Curso de História. Disciplina: Sincretismo Religioso
Pesquisas Acadêmicas: Curso de História. Disciplina: Sincretismo Religioso. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Anna307 • 16/5/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 1.748 Palavras (7 Páginas) • 423 Visualizações
UFT- Universidade Federal do Tocantins
Campus de Porto Nacional
Curso de História
Disciplina: Sincretismo Religioso
Professor: Miriam Teseroli
Como eles encaram essa entrada, se há permissão de continuar a fazer os rituais tradicionais, se houve alguma mistura algum sincretismo entre as crenças da aldeia e o que os evangélicos apresentam a eles.
Entrevistados. Wairama Xiwelelori Wataju Javaé, Hareidja Hirariwénõna Javaé karajá, Deusdete Hadori, Mack Delson Were Buraki Javaé e Idjawalla Rosa Karajá.
Em se tratando de religião em nosso país, a primeira coisa que se costuma observar é que o brasileiro é profundamente religioso. ( Léa Freitas Perez 2000)
É público e notório que a FUNAI não apoia a entrada de igrejas nas aldeias, entretanto os caciques têm permitido a entrada de evangélicos nas aldeias devido às questões de interesses políticas e econômicas, pois hoje mais do que nunca as comunidades indígenas estão inteiramente embriagadas pelo capitalismo e pela politicagem.
Os evangélicos ao entras nas comunidades, são discretos e suas ações buscam o evangelismo de todos os membros dessa comunidade. Essa entrada divide a opinião dos indígenas, pois alguns não acreditam no trabalho dos pastores e padres, dizem que há muita mentira. Há outra parcela que acredita nas mensagens dos religiosos, mas apesar disso todos indígenas que frequentam as igrejas também convocados pelos pajés onde os mesmo não podem dizer não, pois faz parte inteiramente de sua cultura, participam de corpo e alma das festividades religiosas dentro das aldeias juntos aos pajés e os outros membros da comunidade, festividades essas que cultuam os sobrenaturais em que eles acreditam.
“No fundo são misturas. Misturam-se as almas nas coisas;
misturam-se as coisas nas almas. Misturam-se as vidas,
e é assim que as pessoas e as coisas se misturam: o que
é precisamente o contrato e a troca” (Mauss,1974).
Sendo assim percebe-se que o sincretismo dentro das comunidades indígenas está muito grande, quando eles procuram o pajé para resolver algum problemas e esse não consegue ou não quer ajuda, eles terminam procurando padres, pastores ou mesmo pessoas de outras entidades religiosas, a quem eles chamam de feiticeiros.
É interessante observar que na cidade não se vê indígenas de maneira alguma frequentando nenhuma igreja, devido a timidez deles que é muito grande e muitos se sentem discriminados, o desrespeito a cultura indígena é gritante e a falta de conhecimento é grandíssima, muitas pessoas não sabem que a religiosidade indígena está no dia a dia transmitindo conhecimento nos hábitos, mas, se qualquer igreja fizer uma festividade em praça publica, eles vão e participam, os povos indígenas acreditam e se mostram mais consciente da importância da sua religiosidade dentro de suas terras(comunidade) eles participam sempre que convocados pelos pajés que muitos chamam de feiticeiros, quando convocados independente de sua vontade eles vão porque assim é
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