípulos e não a todas as pessoas. Este ponto é importante porque certos conceitos errôneos a respeito da paternidade de Deus sobre todas as pessoas, indistintamente, devem ser veementemente combatidos.

Digno de atenção é o modo pelo qual George Ladd 2discorre sobre a questão da paternidade divina, nos seguintes moldes:

O dom da Paternidade pertence não somente a consumação escatológica; e também um dom da presente era. Consequentemente, a benção futura do Reino depende de um relacionamento no tempo presente. Isto e verificado no fato de que Jesus ensinou seus discípulos a chamarem Deus de Pai, e a o contemplarem como tal. Porem, mesmo neste relacionamento presente, a Paternidade e inseparável do Reino. Os que conhecem a Deus como Pai são aqueles para os quais o bem supremo na vida e o Reino de Deus e a sua justiça (Mt. 6:32, 33; Lc. 12:30).

1 VOS, Geerhardus - Teologia Bíblica Antigo e novo Testamento – Editora: Cultura Cristã - pp. 439-442

2 LADD, Gerge Eldon - Teologia do Novo Testamento – Hagnos – p. 116

Reino de Deus:

De acordo Geerhardus Vos3 o versículo 33, ao encorajar o discípulo a buscar o Reino de Deus, vindica hoje a supremacia divina no interesse de sua glória. Ele acrescenta singela distinção entre busca pelo reino e obtenção de coisas terrenas4. Nessa mesma esteira ele afirma que:

o reino de Deus é a supremacia de Deus na esfera da bem-aventurança. A relação entre o reinado de Deus e a bem-aventurança é parcialmente de um caráter geralmente escatológico, parcialmente de um caráter especificamente reino- escatológico. Ela é inerente ao conceito escatológico de que a ordem final e perfeita das coisas deve ser também a ordem das coisas que produz o estado supremo de felicidade. Devemos nos lembrar de que, do ponto de vista do reinado, o ofício real no Oriente trazia a crença regular e a expectativa de que ele existia para conferir a bênção sobre os súditos do reino. O pensamento sobre a bem-aventurança envolvida pode ser derivado indiscriminadamente da paternidade e do reinado de Deus; até mesmo o reino inteiro pode, desse modo, ser explicado como uma dádiva aos discípulos vinda da paternidade divina [Lc 12.32], Em razão da bem- aventurança envolvida, o reino aparece sob a figura de um tesouro ou pérola preciosa, em cada caso sendo explicitamente declarado que aquele que os encontra vendeu tudo o que tinha, a fim de possuir o cobiçado objeto, o que significa, é claro, que esse objeto era mais precioso do que todos os outros valores combinados.

A bem-aventurança conferida por e com o reino pode ser classificada sob os títulos de uma bem-aventurança negativa e uma positiva. Existem três ideias principais: a de salvação, a de filiação e a de vida. A ideia de salvação procede da natureza tanto negativa quanto positiva do caso, com a ênfase oscilando de um lado para o outro. A ideia de vida é positiva bem como a ideia de filiação.

3 VOS, Geerhardus - Teologia Bíblica Antigo e novo Testamento – Editora: Cultura Cristã - pp. 463

4 VOS, Geerhardus - Teologia Bíblica Antigo e novo Testamento – Editora: Cultura Cristã - pp. 460

Teologia Paulina

A maior necessidade da humanidade é o restabelecimento de sua comunhão com Deus. Enquanto não faz parte do reino divino o ser humano é inimigo do Rei. A ausência dessa comunhão é a morte, a ser

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