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As Coisas Como Realmente São

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Por:   •  13/4/2014  •  5.037 Palavras (21 Páginas)  •  391 Visualizações

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As Coisas como Realmente São

Élder David A. Bednar

Do Quórum dos Doze Apóstolos

Élder David A. Bednar, “As Coisas como Realmente São,” Maio 2009

Serão do SEI para Jovens Adultos • 3 de maio de 2009 • Universidade Brigham Young–Idaho

Irmãos e irmãs, amo vocês e sinto-me grato por estar com vocês hoje. Quero particularmente dar boas-vindas aos que estão no último ano do seminário e que assistem pela primeira vez a uma transmissão do SEI. Quero incentivá-los a, enquanto prosseguem os estudos, aproveitarem ao máximo as oportunidades que terão de aprender e crescer espiritualmente por meio da matrícula e da participação ativa nos cursos do instituto. Também poderão assistir a futuros serões do SEI que vão fortalecê-los e abençoá-los.

Durante a preparação para esta oportunidade de aprender com vocês, passei a compreender melhor os fortes sentimentos que teve Jacó, o irmão de Néfi. Ele disse: “Hoje, (…) sinto-me curvado sob o peso de um desejo e ansiedade (…) pelo bem-estar de vossa alma” (Jacó 2:3). A mensagem que desejo transmitir a vocês hoje, com o tempo destilou-se sobre minha alma como “o orvalho do céu” (D&C 121:45). Peço que prestem bastante atenção a um assunto muito sério que tem implicações tanto imediatas como eternas. Oro que o Espírito Santo esteja conosco e nos ensine durante o tempo que passarmos juntos.

Há muito me impressiona a definição simples e clara da verdade que se encontra no Livro de Mórmon: “O Espírito fala a verdade e não mente. Portanto fala de coisas como realmente são e de coisas como realmente serão; assim, estas coisas nos são manifestadas claramente para a salvação de nossa alma” (Jacó 4:13; ver também D&C 93:24).

Hoje nos concentraremos no primeiro elemento importante da verdade identificado nesse versículo: “as coisas como realmente são”. Primeiramente vamos analisar diversos elementos fundamentais do plano de felicidade do Pai Celestial, que são o alicerce doutrinário para conhecermos e compreendermos as coisas como elas realmente são. Depois, vamos abordar os métodos de ataque usados pelo adversário para prejudicar e inibir nossa capacidade de discernir as coisas como realmente são. Por fim, vamos discutir as responsabilidades que vocês, da nova geração, têm. Vocês terão de ser obedientes, honrar convênios sagrados e discernir constantemente as coisas como realmente são no mundo atual, que está se tornando cada vez mais confuso e iníquo.

Nosso Destino Divino

Em A Família: Proclamação ao Mundo, a Primeira Presidência e o Conselho dos Doze Apóstolos declararam que como filhos e filhas espirituais de Deus, “[aceitamos] Seu plano, segundo o qual Seus filhos poderiam obter um corpo físico e adquirir experiência terrena a fim de progredirem rumo à perfeição, terminando por alcançar [nosso] destino divino como herdeiros da vida eterna” (“A Família: Proclamação ao Mundo”, A Liahona, outubro de 2004 , p. 49; ou Ensign, novembro de 1995 , p. 102). Observem a importância primordial da obtenção de um corpo físico no processo de progredirmos para nosso destino divino.

O Profeta Joseph Smith ensinou claramente a importância de nosso corpo físico.

“Viemos a este mundo com o objetivo de obter um corpo e poder apresentá-lo puro diante de Deus no reino celestial. O grande princípio de felicidade consiste em ter um corpo. O diabo não tem corpo, e esse é seu castigo. Ele fica contente quando consegue obter o tabernáculo de um homem e, quando foi expulso pelo Salvador, pediu para entrar numa vara de porcos, mostrando que preferia o corpo de um suíno a não ter corpo algum. Todos os seres com corpos possuem domínio sobre os que não os têm”. “O diabo não tem poder sobre nós, exceto se o permitirmos. No momento em que nos rebelarmos contra qualquer coisa que vem de Deus, o diabo exercerá seu domínio.”1

Nosso corpo físico permite uma amplitude, profundidade e intensidade de experiências que não nos era possível em nossa existência pré-mortal. O Presidente Boyd K. Packer ensinou: “O espírito e o corpo estão combinados de modo que o corpo seja um instrumento da mente e o alicerce de nosso caráter.”2 Portanto, o relacionamento que temos com outras pessoas, nossa capacidade de reconhecer a verdade e de agir de acordo com ela, bem como nossa capacidade de obedecer aos princípios e ordenanças do evangelho de Jesus Cristo são ampliados por intermédio de nosso corpo físico. Na escola da mortalidade, sentimos ternura, amor, bondade, felicidade, tristeza, frustração, dor e até os desafios de limitações físicas, de modo a preparar-nos para a eternidade. Em termos simples, há lições que precisamos aprender e experiências que precisamos ter “segundo a carne”, como descrevem as escrituras (ver 1 Néfi 19:6; Alma 7:12–13).

Os apóstolos e profetas sempre nos ensinaram a importância temporal e eterna de nosso corpo. Paulo declarou:

“Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?

Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo” (I Coríntios 3:16–17).

Nesta dispensação, o Senhor revelou: “O espírito e o corpo são a alma do homem” (D&C 88:15). Uma verdade atual e eterna é a de que o corpo e o espírito constituem nossa realidade e identidade. Quando corpo e espírito estiverem inseparavelmente unidos, poderemos receber a plenitude da alegria, quando estão separados, não podemos receber essa plenitude (ver D&C 93:33–34).

O plano do Pai Celestial destina-se a orientar Seus filhos, a ajudá-los a serem felizes e levá-los de volta em segurança para viver com Ele, com um corpo ressuscitado e exaltado. Lúcifer trabalha para deixar os filhos e filhas de Deus confusos e infelizes e para impedir seu progresso eterno. O principal objetivo do pai das mentiras é o de que todos nos tornemos “tão miseráveis como ele próprio” (2 Néfi 2:27), e ele se esforça para distorcer os elementos do plano do Pai que ele mais odeia.

Satanás não tem um corpo, e seu progresso eterno foi interrompido. Assim como a água que flui no leito de um rio é contida por uma represa, o progresso eterno do adversário foi interrompido por ele não ter um corpo físico. Devido a sua rebelião, Lúcifer negou a si mesmo todas as bênçãos e experiências mortais que são possíveis graças a um tabernáculo de carne e ossos. Ele não pode

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